4/23/2011

Vida louca

Eu não tenho mais tempo para escrever, e isso é triste. Entro aqui todos os dias e sinto um peso no coração por ver o blog que cuidei por tanto tempo meio abandonado. Faço o que posso para tirar as teias de vez em quando, mas a preocupação com a faculdade e com o pouco tempo que me resta e as muitas matérias que faltam me impedem de ter esse tempo. Esse tempo de reflexão que muitas vezes me trouxe até aqui. Essa vida louca sai nos atropelando e a gente nem se dá conta do que fica pra trás na ânsia de não se deixar ser pego. Eu penso nisso, no que está se perdendo, no tempo de folga da minha mente quando estou presa em uma fila no trânsito. Recuso-me a estudar nestes momentos, pelo menos na hora da fila minha mente deve estar livre para ir onde quiser. Mas tão logo desço do onibus já sou carregada por uma maré de gente, e tenho que seguir em frente.

Meus dias se transformaram numa rotina; as estantes da biblioteca setorial, as mesas, as bibliotecárias (que já me conhecem o suficiente para me expulsar de lá), os caminhos sempre iguais dentro da universidade. Por falta de tempo não me atrevo nem mais a ir a outros lugares lá dentro, ainda bem que desbravei boa parte do terreno nos tempos de caloura. E quando penso nisso, parece que nem faz tanto tempo assim... Mas faz, não faz? Em quatro anos tanta coisa mudou... Principalmente eu.

Mas a loucura da vida continua a mesma como sempre foi, e algo me diz que só tende a piorar. Então de vez em quando eu fecho os olhos, paro o que estou fazendo (seja o que for), e sinto o agora, o ambiente à minha volta, as pessoas ao meu redor, o céu, o vento, o som da vida que me cerca. Só assim eu posso continuar. Se eu tiver estes momentos sentindo a vida dentro de mim, por mais louca que ela seja, então as coisas fazem sentido novamente, e eu posso me juntar à loucura do mundo outra vez.

C.C.

4/17/2011


Retornando à época de Camelot, onde a mágica se misturava com mitos e a honra vencia a brutalidade. A época dos verdadeiros Cavaleiros, que protegiam seu povo. A época de um rei que se preocupava com seu reino.
Minha lenda preferida retorna para as telas em Camelot, produzida pela Starz.

E mesmo sendo representada como Bruxa (e não como a fada e Senhora do lago de As Brumas de Avalon), a Morgana continua sendo minha personagem preferida *-*

C.C.

3/19/2011

Saudade


Tardes assistindo séries e filmes, um piquenique no quintal, manhãs e noites cheias de histórias, um cafuné.

Sinto saudade das suas loucuras e invenções malucas, saudade de fazer companhia na cozinha e até de dormir na sua cama quando víamos filmes de terror à noite.
Saudade de mimar minha maninha.
Saudade do seu baurú.

C.C.

3/06/2011

As cidades das nuvens

Hoje olhei pela janela e vi nuvens brancas e fofas baixas no horizonte, num tom amarelo pálido de crespúsculo. Lembrei de quando era criança e costumava passar as tardes em cima de uma goiabeira no quintal de casa, olhando para o céu e imaginando que haviam cidades escondidas por trás das nuvens, e que se olhássemos com cuidado, era possível ver o topo de uma torre e um pássaro saíndo dela. O pássaro hoje eu vi, mas o topo das torres já devem estar perdidos pra mim. E eu costumava vislumbrar alguns naquelas tardes de verão...

C.C.

2/20/2011

Cegueira auto induzida

O que me espanta é esta capacidade incrível que algumas pessoas têm de sempre se transformarem em vítimas. A distorção que conseguem fazer de uma frase, uma palavra, de conseguirem transformar dois em vinte, agora em ontem, sai em fica. Pessoas que olham tanto para o próprio umbigo que não conseguem perceber que o mundo não gira ao redor delas, e que os outros também sentem. Pessoas que são, na melhor definição da palavra - Cegas!

Vivem num mundo próprio e tentam a todo custo trazê-lo para aqueles que estão à sua volta. Então tudo é a respeito deles, e sua forma de viver e de pensar é a certa; não há necessidade de mudança - a não ser a mudança necessária para que os resto do mundo se adeque à sua maneira de viver.

Eu me espanto, porque nada do que seja dito será ouvido; as palavras parecem sofrer uma mutação durante o caminho até seus ouvidos e tomam outro significado.

Eu me espanto, porque não adianta quantas vezes alguém tente lhes estender a mão, essa mão ficará vazia, porque o Cego simplesmente não a enxerga - não quer enxergar.

Espanta-me infinitamente, porque não há nada que se possa fazer, não há nada que se possa dizer; é como tentar argumentar com uma porta! E aquele que tenta ajudar fica eternamente com a mão estendida, à espera - assistindo de camarote o desenrolar de um drama que nunca tem fim, e que só existe na mente do Cego. Onde o Cego se torna rei, propagador do caos, escravo de sua própria dor e mestre de sua agonia. O Cego causa sua própria ruína por simples medo de abrir os olhos.

C.C.

Trovas

De amor... Amor é infinito!
Do encanto do seu poder,
Tanta se tem dito!
- E há tanta coisa a dizer...

Para matar as saudades,
Fui ver-te em ânsias, correndo...
- E eu que fui matar saudades,
Vim de saudades morrendo...

Tu censuras de minha alma,
Esse alvorôço, esse ardor!
- Quem tem amor, e tem calma,
Tem calma... Não tem amor...

Adelmar Tavares

C.C.

2/12/2011

Divagações

Só a partir da compreensão é que podemos começar a entender e aceitar as coisas. Eu não sei o quão baixo tive que descer para conseguir subir novamente, mas tenho e impressão de que se cavei o fundo do poço, não foi muito, só o suficiente para me colocar de pé. Talvez algumas pessoas tenham mais predisposição que outras para seguir em frente. Eu sei que todo mundo sofre, sei que a dor de ninguém deve ser menosprezada ou diminuída, quem pode sentir por você? Só você sabe o tamanho da sua dor. As pessoas falam tanto que o mundo é um lugar horrível, um inferno, que o ser humano é desprezível. Mas isso é o que elas vêm e sentem, ou é só o que elas querem ver? O reflexo do que existe dentro de nós. Eu sei o quão cruel posso ser, o quão arrogante e egoísta. Sei que se não me ativesse a meus valores e princípios, poderia ter me tornado um pessoa mesquinha e egoísta, sem qualquer sentimento verdadeiro por alguém. Mas acima de tudo, sei que ainda posso me transformar nesta pessoa. É uma luta diária; todo dia eu faço a minha escolha, todo dia eu penso no que é bom. Todos os dias eu escolho o amor ao invés o ódio, a esperança ao invés do desespero, viver ao invés de simplesmente existir. Minha vó me disse hoje uma coisa que já li há muito tempo e fiz questão de guardar comigo: Quanto mais conhecimento nós temos, maior se torna nossa responsabilidade - não só perante nós, mas perante o resto do mundo.

C.C.

Um bom poema é aquele que nos dá a impressão de que está lendo a gente ... e não a gente a ele! - Mário Quintana

Queria ter a certeza de que apesar de minhas renúncias e loucuras, alguém me valoriza pelo que sou, não pelo que tenho...
Que me veja como um ser humano completo, que abusa demais dos bons sentimentos que a vida lhe proporciona, que dê valor ao que realmente importa, que é meu sentimento...e não brinque com ele.
E que esse alguém me peça para que eu nunca mude, para que eu nunca cresça, para que eu seja sempre eu mesmo.
Não quero brigar com o mundo, mas se um dia isso acontecer, quero ter forças suficientes para mostrar a ele que o amor existe...
Que ele é superior ao ódio e ao rancor
,
Que eu nunca deixe minha esperança ser abalada por palavras pessimistas, e que não existe vitória sem humildade e paz.
Quero poder acreditar que mesmo se hoje eu fracassar, amanhã será outro dia, e se eu não desistir dos meus sonhos e propósitos, talvez obterei êxito e serei plenamente feliz.

Que eu nunca deixe minha esperança ser abalada por palavras pessimistas...
Que a esperança nunca me pareça um NÃO que a gente teima em maquiá-lo de verde e entendê-lo como SIM.

Quero poder ter a liberdade de dizer o que sinto a uma pessoa, de poder dizer a alguém o quanto ele é especial e importante pra mim, sem ter de me preocupar com terceiros... Sem correr o risco de ferir uma ou mais pessoas com esse sentimento.

Quero, um dia, poder dizer às pessoas que nada foi em vão...
Que o amor existe, que vale a pena se doar às amizades a às pessoas, que a vida é bela sim, e que eu sempre dei o melhor de mim... e que valeu a pena.

Mário Quintana

C.C.

1/22/2011

Constância

Não seriam necessárias as nuvens negras pesando sobre nossas cabeças, despejando uma chuva fina sobre nossos ombros. A tempestade estava anunciada ainda antes, quando o sol reinava solitário no céu azul.
A brisa era leve, morna, mas o vento que nos açoitaria vinha junto, ainda fraco e sussurrante.
O que desencadeia o caos? A calmaria deveria ser o aviso que todos deveríamos notar, mas que ninguém percebe. O silêncio e os olhares mudos já revelam a escuridão que se aproxima. Para poucos observadores - os atentos - meros sinais são o suficiente. Eu já esperava.
Se alguém me perguntasse "Está tudo bem?" Eu responderia "Tudo ótimo."
A troca de corpos e de motivos não são motivo para acabar com a indiferença que tanto tempo levei para alcançar.
"Mas você não se importa?"
Eu deveria?
Quando você percebe que todo ano chove na mesma época, você se surpreende quando a chuva vem?
Quando você percebe que toda flor nasce em determinada época, você se surpreende quando o botão aparece?
Não. Você até mesmo espera por isso.
Você sabe que vai acontecer.
Da minha parte só tenho isso a dizer: Eu já sabia.
Mas a verdade é que daria tudo para ter uma surpresa.

C.C.

1/21/2011

Remember

Mais um vídeo do Samuel, com sua mais nova composição - Remember =D

Eu gostaria muito de ver as músicas dele executadas por uma orquestra, então por favor, assistam ao vídeo no youtube também (vou deixar o link aqui) =D

Muito obrigado e aproveitem!!

Vídeo no youtube

C.C.

PS: Se gostarem, podem espalhar por aí!