5/22/2008

O belo e o feio: revisão

Já falei aqui sobre o belo e o feio. Às vezes gosto de me repetir, apesar do que o Leo disse, e sou obrigada a admitir que concordo com ele - usando suas palavras:"Não importa o que sou por dentro, e sim o que faço" by namoradinha do batman -, mas (sempre tem um 'mas') também sou obrigada a repetir o que já disse antes:Somos podres por dentro, mas com uma pequena observação. Tinha dito que todos nós somos podres, minto (como disse a autora do relato de "A casa dos Budas ditosos" de João Ubaldo Ribeiro), todos nós mentimos, mas minto por que dizer que todos somos podres é exagero, é mentira, é pessimismo. Então lá vai a frase outra vez, desta vez sem erros:Somos podres por dentro, quase todos nós.
Não é uma reclamação, não é um grito de protexto, como pode ter parecido da primeira vez. Não, é só uma simples constatação, uma afirmação, algo que precisa ser dito, para que não esqueçamos, não para que percamos tempo pensando a respeito e nos penitenciando por isso. Nein!
Somos podres, quase todos nós. Então, por favor, não esqueça disso, por que o importa até pode ser o que você faz, não que você é por dentro, mas o ser humano tem essa mania - mania absurda e geral mesmo - de dizer: o que importa é o que faço, e esquecer completamente, misteriosamente, de aplicar o mesmo aos seus vizinhos.
Não importa o que eles são por dentro, mas sim o que eles fazem! Então, por que essa mania absurda de julgar a torto e a direito?
Ei! Acorda! Ele é podre, você é podre, quase todos nós o somos!
Sim, eu concordo, atraso, atraso, atraso!

Cuidar da vida alheia ainda continua sendo a maior fonte de lazer e prazer de muita, mas muita gente mesmo, que esquece de olhar pro próprio rabo, só apontando para o do vizinho. E sabe o que é pior? Comentam, por vezes com aquela expressão de choque no rosto, a vida dos outros, mesmo quando o próprio teto está caindo sobre suas cabeças.

Atraso, atraso, atraso!

Todos deveriam ler A casa dos budas ditosos, mesmo que discordem de algo, ou até de muitas coisas, com certeza ainda assim se tiraria uma bela lição desse livro.

Por mim deixo essa, a mais urgente, no meu ponto de vista:Atraso! Atraso! Atraso!
Depois me perguntam por que gosto de personagens e pessoas degeneradas...Simples, por que apesar de tudo, eles aceitam o fato de que são podres, de que quase todos são podres, e não têm esses preconceitos bestas, não julgam, no fundo, são mais evoluídos. Apesar de tudo, pode-se aprender muito com eles...Erram, ah sim, como erram, podem ter lá seus valores distorcidos e suas paranóias, mas pelo menos, não sofrem do terrível atraso.

Não, eu não estou salva deste atraso, sei bem disso, mas vejam, pelo menos estou tentando mudar por que realmente, é algo insuportável, mesquinho, e não nos leva a lugar nenhum.
Sou podre por dentro. Mas quero mudar.

5/13/2008

Reflexos

Se não há meio, não há fim, não há início. Era sempre assim... E quando procurava o meio, sem querer chegava ao fim. Não há início para o que sempre existiu, nem fim para o que morre sempre. Não há respostas por que não se fez a pergunta certa. A resposta que possui não é o bastante, por que apesar de saber tudo, não sabe nada. Anda em círculos, à procura do fim. - Não há fim para aquele que busca eternamente a resposta, sem abrir o coração para aceitar a verdade.

5/10/2008

Vale

Vale perdido, onde nada vive
Há o sol lá fora, onde a vida está
Quem ousa sair, para não voltar?
Ousaria eu, mas tenho preso o coração
Ousaria, mas tenho presa a vontade.
Esta fresta de luz, cegando meus olhos
De onde vem?
Do vale dos sonhos, onde a ninfa reina
Com dança, música e riso, confusão…
E no vale das sombras, onde jaz meu ser
O vale dos sonhos, é só uma ilusão,
Onde o nada tudo é,
Onde o tudo, em nada está.

C.C.

Namárië^^/