Na cultura Celta, o Samhain, comemorado no dia 31 de outubro, marcava tanto o fim quanto o início de um novo ano. Nessa noite o véu entre o nosso mundo e o mundo dos mortos se torna mais tênue, sendo o tempo ideal para nos comunicarmos com quem já partiu.
Agora, deixando a cultura celta de lado...
HAPPY HALLOWEEN!!!!!
E homenageando o Rei do Horror nesta noite, com vocês, Jack!!
Não terei história de halloween este ano, a Morte está com a família em Vinhedo e não me dará a honra de sua presença nesta noite ilustre.
Mas!
Como sua serva fiel desejo, em nome dela, um feliz halloween para todos xD
E irei comemorá-lo assistindo um filminho de terror mais tarde \o/ \o/
C.C.
10/31/2009
10/26/2009
Les Memoires Blessees - Piano Improvisation
Samuca tocando uma improvisação de Les Memoires Blessees da banda Dark Sanctuary. É incrível como ele consegue pegar uma música de ouvido e transformá-la dessa forma O.o
A música original é um dueto de piano e violino, bem simples, mas é uma das minhas músicas preferidas, e essa versão do samuca ficou linda, fui obrigada a colocá-la aqui.
Para os que leram Contos do Reino das Trevas (que por acaso está meio parado no tempo, soooorry), esta é a música que deu origem ao Hamon, e toda vez que a ouço posso fechar os olhos e vê-lo sentado em frente ao piano, tocando... É a música que sai da sua alma.
Obrigada Samuca^^
Eu realmente adorei*-*
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Samuel R. Auras
10/15/2009
Quatro Estações (Mestre Stephen King)
Outono da Inocência
"As coisas mais importantes são as mais difíceis de expressar. São coisas das quais você se envergonha, pois as palavras as diminuem - as palavras reduzem as coisas que pareciam ilimitáveis quando estavam dentro de você à mera dimensão normal quando são reveladas. Mas é mais que isso, não? As coisas mais importantes estão muito perto de onde seu segredo está enterrado, como pontos de referência para um tesouro que seus inimigos adorariam roubar. E você pode fazer revelações que lhe são muito difíceis e as pessoas o olharem de maneira esquisita, sem entender nada do que você disse nem por que eram tão importantes que você quase chorou enquanto estava falando. Isso é pior, eu acho. Quando o segredo fica trancado lá dentro não por falta de um narrador, mas de alguém que compreenda."
página 1.
Volume três de Quatro Estações, de Stephen King
C.C.
"As coisas mais importantes são as mais difíceis de expressar. São coisas das quais você se envergonha, pois as palavras as diminuem - as palavras reduzem as coisas que pareciam ilimitáveis quando estavam dentro de você à mera dimensão normal quando são reveladas. Mas é mais que isso, não? As coisas mais importantes estão muito perto de onde seu segredo está enterrado, como pontos de referência para um tesouro que seus inimigos adorariam roubar. E você pode fazer revelações que lhe são muito difíceis e as pessoas o olharem de maneira esquisita, sem entender nada do que você disse nem por que eram tão importantes que você quase chorou enquanto estava falando. Isso é pior, eu acho. Quando o segredo fica trancado lá dentro não por falta de um narrador, mas de alguém que compreenda."
página 1.
Volume três de Quatro Estações, de Stephen King
C.C.
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10/14/2009
Mais um sobre nós
Corro as pontas dos dedos sobre as teclas, não há nada que eu possa dizer sobre mim, ou sobre os meus atos, sobre a minha vida ou as minhas razões. Sei que dentro deste receptáculo existe algo bom, que luta insistentemente, a cada segundo, com algo ruim.
Então, às vezes, sento na frente de um computador, abro uma janela que diz "Nova postagem", e começo a teclar. Devagar no início, correndo no fim.
Talvez fale sobre algo profundo, talvez fale sobre a vida, outras vezes posso falar sobre nada. Mas mesmo quando falo sobre nada, minhas palavras não são vazias, ao menos, não deveriam ser, cada uma carrega uma forte impressão ou sentimento, mas não sei se outros os podem perceber. Outros.
Ontem pensava sobre isso, os outros, e nós.
Por que temos a mania de classificar os outros como outros. Os outros não sabem, os outros não entendem, os outros não percebem, os outros não vêem. Vivemos no mesmo mundo achando que o mundo pertence a um eu, e não a todos os outros e ao nosso eu. Os outros sempre são o nosso maior problema. Se fulano não fosse tão assim, se ciclano não fosse tão assado. E o eu? Não gostamos de olhar no espelho e perguntar se o eu é um problema para um outro, afinal, se o for, o problema é do outro, não é?
Não. Mas cada um tem direito à sua opinião. E a minha opinião é a de que o problema sou eu, e se aquilo de bom dentro de mim não lutar com aquilo ruim, se meu lado altruísta não lutar com meu lado egoísta, se meu lado pacífico não lutar com meu lado bélico e meu lado alegre não lutar com meu lado triste, o problema é meu, mas é também dos outros, por que cada ação minha, reflete na vida do outro. Cada ação.
É uma lei da natureza, vale para qualquer coisa, para qualquer um, não apenas no estudo da física. Cada ação tem uma reação. Ninguém está imune à ela. Mas...
Queremos ser individuais em um mundo onde ninguém está sozinho, e é aí, justamente aí, que nasce nossos problemas.
Afinal de contas, nada melhor que soltar um "Dane-se, a vida é minha."
A vida é sua, mas infelizmente, o mundo não.
C.C.
Então, às vezes, sento na frente de um computador, abro uma janela que diz "Nova postagem", e começo a teclar. Devagar no início, correndo no fim.
Talvez fale sobre algo profundo, talvez fale sobre a vida, outras vezes posso falar sobre nada. Mas mesmo quando falo sobre nada, minhas palavras não são vazias, ao menos, não deveriam ser, cada uma carrega uma forte impressão ou sentimento, mas não sei se outros os podem perceber. Outros.
Ontem pensava sobre isso, os outros, e nós.
Por que temos a mania de classificar os outros como outros. Os outros não sabem, os outros não entendem, os outros não percebem, os outros não vêem. Vivemos no mesmo mundo achando que o mundo pertence a um eu, e não a todos os outros e ao nosso eu. Os outros sempre são o nosso maior problema. Se fulano não fosse tão assim, se ciclano não fosse tão assado. E o eu? Não gostamos de olhar no espelho e perguntar se o eu é um problema para um outro, afinal, se o for, o problema é do outro, não é?
Não. Mas cada um tem direito à sua opinião. E a minha opinião é a de que o problema sou eu, e se aquilo de bom dentro de mim não lutar com aquilo ruim, se meu lado altruísta não lutar com meu lado egoísta, se meu lado pacífico não lutar com meu lado bélico e meu lado alegre não lutar com meu lado triste, o problema é meu, mas é também dos outros, por que cada ação minha, reflete na vida do outro. Cada ação.
É uma lei da natureza, vale para qualquer coisa, para qualquer um, não apenas no estudo da física. Cada ação tem uma reação. Ninguém está imune à ela. Mas...
Queremos ser individuais em um mundo onde ninguém está sozinho, e é aí, justamente aí, que nasce nossos problemas.
Afinal de contas, nada melhor que soltar um "Dane-se, a vida é minha."
A vida é sua, mas infelizmente, o mundo não.
C.C.
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10/05/2009
Reflexos
Busca
Era noite ainda, os postes de iluminação estavam acesos. Ele andava pela rua deserta arrastando sua mochila pelo chão. Estava cansado, seu corpo doía e sua mente parecia querer explodir dentro de sua cabeça. O que havia feito? Onde havia se perdido? em que momento deixara tudo para trás e embarcara naquela aventura louca, em busca de respostas que nunca seriam encontradas.
Parou em baixo de um poste e ficou olhando algumas mariposas voejando em volta da luz. Sentou-se no meio fio, puxando a mochila para perto do corpo. Estava praticamente vazia, não restara mais nada para ele, a não ser aquela sensação de impotência, de perda, um vazio imenso dentro de si. Olhou para os lados, para a rua onde crescera, estava tudo mudado, não reconhecia nada. Duvidava que alguém ainda fosse capaz de reconhecê-lo também, ele mesmo tomara um susto ao olhar-se no espelho, não era mais o seu rosto, não eram os seus olhos, não era ele.
Quanto tempo? Pensou, enquanto fitava o reflexo de um homem que não conhecia e tentava aceitar que fosse o seu próprio. Não sabia dizer... Tempo. Anos, dias, meses... Poderiam ter sido séculos e ainda assim não faria sentido. Nada fazia sentido agora. ele saíra em busca de uma resposta, sem estar certo da pergunta, sabendo que nunca a encontraria, e isso o mantinha vivo, ele tinha um propósito. Nunca imaginou que pudesse empenhar-se tanto, nunca antes dera atenção a qualquer coisa, a qualquer um.
Olhando-se no espelho ele soube o que fazia com que parecesse outra pessoa, um ser completamente diferente do que ele era, completamente diferente de qualquer homem sobre a terra.
Empenhara-se tanto, buscara tanto, e agora o peso da resposta curvara seus ombros e apagara o brilho de seus olhos. Não tinha para onde ir, nunca tivera de fato um lar, então colocou a mochila nas costas e deixou que seus pés o guiassem. E ali estava ele agora, sentado no meio fio, em frente à sua antiga casa, que agora era um prédio comercial.
Uma nuvem moveu-se no céu e a luz do luar iluminou o chão.
- Sem propósito. - Disse com a voz rouca. Olhou para o céu, estava nublado.
- Sem propósito algum.
Levantou-se, ainda encarando a lua.
- O que eu faço agora? - Tinha adquirido o hábito de conversar com o astro que o guiara durante tantas noites em sua jornada.- Não tenho casa, não tenho família, amigos, dinheiro, nada.
- Mas você tem a resposta. - Era aquela voz zombeteira novamente, que ele resolvera chamar de consciência.
- Vá para o inferno!
- Não era o que você queria? A Resposta?
- Deixe-me em paz...- Caiu de joelhos.
- Vou te dizer o que você deve fazer...
- Cale a boca! Não quero ouvir nada...
- Mais do que a resposta, você tem o conhecimento. Se não há mais caminho para percorrer, pare. Pare e olhe à sua volta. veja agora o mundo, com os olhos de quem sabe.
- O que ganho com isso?
- E o que ganhou com sua jornada? O vazio? O tédio? Que prêmio você conseguiu?! Pare!
Há um mundo novo surgindo diante de seus olhos, contemple-o, converse, chore se quiser chorar. Agora você pode ser quem você é.
- Quem sou... Eu não sei quem sou. - Disse com voz amargurada.
- E é por isso que sua jornada não te levou a lugar nenhum. Agora você sabe o que deve procurar, e é você mesmo.
Uma lágrima desceu por sua face, ele a provou com a língua.
- Salgada.
Levantou-se. Pela manhã encontraria um novo mundo, um mundo que veria pela primeira vez com seus novos olhos, olhos de quem não sabe quem é, e que não se importa se levar a vida toda para descobrir.
C.C.
Era noite ainda, os postes de iluminação estavam acesos. Ele andava pela rua deserta arrastando sua mochila pelo chão. Estava cansado, seu corpo doía e sua mente parecia querer explodir dentro de sua cabeça. O que havia feito? Onde havia se perdido? em que momento deixara tudo para trás e embarcara naquela aventura louca, em busca de respostas que nunca seriam encontradas.
Parou em baixo de um poste e ficou olhando algumas mariposas voejando em volta da luz. Sentou-se no meio fio, puxando a mochila para perto do corpo. Estava praticamente vazia, não restara mais nada para ele, a não ser aquela sensação de impotência, de perda, um vazio imenso dentro de si. Olhou para os lados, para a rua onde crescera, estava tudo mudado, não reconhecia nada. Duvidava que alguém ainda fosse capaz de reconhecê-lo também, ele mesmo tomara um susto ao olhar-se no espelho, não era mais o seu rosto, não eram os seus olhos, não era ele.
Quanto tempo? Pensou, enquanto fitava o reflexo de um homem que não conhecia e tentava aceitar que fosse o seu próprio. Não sabia dizer... Tempo. Anos, dias, meses... Poderiam ter sido séculos e ainda assim não faria sentido. Nada fazia sentido agora. ele saíra em busca de uma resposta, sem estar certo da pergunta, sabendo que nunca a encontraria, e isso o mantinha vivo, ele tinha um propósito. Nunca imaginou que pudesse empenhar-se tanto, nunca antes dera atenção a qualquer coisa, a qualquer um.
Olhando-se no espelho ele soube o que fazia com que parecesse outra pessoa, um ser completamente diferente do que ele era, completamente diferente de qualquer homem sobre a terra.
Empenhara-se tanto, buscara tanto, e agora o peso da resposta curvara seus ombros e apagara o brilho de seus olhos. Não tinha para onde ir, nunca tivera de fato um lar, então colocou a mochila nas costas e deixou que seus pés o guiassem. E ali estava ele agora, sentado no meio fio, em frente à sua antiga casa, que agora era um prédio comercial.
Uma nuvem moveu-se no céu e a luz do luar iluminou o chão.
- Sem propósito. - Disse com a voz rouca. Olhou para o céu, estava nublado.
- Sem propósito algum.
Levantou-se, ainda encarando a lua.
- O que eu faço agora? - Tinha adquirido o hábito de conversar com o astro que o guiara durante tantas noites em sua jornada.- Não tenho casa, não tenho família, amigos, dinheiro, nada.
- Mas você tem a resposta. - Era aquela voz zombeteira novamente, que ele resolvera chamar de consciência.
- Vá para o inferno!
- Não era o que você queria? A Resposta?
- Deixe-me em paz...- Caiu de joelhos.
- Vou te dizer o que você deve fazer...
- Cale a boca! Não quero ouvir nada...
- Mais do que a resposta, você tem o conhecimento. Se não há mais caminho para percorrer, pare. Pare e olhe à sua volta. veja agora o mundo, com os olhos de quem sabe.
- O que ganho com isso?
- E o que ganhou com sua jornada? O vazio? O tédio? Que prêmio você conseguiu?! Pare!
Há um mundo novo surgindo diante de seus olhos, contemple-o, converse, chore se quiser chorar. Agora você pode ser quem você é.
- Quem sou... Eu não sei quem sou. - Disse com voz amargurada.
- E é por isso que sua jornada não te levou a lugar nenhum. Agora você sabe o que deve procurar, e é você mesmo.
Uma lágrima desceu por sua face, ele a provou com a língua.
- Salgada.
Levantou-se. Pela manhã encontraria um novo mundo, um mundo que veria pela primeira vez com seus novos olhos, olhos de quem não sabe quem é, e que não se importa se levar a vida toda para descobrir.
C.C.
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