Livro que peguei muito por acaso na BU, pensando que seria uma leitura rápida de fim de semana...
Realmente, quando peguei para ler em casa, não consegui largar. Só parei por que meus olhos já não aguentavam mais xD
O livro tem como personagens principais Miranda, filha de um médico de classe media, que vai morar com tia para estudar arte e Frederick Clegg, um funcionário publico, colecionador de borboletas, que fica rico de repente quando ganha uma aposta de futebol.
Frederick desenvolve um amor platônico por Miranda, que morava em frente ao seu escritório e resolve raptá-la quando fica rico.
Miranda é inteligente e tem a idéia fixa de fugir, desde o dia em que chega ao cativeiro. Apesar da dedicação e respeito que Frederick demonstra ter por ela, e de suas declarações apaixonadas, Miranda não consegue desenvolver por ele nenhum sentimento além de ódio e pena.
Frederick demonstra-se realmente apaixonado, gastando quase todo seu dinheiro para fazer as vontades de Miranda enquanto a mantém refém no porão de sua casa.
Durante toda a história trava-se uma batalha entre a inteligência de Miranda, seus instintos, sua maneira de ver o mundo e a obstinação de Frederick em mantê-la no porão, até que ela o aceite. Apesar de todos os apelos sentimentais e racionais que Miranda faz para ser libertada, Frederick resiste, pois, segundo ele, sem ela, sem sua presença, ele sucumbiria à solidão.
Miranda tenta fugir diversas vezes, mas ao menos para detê-la, Frederick usa sua inteligência. A cada tentativa de fuga, a relação entre os dois piora.
O livro é dividido em partes, onde primeiro temos a versão de Frederick sobre os acontecimentos, e depois a versão de Miranda, que é apresentada numa espécie de diário.
O final, para mim, foi surpreendente. Não esperava pela reação de Frederick frente os acontecimentos finais.
Recomendo!
O que mais posso dizer. Via Frederick e Miranda como duas partes do meu próprio ser. Aquela que deseja a liberdade, que deseja aperfeiçoar-se, que deseja a vida acima de tudo, que aprende com seu sofrimento e, como a própria Miranda diz: "Se eu não tivesse passado por essa situação, seria uma pessoa completamente diferente, e não veria o que agora vejo. Por isso não acho que seja uma coisa de todo ruim. Pois quando eu sair daqui, já não serei a mesma Miranda de antes."
E aquela obstinada, eu diria até obsessiva, que não desiste, que não ouve, que insiste em continuar sempre igual. Que insiste em levar algo que já começou errado até o fim, só para não perder o que se tem. Egoísta. Mesquinha.
Bom. Acho que é isso^^
C.C.
eu voltei, meu pc ja ta funcionando
ReplyDeletequalquer dia eu posto alguma coisa la no blog
boa dica se eu tiver oportunidade vou ler esse livro ^^
bjs
onaitsirC