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10/24/2010

Mestre King

"Se voltar por este caminho e renovar seu convite para eu "me juntar", Stu, provavelmente concordarei. Esta é a maldição da raça humana. Sociabilidade. Cristo assim teria dito:"É, na verdade, sempre que dois ou três de vocês se juntam, algum outro vai perder a merda da vida." Precisarei lhe dizer o que a sociologia nos ensina sobre a raça humana? Eu lhe direi isto em poucas palavras. Mostre-me um homem ou uma mulher solitários e lhe mostrarei um santo. Dê-me dois e eles se apaixonarão. Dê-me três e eles inventarão essa coisa encantada que chamamos de "sociedade". Dê-me quatro e eles construirão uma pirâmide. Dê-me cinco e eles transformarão alguém num pária. Dê-me seis e eles reinventarão o preconceito. Dê-me sete e em sete anos eles reinventarão a guerra. O homem pode ter sido feito à imagem e semelhança de Deus, mas a sociedade humana foi feita à imagem e semelhança de Seu oposto, e está sempre tentando voltar para casa."

Stephen King, A Dança da Morte - página 327,328.

Tirando teias de aranha^^

C.C.

7/06/2010

Sobre cinema e literatura

"(...)Bons ou ruins, os filmes quase sempre causam um efeito redutor nas obras de fantasia.

(...)Os filmes, afinal,são apenas uma ilusão em movimento formada por milhares de fotografias imóveis. A imaginação, no entanto, se move junto a seu próprio fluxo da maré. Os filmes, mesmo os melhores, congelam a ficção - qualquer um que já tenha visto Um Estranho no Ninho e depois lido o romance de Ken Kesey achará difícil ou impossível não ver o rosto de Jack Nicholson em Randle Patrick McMurphy. Isto não é necessariamente ruim... mas é limitante. A glória de uma boa história é de que ela seja ilimitada e fluente; uma boa história pertence a cada leitor na sua própria maneira particular."

Stephen King, no prefácio da nova edição de A Dança da Morte.

C.C.

10/15/2009

Quatro Estações (Mestre Stephen King)

Outono da Inocência

"As coisas mais importantes são as mais difíceis de expressar. São coisas das quais você se envergonha, pois as palavras as diminuem - as palavras reduzem as coisas que pareciam ilimitáveis quando estavam dentro de você à mera dimensão normal quando são reveladas. Mas é mais que isso, não? As coisas mais importantes estão muito perto de onde seu segredo está enterrado, como pontos de referência para um tesouro que seus inimigos adorariam roubar. E você pode fazer revelações que lhe são muito difíceis e as pessoas o olharem de maneira esquisita, sem entender nada do que você disse nem por que eram tão importantes que você quase chorou enquanto estava falando. Isso é pior, eu acho. Quando o segredo fica trancado lá dentro não por falta de um narrador, mas de alguém que compreenda."

página 1.

Volume três de Quatro Estações, de Stephen King

C.C.

8/07/2009

Outro livro, outra dica.

Você está apaixonado? Já se apaixonou? Sofreu por amor? Ama?
Encontrei um livro muito peculiar na biblioteca essa semana. Nada nele me chamou a atenção: Nem o título, nem a capa, nem o autor... Mas assim mesmo, por um destes acasos do destino, resolvi dar uma chance e abrí-lo. Índice estranho, estrutura estranha. De que se trata afinal? Não é romance, não é didático... É o tipo de livro que nunca tive vontade de ler. "Fragmentos de um discurso amoroso" é um livro que prende, não pela história, não há história (a não ser a do leitor, que está presente em cada página - digo, do leitor enamorado, ou que já o foi), mas pelo discurso.
Achei muito interessante, portanto, fica a dica^^

Fragmentos de um discurso amoroso, de Roland Barthes; Editora Francisco Alves.

C.C.

^^/

2/28/2009

Great Expectations

Fiquei muito triste quando terminei o livro... Tantos personagens interessantes: repugnantes, cativantes, odiosos, honestos, alegres...

Com certeza vou ter que comprar este também. Vou fazer uma lista dos livros que quero comprar este ano, e três li nestas férias^^

Como me apaixonei pelo livro, é óbvio que vou deixar as "citações preferidas da cacau", se for ler o livro, sugiro que pule esta parte xD

Charles Dickens
Penguim English Library
Editora Francisco Alves, 1982


"No conjunto, tinha a aparência de quem caíra, corpo e alma, dentro e fora, ao peso de um golpe esmigalhante." Pip falando sobre a Srta. Havisham pg.59

"- Ame-a, ame-a, ame-a. Se ela favorecê-lo, ame-a. Se ela o ferir, ame-a. Se ela lhe despedaçar o coração... e à medida que seu coração amadurecer, fortalecer, se despedaçará com maior intensidade... ame-a, ame-a, ame-a! (...)
A palavra, ela a disse muitas vezes, e não poderia haver duvida de que queria mesmo dizê-la; se esta palavra tão repetida, porém, fosse de ódio, em vez de amor... de desespero, vingança ou morte agonizante... não teria com certeza o tom de xingamento com que foi emitida." Srta. Havisham para Pip, sobre Estela. (esqueci de anotar a pagina^^')

"- Eu vou dizer a você o que é o amor verdadeiro. É a devoção cega, a auto-humilhação sem questionamento, submissão plena, é fé e confiança contra si mesmo e contra o mundo inteiro, é entregar-se de corpo e alma ao carrasco... como eu fiz!" Srta. Havisham para Pip.

"Assim, em toda a vida, nossas piores fraquezas e perversidades são, de um modo geral, cometidas em nome das pessoas a quem mais desprezamos." Pip pg.199

"- Você já deve saber...
(...)
- ... que eu não tenho coração...
(...)
- ... Eu jamais dei minha ternura. Eu não tenho ternura." Estala para Pip pg.217

"Quando ela reverteu a este tom, como se nossa associação fosse forçada e fôssemos meras marionetes, fui tomado de dor. Qualquer que fosse o tom, era-me impossível confiar nele, e esperar alguma coisa dele. Mesmo assim continuei, contra toda desconfiança, contra toda esperança." Pip sobre Estela pg.244

"Foi-me impossível perceber que ela fazia por onde me atrair; que procurava cativar-me; e que teria cativado mesmo que a tarefa fosse exigir-lhe sacrifícios. Mas isto nem um pouco me deixou mais feliz, pois, mesmo que não tivesse ela adotado aquele tom de estar a mando de terceiros, seria capaz, eu sentia, de aprisionar meu coração nas mãos por uma questão de simples voluntariedade, e não porque eu despertasse nela qualquer ternura, para depois esmagá-lo e jogá-lo fora." Pip sobre Estela pg.245

"E eu ainda fiquei a olhar a casa, a pensar no quanto eu seria feliz se morasse ali com ela, consciente de que jamais fora feliz com ela; sempre, ao contrario, infeliz." Pip pg.246

"- A senhora me acusa de fria? Logo a senhora?
- E não é? foi o revide, arrebatador.
- A senhora deve saber se eu sou ou não sou. Eu sou o que a senhora me fez. Se todos os méritos são seus, a culpa também é; se todos os sucessos são seus, os fracassos também são. Para resumir, eu sou isso." Estela para Srta.Havisham pg.276

"(...)
- Portanto, eu sou o que fizeram de mim. O sucesso não é meu, o fracasso não é meu, e os dois juntos me formam." Estela pg.278

"As traças, e todo tipo de criaturas horríveis, sempre rondam a vela. O que é que a vela pode fazer?" Estela para Pip pg.282

"(...)As pedras que formam os edifícios mais fortes de Londres não são mais reais, ou mais impossíveis de serem deslocados pelas suas mãos, do que sua presença, sua influencia, o foram para mim, em todo lugar, para sempre." Pip para Estela pg.328

"- Tem meu nome na primeira lâmina. Se você um dia puder escrever "Eu a perdoo" debaixo do meu nome, mesmo que muito tempo depois de meu coração partido virar pó... por favor escreva." Srta.Havisham para Pip pg.357

Sim, grandes esperanças passou a ocupar o primeiro lugar de livros preferidos da cacau o_o

C.C.

10/20/2008

O colecionador - John Fowles

Livro que peguei muito por acaso na BU, pensando que seria uma leitura rápida de fim de semana...
Realmente, quando peguei para ler em casa, não consegui largar. Só parei por que meus olhos já não aguentavam mais xD
O livro tem como personagens principais Miranda, filha de um médico de classe media, que vai morar com tia para estudar arte e Frederick Clegg, um funcionário publico, colecionador de borboletas, que fica rico de repente quando ganha uma aposta de futebol.
Frederick desenvolve um amor platônico por Miranda, que morava em frente ao seu escritório e resolve raptá-la quando fica rico.
Miranda é inteligente e tem a idéia fixa de fugir, desde o dia em que chega ao cativeiro. Apesar da dedicação e respeito que Frederick demonstra ter por ela, e de suas declarações apaixonadas, Miranda não consegue desenvolver por ele nenhum sentimento além de ódio e pena.
Frederick demonstra-se realmente apaixonado, gastando quase todo seu dinheiro para fazer as vontades de Miranda enquanto a mantém refém no porão de sua casa.
Durante toda a história trava-se uma batalha entre a inteligência de Miranda, seus instintos, sua maneira de ver o mundo e a obstinação de Frederick em mantê-la no porão, até que ela o aceite. Apesar de todos os apelos sentimentais e racionais que Miranda faz para ser libertada, Frederick resiste, pois, segundo ele, sem ela, sem sua presença, ele sucumbiria à solidão.
Miranda tenta fugir diversas vezes, mas ao menos para detê-la, Frederick usa sua inteligência. A cada tentativa de fuga, a relação entre os dois piora.

O livro é dividido em partes, onde primeiro temos a versão de Frederick sobre os acontecimentos, e depois a versão de Miranda, que é apresentada numa espécie de diário.
O final, para mim, foi surpreendente. Não esperava pela reação de Frederick frente os acontecimentos finais.
Recomendo!

O que mais posso dizer. Via Frederick e Miranda como duas partes do meu próprio ser. Aquela que deseja a liberdade, que deseja aperfeiçoar-se, que deseja a vida acima de tudo, que aprende com seu sofrimento e, como a própria Miranda diz: "Se eu não tivesse passado por essa situação, seria uma pessoa completamente diferente, e não veria o que agora vejo. Por isso não acho que seja uma coisa de todo ruim. Pois quando eu sair daqui, já não serei a mesma Miranda de antes."
E aquela obstinada, eu diria até obsessiva, que não desiste, que não ouve, que insiste em continuar sempre igual. Que insiste em levar algo que já começou errado até o fim, só para não perder o que se tem. Egoísta. Mesquinha.

Bom. Acho que é isso^^

C.C.

9/25/2008

O retrato de Dorian Gray

Estou lendo O retrato de Dorian Gray.
É engraçado, por que quando eu tinha uns 12 anos, minha professora da sexta série escolheu três livros, e cada aluno deveria escolher um livro entre os três, para ler, e fazer uma prova sobre. Dentre estes livros estava O retrato de Dorian Gray, que eu peguei na hora para ler, mas acabei achando estranho, sei lá, e não li. Fiz a prova sobre As mil e uma noites (versão juvenil e beeeeeeem cortada).
Desde então tinha esse preconceito tolo com o livro.
Bom, acabei lendo uma parte de A balada do cárcere de reading um dia, e achei maravilhosa. Descobri que o autor era o mesmo de O retrato de Dorian Gray, Oscar Wilde. O fato é que li outras coisas de Oscar Wilde, algumas citações, outros trechos de A balada e fiquei com a idéia de que deveria pôr um fim no meu preconceito infeliz e ler Dorian Gray.
E agora, depois de alguns anos desde essa resolução, finalmente o tenho em mãos.
E é maravilhoso.
É claro que meu ser de 12 anos não entenderia muito bem o que estava lendo. Mas meu ser de 20 entende, e gosta muito do que está lendo^^
Estou só no início do livro, e já estou aqui falando sobre ele!

Mas então, fica a dica: O Retrato de Dorian Gray vale a pena, e qualquer coisa de Oscar Wilde também.

C.C.

4/05/2008

Quer um livro de leitura rápida, com menos de 100 páginas e com uma história que te faz pensar um pouco sobre si mesmo depois? Então leia O Médico e o Monstro.

Sim, as dúvidas e anseios de Jekyl são o mesmo pelo qual todo ser humano passa, alguns passam mais tempo debatendo-se quanto a isso, outros menos.
Eu, particulamente, perdi muito tempo com isso, e já não me satisfaz mais este debate interior. Bem e mal, certo e errado. Até que ponto saberemos distinguir? Até que ponto vale a pena o sacrifício? Até que ponto não somos influenciados pelas normas da sociedade?
O que é o certo, ou o que é o errado?
As pessoas deveriam simplificar ao invés de complicar...
E é tão simples...Uma pessoa deixou bem claro: Amor.

O resto é balela.
Julgamos muito e amamos pouco. Se prestássemos mais atenção nisso...
Não há certo ou errado, é tudo um caos mesmo, já deveríamos ter percebido isso...

Namárië o/

12/17/2006

Eu gostaria de colocar uns trechos de A Vagabunda, de Gabrielle Colette, mas acho que vou por um bem pequeno, pq não estou com muita vontade de escrever.

"(...)Fiquei sendo uma espécie de solteirona...Solteirona, que, como algumas delas, é tão apaixonada pelo Amor, que amor algum lhe pareceria suficientemente belo, e que recusa todos, sem qualquer explicação; são essas, que representam todas as ligações sentimentais imperfeitas e voltam a sentar-se à janela, debruçadas sobre a agulha, num eterno colóquio a sua incomparável quimera... Como essas, eu quis tudo; e um erro lamentável puniu-me."

Incrível como me identifique com muitas partes dsse livro, principalmente quando ela tocava na sua eterna solidão, no seu ganha-pão solitário, prezado acima de tudo, ela desistiu de um amor que a prenderia e mais tarde a sufocaria para continuar dançando em teatros, ganhando mal, mas alimentando-se com o fruto de seu trabalho...Mesmo com um futuro lamentável á sua frente, eu também deixaria esse amor, que me tiraria a liberdade, que me sufocaria como passar dos tempos, não teria coragem de viver o resto de minha vida ao lado de um homem, para privar-me da única coisa que prezo mais do que tudo, o direito de amar quem bem entendo, mesmo quebrando a cara, mesmo sofrendo. A perspectiva de uma união eterna me assusta, é por isso, acho, que por maior que seja meu amor um dia, não me deixaria levar pelo matrimônio, desprezo-o!

Amo com tanta força o Amor e a liberdade, que não conseguiria me prender a alguém e obrigá-lo a isso, além do mais, o casamento é para os que têm interesse e crêem numa igreja que não creio. Não acredito no "Até que a morte os separe", e não seria hipócrita a ponto de fazer tal juramento sob o teto de uma igreja.
E depois, acho que possuo o espirito de um desses solteirões, conquistadores baratos e aventureiros, não me prendo a ninguém, e pior ainda, não encontrei alguém a quem me apegar até agora...Nenhuma grande paixão...Talvez ...O futuro é que sabe de minha vida, por enquanto continuo minha busca, amando o Amor, em todas as suas formas, mas sem encontrá-lo em uma das mais bonitas... Quem sabe?...

Até

7/15/2006

O destino de Harry Potter

Li "O destino de Harry Potter", finalmente^^
Gostei muito do livro, achei que seria um desperdício, mas não foi. Tem umas entrevistas bem legais e umas fanfics tb. Além de ter uma revelação que pode ser verdadeira, já q quem fez acertou no último livro, ela disse que o Snape deve morrer.Por mim, desde que finalmente a JK diga de que lado ele está afinal! Quando se toca no nome Snape nunca, nunca podemos afirmar nada!!É a ambiguidade em pessoa, tudo nele tem um sentido duplo, que saco! Só perdoei ele pq descobri que é de capricórnio, e sei que é leal, mas nem ao menos podemos saber se é leal ao Dumby ou ao Voldy...Droga de Snape, a merda é que ele é a chave de tudo! Justo ele ¬¬ Também já posso ter uma certeza mais certa(^^) de que o R.A.B é o Regulus Black, e por isso, e muitas outras coisas que li neste livro, espero que o setimo livro tenha mais de mil paginas, tem muita explicação pra ser dada, e muita história pra contar, não vou aceitar que o Harry lute com o Voldy antes de aprender tudo que não aprendeu, o tanço. E depois tb quero ver (na minha cabeça milagrosa, claro)uma luta exaustiva cheia de truques e cartas escondidas nas mangas (dos dois, harry e voldy), uma coisa assim digna de J.K.Rowling, mas se tudo depende dela mesmo, nem sei mais pq to escrevendo iso tudo huahuahuahuahuhuahuahuahuauhuahuahu Acho que foi Grimmauld de mais, o dia todo!!]
Agora lembrando a semana q passei no RS...Vi o Vitor e o Rafael, tão lindos que estão meus manuxcos!! Quebrei a unha jogando bola com o Vitor, isso q estavamos dentro do apartamento, e o espaço do jogo era um corredor estreito huahuahuahuhua eu e minhas façanhas. Matei a saudade de todo mundo, na verdade naum matei naum, mas pelo menos diminui um pouquinho. Agora meu ponto fraco! O CINEMA DE LÁ TÁ MARAVILHOSO!!!!!!Se morasse lá agora, eu iria toda semana, aliás, acho que não sairia lá de dentro, de tão lindo e maravilhoso que ficou!!A tela é enooooormeee, pega toda a parede do cinema! E não tem como um cabeçudo ficar na sua frente, pq tem uma distancia entre um degrau e outro, ou seja, o cinema tem mais altura que largura!! E põe altura nisso...Nem sentei na ultima fila com medo de não enxergar direito, ou pq tava com preguiça de subir até lá, não sei agora ¬¬ Bom, agora que já enchi a bola do cine, vou falar do filme huahuahuahuahua Fui ver Superman - O Retorno, muito bom, eu amei, ainda mais naquela tela... ...(sonhadora)... Fiquei imaginando Star Wars lá, ai, acho que eu teria morrido!!
Bom, agora que já disse isso uma vez, e que já falei de mais, e consegui não tocar no ponto, a "Alma de Cláudia", eu, que estou com cabeça, corpo e, alma, em outro lugar, outro mundo, outra dimensão, nem vou tocar neste ponto, pq simplesmente "me esqueci " por hoje, e vou finalizando mais um post enorme e sem importância, ta, mas é importante pra mim, então, mais um post, digamos, confuso ^^
Até outro dia, imagina a confusão q naum vou fazer no fotolog agora.... ... ... ...

7/09/2006

As relações perigosas

"Nós nos aborrecemos de tudo, meu anjo, é a lei da natureza, não é minha culpa.
"Se hoje, pois, eu me aborreço de uma aventura que me ocupou durante quatro meses mortais, não é minha culpa.
"Se, por exemplo, tive tanto amor quanto tiveste virtude, e já é dizer muito, por certo, nada de espantoso em que um tenha acabado ao mesmo tempo que a outra.Não é minha culpa.
"Segue-se daí que há algum tempo te engano:mas, em verdade, tua impiedosa ternura até certo ponto me obriga a isso. Não é minha culpa.
"Hoje, uma mulher que amo perdidamente exige que te sacrifique. Não é minha culpa.
"Sinto muito bem que te dou uma excelente oportunidade para falar em perjúrio; mas, se a natureza só concedeu aos homens constância enquanto dava obstinação às mulheres, não é minha culpa.
"Crê em mim, escolhe outro amante como escolhi outra amante. Este conselho é bom, muito bom; se o achardes ruim, não é minha culpa.
"Adeus, meu anjo, eu te possuí com prazer, deixo-te sem pesar; voltarei a ti, talvez. O mundo é assim. Não é minha culpa."

Este é um trecho, o melhor até agora q li em todo o livro, q é maravilhoso, do Choderlos de Laclos.
Estou bem hj, mas é bom ter um lugar onde desabafar...simplesmente comecei a escrever ontem e não parei mais! Hoje essa inspiração não está presente, estou entregua ao livro, como sempre acontece qdo um cai nas minhas mãos. Então até mais.