3/22/2009

Conto do Reino das Trevas

Hamon

Havia uma mistura de sentimentos e um turbilhão de pensamentos movendo aquele homem em direção à casa em ruínas. A chuva escorria por seu rosto, mas não o incomodava mais, já era uma parte de seu ser.
Ele queria chegar até o piano, e o via à sua frente, a porta aberta mostrando a única coisa que ele não podia alcançar. Começou a correr, o vento açoitando seus cabelos, o sobretudo negro abrindo-se como asas, ele só queria chegar até o piano.
A música explodia em seus ouvidos, a sinfonia criando-se em sua cabeça, as suas mãos movendo-se por teclas invisíveis e as imagens que se formavam substituíam o cenário a sua volta.
(...)

C.C.

3/21/2009

Broken

"Visto dali, o mar refletindo o céu claro coberto de nuvens mais parecia um espelho, e não sabia dizer, se resolvesse atirar-se, se não quebrariam; ambos - o espelho, e ele."


Tava trabalhando em uma poesia, mas não ficou boa^^
Ta lá no quarto, isso que escrevi também, então provavelmente ta faltando alguma coisa...
Tenho andado sem inspiração ultimamente, sintoma de um coração que começa a perder um inquilino... Não importa o quanto eu sofra, o fato é que poesias só saem quando estou com o coração partido... pode-se notar as lacunas entre uma paixão platonica e outra, as poesias e textos melosos desaparecem por um tempo.

Que seja. Talvez seja melhor assim^^

C.C.

3/18/2009

Déjà Vu

Pitty

Composição: Peu Sousa / Pitty

Nenhuma verdade me machuca
Nenhum motivo me corrói
Até se eu ficar
Só na vontade
Já não dói

Nenhuma doutrina me convence
Nenhuma resposta me satisfaz
Nem mesmo o tédio
Me surpreende mais

Mas eu sinto
Que eu tô viva
A cada banho de chuva
Que chega molhando meu corpo...

Nenhum sofrimento me comove
Nenhum programa me distrai
Eu ouvi promessas
E isso não me atrai

E não há razão que me governe
Nenhuma lei prá me guiar
Eu tô exatamente
Aonde eu queria estar

Mas eu sinto
Que eu tô viva
A cada banho de chuva
Que chega molhando meu corpo...

A minha alma
Nem me lembro mais
Em que esquina se perdeu
Ou em que mundo se enfiou

Mas, já faz algum tempo
Já faz algum tempo
Já faz algum tempo
Já faz algum tempo
Faz algum tempo...

A minha alma
Nem me lembro mais
Em que esquina se perdeu
Ou em que mundo se enfiou

Mas eu não tenho pressa
ja não tenho pressa
Eu não tenho pressa
Não tenho pressa



Esse ano ta esquisito, eu fui sorteada com uma semana de almoço gratis... Nunca ganhei nada nessa vida, nem uma rifinha que fosse... Mas não é só isso...

C.C.

3/15/2009

Falling Into You

Celine Dion

Composição: Billy Steinberg, Rick Nowels and Marie Claire D'Ubaldo

And in your eyes I see ribbons of color
I see us inside of each other
I feel my unconscious merge with yours
And I hear a voice say, "What's his is hers"

I'm falling into you
This dream could come true
And it feels so good falling into you

I was afraid to let you in here
Now I have learned love can't be made in fear
The walls begin to tumble down
And I can't even see the ground

I'm falling into you
This dream could come true
And it feels so good falling into you

Falling like a leaf, falling like a star
Finding a belief, falling where you are

Catch me, don't let me drop!
Love me, don't ever stop!

So close your eyes and let me kiss you
And while you sleep I will miss you

I'm falling into you
This dream could come true
And it feels so good falling into you

Falling like a leaf, falling like a star
Finding a belief, falling where you are

Falling into you
Falling into you

C.C.

3/04/2009

Reflexos

Ele queria gritar, sentir saindo de sua garganta e explodindo para o mundo que o cercava toda sua frustração e ressentimento, seu pavor e sua espera, inutil...
Em um som rouco e alto que rasgasse a madrugada e acordasse mundo, ele queria depositar sua ultima nota dissonante. Queria que fosse o fim, e que todos soubessem que era o seu fim, e que não havia mais nada, depois dele, nada... Se alguém alguma vez já o tivesse amado, admirado, respeitado... Então só essa pessoa sofreria ao som deste ultimo urro enfurecido, sem esperança. Só essa pessoa... Mas ele sabia que era tudo uma ilusão, ninguém lamentaria, ou sofreria, choraria por ele.
Ele estava inteiramente só, era uma ilha, prestes a afundar. A ser esquecida para sempre.

O grito ficou preso. Relaxou seu rosto, os olhos desviaram para algum ponto inanimado. Somente seus punhos cerrados demonstravam que o homem sentado naquele banco de onibus não estava distraído, como aparentava, ele estava desesperado, enfurecido, amedrontado, morto. As unhas penetrando a palma da mão... O grito ganhando vida no sangue que escorria quando a carne não resistiu à pressão. O grito que ecoava em sua mente, e que não representava nada, para o 'mundo lá fora'.

C.C.