6/02/2009

Sensações

Ultimamente tenho observado mais as pessoas e o mundo que divagado sobre ele. Às vezes acontece...
Ao invés de pensar sobre o céu azul, eu fito o céu azul, absorvo o calor do sol, e só.Ao invés de pensar sobre as duas pessoas andando na minha frente, eu os observo, seus gestos, suas palavras, suas expressões, e só.
Ao invés de divagar sobre como uma pessoa pode ter um olho tão bonito, ou sobre como uma flor pode ter tal formato, cor, textura, cheiro, eu observo. Fico ali, parada, olhando, olhando, olhando, gravando a imagem na mente, e só.
Gosto quando isso acontece, sinto-me meio distante, como se estivesse em outro mundo e não houvesse nada para pensar sobre, somente observar, e tentar aprender assim, com os sentidos, e não com a razão.
Os pensamentos vêm em ondas confusas e eu os observo como se estivesse fitando ondas arrebentando-se na beira da praia. Não tento compreender, ou entender, ou organizá-los.
Eles vêm e vão, e só deixam seu significado mais puro, uma idéia do que pretendem expressar, sua essência. Eu fico com a essência, e deixo o resto pra depois.
Só o que importa é o sentimento, só o que importa é a impressão. Sem julgamentos, sem crises, sem complexos.
Eu sei o que sinto e sei o que penso, mas não precisa mais do que isso. Não quero, agora, pensar sobre o que sinto ou pensar sobre o que penso. Quero ser, quero sentir, quero estar.
Estar aqui, hoje. Ou lá, ontem. Olhando o céu, sentindo o vento no rosto, admirando as estrelas, sentindo perfumes, e vendo a beleza que meus olhos enxergam em cada um, em cada coisa, em cada lugar.

C.C.

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