8/05/2007

Graal & religião


Estou lendo Maria Madalena e o Santo Graal, é um livro muito interessante, visto que eu não me importo se Jesus teve uma esposa, aliás, tanto melhor assim. Minha fé nunca seria abalada se a Igreja proclamasse um dia que Cristo e Maria eram casados e tiveram um filho, ou melhor, uma filha. Talvez por que pra mim essa versão do Graal seja mais aceita, e essa versão da vida de Jesus também.
Isso não quer dizer que Jesus não foi um grande homem ou fez grandes coisas, mas sim que ele era humano, como todos nós, e tinha um propósito em sua vida, que foi cumprido.
Jesus continua sendo um exemplo para mim, só que o admiro muito mais por saber que era um homem, cumprindo sua missão na Terra, amando e levando sua palavra, um herdeiro que tinha sua esposa e amigos, e que estava proclamando seus direitos como filho de Davi.
Não há nada de errado com isso. O que seria errado para as pessoas, talvez fosse admitir que nehum santo filho de Deus foi enviado para salvar suas almas, e que seus "pecados" não serão perdoados ou sei lá eu o que mais.
Não vejo Jesus como a Igreja o vê, e Deus tampouco.
O que vejo hoje são pessoas desesperadas, perdidas, que buscam por uma salvação que só pode vir delas mesmas. Aprendo muito mais olhando para mim e indagando quais os meus problemas e complexos, e como posso resolvê-los, como posso ser uma pessoa melhor, como posso crescer com isso, do que perdendo tempo tendo medo de um deus que condena e julga.
Já passei por essa fase. Não encontrei minhas respostas na Bíblia, nem mesmo no Evangelho (confesso que raramento abro o evangelho). Encontrei minhas respostas perguntando para mim o que estava errado, lendo o que outros escreveram, pensando sobre o que outros pensaram, ouvindo as pessoas com quem convivo, observando as pessoas à minha volta. Encontro minhas respostas indagando sobre as respostas de
outros. Claro que aprendi muito na evangelização e nas palestras em que fui, mas muito mais simplesmente convivendo com meus amigos, lendo outros livros...É que mesmo o Espiritismo parecia não ser a religião certa, à qual eu me adequasse, então descobri que nenhuma é, porque simplesmente tenho meu jeito de ver as coisas, e isso só foi crescendo. Agora o que posso dizer é que tenho minha maneira própria de me religar com Deus. As informações que a religião espírita traz são muito proveitosas para mim, mas a de outras também, então junto as informações e deste modo vou criando minha realidade, não sei se posso dizer que sou Espírita, só o que sei, é que creio.

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