Showing posts with label poesias. Show all posts
Showing posts with label poesias. Show all posts

2/18/2012

Teu doce sabor

A claridade meus olhos invade
Sinto o peso que sua falta faz
O ar não me entra nos pulmões
E sinto as batidas aceleradas de meu coração .

Tento levantar-me
Minha cabeça gira
A dor quase me cega
Tropeço em direção a luz .

Longe de casa
Longe de minha amada
Anseio pelo teu calor
Teu sabor que me devolve a vida .

Busco desesperadamente te encontrar
Nesta casa estranha, onde estarás?
Ainda lutando contra a dor eu busco
E como por milagre, lhe encontro.

Doce como o céu
Onde teu sabor me leva
Amargo como o inferno
Onde tua falta me atira.

Sôfrego, tomo-a em minhas mãos
Sôfrego, bebo de teu elixir.
Tua essência acalma minhas dores e meus anseios
Tua essência me devolve a paz.

Enamorado fito tua superfície negra
Escondida estás nesta bebida mágica
Dona de minhas idéias, senhora dos meus dias!
Minha amada Cafeína.

C.C.

1/18/2012

Deserto

Meus sentimentos ecoam
Uma vontade que me invade
Sinto a fúria que me atinge
As lágrimas que rolam

O olhar de fogo penetra
Meu coração queima,
minhas entranhas
Livre sou - livre parto.

Ao redor um grito cresce
A fúria não saciada
A vitória não o aquiesce
O ódio não se acalma.

O descanso tão esperado
Minhas lágrimas o chão encharcam
Meu corpo jaz a seu lado
Lealdade? Não conheci.

Meu espírito é livre;
Minha batalha eu venci.

C.C.

2/20/2011

Trovas

De amor... Amor é infinito!
Do encanto do seu poder,
Tanta se tem dito!
- E há tanta coisa a dizer...

Para matar as saudades,
Fui ver-te em ânsias, correndo...
- E eu que fui matar saudades,
Vim de saudades morrendo...

Tu censuras de minha alma,
Esse alvorôço, esse ardor!
- Quem tem amor, e tem calma,
Tem calma... Não tem amor...

Adelmar Tavares

C.C.

8/28/2010

Ninguém, nem mesmo a chuva...

Nenhum lugar em que nunca estive, alegremente

além de qualquer experiência, teus têm o silêncio;

no teu gesto mais frágil há coisas que me encerram,

ou que não ouso tocar porque estão demasiado perto.


Teu mais ligeiro olhar facilmente me descerra

embora eu tenha me fechado como dedos,

você me abre sempre pétala por pétala como a Primavera

abre (tocando sutilmente, misteriosamente) sua primeira rosa.


Ou se você quiser me ver fechado, eu e 

minha vida nos fecharemos belamente, de repente,

assim como o coração desta flor imagina

a neve cuidadosamente descendo em toda parte;


Nada que possa perceber neste universo iguala

o poder de tua imensa fragilidade:

cuja textura complete-me com a cor de seus continentes, 

constituindo a morte e o sempre cada vez que respira.

(não sei o que há em você que fecha

e abre; só uma parte de mim compreende que nas

vozes de teu olhar cabem todas as rosas)

ninguém, nem mesmo a chuva, tem mãos tão pequenas.


E.E. Cummings


C.C.

7/29/2010

Sob a chuva

Não sei
assim como as coisas acontecem
apenas deixei de esperar
como se não houvesse abrigo
o que eu podia fazer era andar na chuva
então baixei a cabeça e segui em frente
seguindo com a tempestade sobre a minha cabeça

Eu sei
de cabeça baixa não pude ver quando o sol surgiu
mas pude sentir
e eu senti você
saindo da tempestade
eu te senti

Eu sinto
e de uma maneira que não sei explicar
eu continuo
ainda sem esperar
eu continuo
ainda que não esteja completamente seca
eu continuo

Presença
as horas passam tão rápido
Sua ausência
o tempo passa devagar

Não importa
desde que te senti sob a chuva
só o que sei é da sua presença
só o que vejo são os teus olhos
só o que sinto
só o que espero
estar com você
está em você.

C.C.

4/17/2010

Viajando com poesia

Não sou o fim do fim

Sou um resto de água,
Não o fundo do poço.
Sou gente cansada,
cansada moço.

Sou o fim da caminhada,
Não fim do caminho.
Sou taça quebrada,
Não o fim do vinho.

Alzemiro Lídio Vieira

3/23/2010

Perfect Imperfections


Por todos estes anos eu tenho procurado
Pedia à noite, no escuro
Por um amor que mudasse minha vida

Você veio para mim
Tão perfeito em suas imperfeições
Que eu não pude acreditar
E fechei meus olhos

Eu tive medo, meu amor
De que este fosse apenas mais um sonho
E quando eu abrisse meus olhos
Você tivesse desaparecido

Então eu sentia seu cheiro
E tocava sua mão
E sentia perto do meu peito
As batidas do seu corção

E eu abri meus olhos sem medo

Você é tão real
E sinto falta de seu abraço nestes dias
Sinto falta de seus lábios no meu pescoço
Sinto falta de suas mãos nas minhas

Você poderia viver dentro de mim?
Assim eu nunca sentiria sua falta
Você poderia?
E eu nunca sentiria sua falta novamente.

C.C.

3/18/2010

Ode à minha lapiseira


Com ela escrevi
meus melhores poemas
Com ela rabisquei
meus melhores desenhos.

Ela estava presente quando
Em uma prova ou mais
Meu cérebro ferveu
e meus olhos lacrimejaram.

Estava presente quando
após muito matutar
meu cérebro deu um tranco
e meus olhos iluminaram-se

Minha lapiseira,
Você testemunhou meu pranto
quando meu coração foi partido
testemunhou minha luta
entre textos sombrios
alguns alegres
outros esperançosos...

Sempre esteve ao meu lado
Desde aquele dia
onde ouvi seu chamado
em uma estante de supermercado

Desde aquele dia
em que te libertei daquela prisão
daquele canto isolado
E você me foi fiel
nunca me deixou na mão...

Após tantos anos
seis anos, minha querida
Abri meu estojo, o seu lar
E você não estava lá.

E você não está
em lugar algum
e meu coração sofre
será que alguém,
além de nós
poderá entender?

Onde estará, minha companheira?
Onde estarás...
Será que te tratam
com o respeito que mereces?
Será que sabem
do teu valor?

Mas espera,
E te trarei de volta.
Espera e te encontrarei.
E seremos novamente
felizes a escrever.

Pois não há lápis ou lapiseira
Que te possas substituir,
nem uma Pentel metida
Que me ofereceram,
quando te perdi.


C.C.




1/27/2010

Uno

Não tenho medo pois
O que nos une é mais
que um enlace de braços
que um toque apaixonado...

O que nos une está nos olhos
no brilho que vem da alma
e suave como uma brisa na primavera
perfuma a atmosfera
e enlaça-nos em sua dança etérea

Movendo-nos para perto
Unindo-nos em um laço eterno
como duas galáxias que se encontram
e fundem-se formando algo belo
algo novo, algo único...
Uno.

C.C.

1/16/2010

Velhas Feridas

Um dia você irá lembrar que me amou
E uma lágrima irá correr pelo teu rosto
Ao abrir a velha caixa de recordações
E fitar meu rosto em uma fotografia

Um dia você irá lembrar que me amou
Ao fitar o pôr-do-sol como eu fazia
E tua lágrima companheira irá rolar
Ao tirar da velha caixa as minhas cartas

Irá lembrar dos dias que juntos passamos
E das tardes de sol que juntos roubamos
Então não haverá mais um céu azul
E quando a chuva cair irá bater à minha porta

Encontrá no meu rosto um sorriso amargo
E nos meus olhos verá o brilho que se apagou
Não encontrará nos meus braços nenhum abrigo
E meus lençóis estarão frios

Um dia você irá lembrar que me amou
E encontrará no meu coração indiferença
Seu coração então irá sangrar como o meu sangrou
No dia em que virastes as costas e fostes embora

Um dia você irá lembrar que me amou
E o cantar dos pássaros já não será um consolo
E enfim seu coração será como o meu...
Um coração partido.

C.C.

Assim como existe música de fossa, apresento-lhes uma poesia de fossa^^
Eu teria me dado bem naquela época, das músicas de fossa, eu acho \hum

1/10/2010

Celebrate Myself






 I celebrate myself,
And what I assume you shall assume,
For every atom belonging to me, as good belongs to you.

I loafe and invite my Soul,
I lean and loafe at my ease, observing a spear of summer grass.

Houses and rooms are full of perfumes—the shelves are crowded with perfumes,
I breathe the fragrance myself, and know it and like it,
The distillation would intoxicate me also, but I shall not let it.

The atmosphere is not a perfume—it has no taste of the distillation, it is odourless,
It is for my mouth forever—I am in love with it,
I will go to the bank by the wood, and become undisguised and naked,
I am mad for it to be in contact with me.

The smoke of my own breath,
Echoes, ripples, buzzed whispers, love-root, silk-thread, crotch and vine,
My respiration and inspiration, the beating of my heart, the passing of blood and air
      through my lungs,
The sniff of green leaves and dry leaves, and of the shore, and dark-coloured sea-
      rocks, and of hay in the barn.
The sound of the belched words of my voice, words loosed to the eddies of the wind,
A few light kisses, a few embraces, a reaching around of arms,
The play of shine and shade on the trees as the supple boughs wag,
The delight alone, or in the rush of the streets, or along the fields and hill-sides,
The feeling of health, the full-noon trill, the song of me rising from bed and meeting
      the sun.

Walt Whitman

"Eu celebro a mim mesmo,
E o que eu assumo você vai assumir,
Pois cada átomo que pertence a mim pertence a você.

Vadio e convido minha alma,
Me deito e vadio à vontade . . . . observando uma lâmina de grama do verão.

Casas e quartos estão repletos de perfumes - as prateleiras estão cheias de perfumes,
Eu mesmo respiro o perfume, e o conheço e gosto dele,
A destilação iria me intoxicar também, mas não vou deixar.

A atmosfera não é um perfume - ela não tem gosto de destilação, é inodora
É para boca minha para sempre - estou apaixonado por ela
Irei ao banco de madeira, tornar-me-ei indisfarçável e nu,
Estou louco para que possa entrar em contato comigo.

A fumaça da minha própria respiração,
Ecos, ondulações, murmúrios sussurrantes, raiz do amor, fio de seda, forquilha e videira,
Minha respiração e inspiração, o bater do meu coração, a passagem de sangue e de ar
através dos meus pulmões,
O farejar de folhas verdes e de folhas secas, do mar, de rochas marinhas escuras,
e do feno no celeiro.
O som do vomitar de palavras da minha voz, palavras soltas para os turbilhões do vento,
Alguns beijos leves, alguns abraços, um alcance de braços.
O jogo de luz e sombra das árvores com o balançar de ramos flexíveis,
O prazer de estar sozinho, ou na pressa das ruas, ou ao longo de campos e altos montes
O sentimento de estar saudável, o gorjeio do meio dia, a música de me levantar da cama
e encontrar o sol.

Foto de Luke Wile Spokane:  blog


C.C.

PS: Fiz o melhor que pude na tradução u_u




1/09/2010

Poesia, que tal?




Se estou só, quero não estar
"Ser feliz é ser aquele.
E aquele não é feliz,
Porque pensa dentro dele
E não dentro do que eu quis."

Fernando Pessoa, Se estou só, quero não estar (2-7-1931)

 Sei bem que não consigo
 Sei bem que não consigo
O que não quero ter,
Que nem até prossigo
Na estrada até querer.
Sei que não sei da imagem
Que era o saber que foi
Aquela personagem
Do drama que me dói.

Sei tudo. Era presente
Quando abdiquei de mim...
E o que a minha alma sente
Ficou nesse jardim.

Fernando Pessoa


Eu levo o seu coração comigo

eu levo o seu coração comigo (eu o levo no
meu coração) eu nunca estou sem ele (a qualquer lugar
que eu vá, meu bem, e o que que quer que seja feito
por mim somente é o que você faria, minha querida)

                    tenho medo

que a minha sina (pois você é a minha sina, minha doçura) eu não quero
nenhum mundo (pois bonita você é meu mundo, minha verdade)
e é você que é o que quer que seja o que a lua signifique
e você é qualquer coisa que um sol vai sempre cantar

aqui está o mais profundo segredo que ninguém sabe
(aqui é a raiz da raiz e o botão do botão
e o céu do céu de uma árvore chamada vida, que cresce
mais alto do que a alma possa esperar ou a mente possa esconder)
e isso é a maravilha que está mantendo as estrelas distantes

eu levo o seu coração ( eu o levo no meu coração)

e. e. cummings

C.C.

12/20/2009

Devorador de Homens



 O tempo

A vida é o dever que nós trouxemos para fazer em casa.
Quando se vê, já são seis horas!
Quando de vê, já é sexta-feira!
Quando se vê, já é natal...
Quando se vê, já terminou o ano...
Quando se vê perdemos o amor da nossa vida.
Quando se vê passaram 50 anos!
Agora é tarde demais para ser reprovado...
Se me fosse dado um dia, outra oportunidade, eu nem olhava o relógio.
Seguiria sempre em frente e iria jogando pelo caminho a casca dourada e inútil das horas...
Seguraria o amor que está a minha frente e diria que eu o amo...
E tem mais: não deixe de fazer algo de que gosta devido à falta de tempo.
Não deixe de ter pessoas ao seu lado por puro medo de ser feliz.
A única falta que terá será a desse tempo que, infelizmente, nunca mais voltará.

Mario Quintana

"O mais feroz dos animais domésticos é o relógio de parede: conheço um que já devorou três gerações de minha família."
Mario Quintana 

Cc.

8/18/2009

Little Beetle

O pequeno besouro
Quer sua casa de volta
O pequeno besouro
Foi levado para longe
Para um lugar estranho
Onde o barulho
É insuportável
E a luz é fraca.

O pequeno besouro
Que quis explorar um novo mundo
Agora quer sentir o significado
Da palavra lar.

C.C.

2/01/2009

Slowly

Estou morrendo lentamente
Deixo o tempo escorrer por minhas mãos
Fecho os olhos e acaricio seu rosto
Mas não há ninguém ao meu lado

Em meus sonhos beijo seus lábios
E toco seu corpo
Alimento meu espirito com seu cheiro
E minha alma voa, livre...

Estou caindo lentamente
Os anos passam por mim
Rostos e historias
Risos, gestos, palavras
Fecho os olhos e seguro suas mãos
Mas não há ninguém ao meu lado...

Estou queimando lentamente
A cada dia uma parte de mim se vai
Eu fecho os olhos e enxugo suas lágrimas
Mas não há ninguém ao meu lado...

E quando às vezes fecho meus olhos
Eu sinto seu coração
Batendo junto com o meu

Estou morrendo lentamente
Carros passam por mim
Flores caem das minhas mãos
Estou caíndo lentamente
Estrelas queimam na escuridão
A lua ilumina meus passos
Estou queimando lentamente
Lágrimas que não posso conter
Sinto sua respiração em meu rosto
Mas não há ninguém aqui

E quando às vezes fecho meus olhos
Eu sinto seu coração
Batendo junto com o meu

Ainda podemos ser livres
E atravessar o oceano infinito
que separa nossas mentes
e nossas vontades

Se ao menos houvesse alguém aqui

Meu espirito está se libertando
Lentamente
procuro na escuridão
A luz de seus olhos
Mas você não está aqui.

Estou morrendo
lentamente
Estou caindo
lentamente
Estou queimando
lentamente

Fecho meus olhos
Mas não há ninguém aqui.

C.C.

1/30/2009

Meus e de outros

Paradise stolen

Deste pedaço de céu
Observo o mundo lá fora
Palavras que não podem ser ditas
Sentimentos que não podem ser expressos
Sonhos que não podem ser realizados
Mas o amargo que fica na língua
Nada tem sobre isso
Por que só o que resta
São os momentos não vividos
Os beijos interrompidos
E o brilho do olhar, que nunca foi meu.

C.C.

Eu perdi meu amor
No vento que sopra do mar
Do esquecimento
Das páginas em branco
Do livro da memória
Não restou
Nem a saudade do meu
grande amor.

*Essa fiz quando estava passando hoje é dia de maria, segunda jornada...

C.C.

É tudo culpa da bufancia
Por que na infância tudo é assim
roxo
Que nem as abóbodas da vitrine
Que andam sobre as rochas flutuantes
dos mares abertos
Que correm sem parar
nas noites de luar
Que pairam sobre as pessoas
assim como nós
Tufos de vento
atrás dos moinhos de cana
comendo capim do véu da noiva.

D.Metzker
*Pois é...

Tudo te um sentido
é só vc olhar mais de perto
Nos fundilhos do mar
Num céu de ninar
Com cores violetas
Dos campos folhados
De folhas uivantes
Cantando contente com risos displicentes

D.Metzker

Só digo o que digo pq o q digo só digo e se digo digo pra vc
só digo.

D.Metzker
*Esse é daqueles que fazem a palavra perder o sentido...

O sentido sempre é sem sentido
Por isso no final faz sentido
E o q não tem sentido faz sentido
Mesmo sem sentido.

D.Metzker

As prosopopéias da vida
Fizeram meu eu desvanescer em desespero
No mais profundo insólito
perfeito
Das pedras uivantes dos caminhos contentes
No lugar da gente.

D.Metzker

Seu olhar estontiante,
Atraí mundos distantes
No ínfimo pensante
Dos montes cercantes
Atrás dos muros passados
Nas portas de cedro
No fim do semblante
De olhos gorjeantes
Olhos q cantam
Como o som de um passarinho
Mas sem fazer um barulho sequer!

D.Metzker

Os poemas do Deivid são de uma conversa no msn kkkkkkkkkkkkkkkk
Um momento muito inspirado... Agora lendo de novo, até que gostei xDD

C.C.

1/24/2009

Na lápide

O que procuro já achei
Ele que não me achou
Na sua frente amor dancei
Em sua face esfreguei - AMOR
Ele entendeu carinho
E de amiga me chamou.

E por anos ao seu lado
Amiga fui e morri
e se hoje em meu epitáfio
Esse verso que escrevi
Foi para declarar na morte
O que em vida omiti.

Amor que me negaste
Saibas agora que parti
Meu coração sempre foi teu
Minha alma vivia em ti...
Nunca um beijo teu
De tanto amor, padeci.

C.C.

PS: Isso que dá ficar lendo poesias romanticas...

Alguns versos

Soneto - Maciel Monteiro

Mulher celeste, oh! anjo de primores!
Quem pode ver-te sem querer amar-te?
Quem pode amar-te sem morrer de amores?!

Se eu de ti me esquecer - Bernardo Guimarães

Se eu de ti me esquecer, nem uma lágrima
Caia sobre o sepulcro em que eu jazer;
Por todos esquecido viva e morra,
Se eu de ti me esquecer.

In her book - Luís Delfino

Ela andou por aqui; andou. Primeiro,
Por que há traços de suas mãos; segundo
Por que ninguém, como ela tem no mundo
Este esquisito, este suave cheiro.

Juvenília - Fagundes Varela

O céu, de aurora risonho,
A luz de um astro tristonho,
Os sonhos que à noite sonho,
Tudo me fala de ti.

Meu Amor - Osório Dutra

Meu amor se transforma como o vento.
Raramente traduz o seu desejo...
Vive para a vertigem de um momento,
Para o sonho romântico de um beijo.



Porque dizem que as estrelas são frias?
Se são tão quentes quanto o sol...
A única luz que me trouxe frio,
Foi o brilho de teu olhar.
C.C.

Soneto

Estes olhos são da minha amada,
Que belos, que gentis e que formosos!
Não são para os mortais tão preciosos
Os doces frutos da estação dourada.

Por eles à alegria derramada
Tornam-se os campos de prazer gostosos,
Em zéfiros suaves e mimosos
Toda essa região se vê banhada.

Vinde, olhos belos, vinde, e enfim trazendo
Do rosto do meu bem as prendas belas,
Dai alívio ao mal que estou gemendo.

Mas oh! delírio meu que me atropelas!
Os olhos que eu cuidei que estava vendo
Eram (quem crera tal!) duas estrelas.

Cláudio Manuel da Costa - As mais belas poesias Brasileiras de Amor

1/23/2009

Retrato íntimo

Meu rosto sorri,
mas na garganta
um grito preso.
Aquele mesmo grito
mudo, agudo, por dentro,
interminável...

É como o quadro de uma tormenta,
onde nenhuma brisa agita o ar,
e nada respira...
Todos fitam, atonitos, o céu negro,
esperando a primeira gota,
que trará consigo a violência de um tufão,
e o caos das tempestades...

C.C.

PS:Não achei nenhuma imagem decente ¬¬'