2/18/2012

Teu doce sabor

A claridade meus olhos invade
Sinto o peso que sua falta faz
O ar não me entra nos pulmões
E sinto as batidas aceleradas de meu coração .

Tento levantar-me
Minha cabeça gira
A dor quase me cega
Tropeço em direção a luz .

Longe de casa
Longe de minha amada
Anseio pelo teu calor
Teu sabor que me devolve a vida .

Busco desesperadamente te encontrar
Nesta casa estranha, onde estarás?
Ainda lutando contra a dor eu busco
E como por milagre, lhe encontro.

Doce como o céu
Onde teu sabor me leva
Amargo como o inferno
Onde tua falta me atira.

Sôfrego, tomo-a em minhas mãos
Sôfrego, bebo de teu elixir.
Tua essência acalma minhas dores e meus anseios
Tua essência me devolve a paz.

Enamorado fito tua superfície negra
Escondida estás nesta bebida mágica
Dona de minhas idéias, senhora dos meus dias!
Minha amada Cafeína.

C.C.

2/08/2012

Equilibrium

Algumas vezes nos encontramos onde deveríamos estar, numa espécie de equilíbrio emocional, onde poucas coisas são capazes de nos abalar, onde não importa o que aconteça, encontramos sempre o chão debaixo de nossos pés e seguimos em frente. Outras - a maior parte do tempo - não.
É incrível a maneira como chegamos no estado de equilíbrio, mas mais incrível ainda é a maneira que saímos dele. Não é algo que se perceba de imediato - em ambos os casos. Então como chegar lá? Como sair?
Somos simplesmente jogados em determinado momento de nossas vidas, e depois de certo tempo tragados de volta para o caos? Ou caminhamos lentamente, sem perceber, para o equilíbrio ou para o caos.
Manter-se firme na corda bamba é um dom, cair é uma lei natural. Muitos caem, alguns levantam e continuam tentando, raros são os que chegam até o fim sem uma queda em seu histórico. O importante, é continuar tentando.
Lembrar que cada ato é seguido de uma consequência é o essencial para se manter na corda bamba, pois o menor descuido pode nos levar ao chão - a menor distração, pode ser fatal.
Lá vamos nós, outra vez.

C.C.

2/02/2012

Reflexos

A luz continua mudando, a cada ano que passa eu percebo essa mudança. Como se minha memória fosse mais nítida, ou o que está diante de meus olhos, mais apagado. Talvez o mundo esteja mesmo perdendo a sua cor, mas temo que sejam meus olhos que estejam perdendo a esperança.
Agarro-me aos matizes esverdeados que emolduram o castanho de teus olhos e ao brilho vívido de seu olhar quando me contemplas - e esta, é a única esperança que me resta.

C.C.