Está tudo à minha volta, e ainda assim, me sinto estranha.
Sei o que é, ás vezes queria esquecer...
Faço essas poesias obscuras, me forçando a acreditar que não falam sobre mim, sobre meus sentimentos, minha falta de fé, de coragem, de covardia.
As pessoas olham de fora, de seu mundo distante e acham que está tudo igual, todos os dias ela faz o mesmo, e nada acontece.
Mas aqui dentro...
Tudo muda, a cada dia um sentimento diferente, uma dúvida nova, sim, por que quando penso que enfim encontrei a resposta... Não.
A cada dia que passa o peso aumenta, não sei como aliviar, e quando descubro uma maneira, lá vem de novo. As novidades do seu mundo parecem não abalar o meu, mas na verdade, me destroem. Toda manhã me reconstruo. Ninguém vê, ninguém sabe, ninguém percebe.
Em tão pouco tempo, tantas mudanças, a esperança morta renascida, para morrer novamente e depois, voltar a vida.
E quando me olho no espelho, sempre a mesma pergunta: E agora, o que você vai fazer agora...
Não faço nada, só tento me manter em pé o máximo possível. Tento me manter viva.
O destino, cruel... Sim, não existe nada mais cruel que o destino. Quando eu decido me afastar de tudo, mudar para outra galáxia, ele me empurra pra você. Ou sua órbita me puxa para perto.
Só o que respondo para o reflexo: Não sei, eu realmente não sei o que fazer agora...
E as parcas sempre atentas... Cruzam um planeta com outro.
Fico feliz por terem cruzado o meu com o seu onaitsirC.
Um amigo - e espero que você não se importe de te chamar de amigo - é sempre um alívio nessas horas.
Fico realmente feliz.
C.C.
Até o/
8/23/2008
Tormento
Nas grades, a prisão.
Nas paredes, confinamento.
Nos vidros a amargura
de ver o sol e estar preso.
Luz ensolarada
Partículas atrevidas
lançam-se sobre mim.
Há no mundo vida.
Lá fora, onde canta
o pássaro que me assombra
toda noite, nos meus sonhos
Suas asas, me vejo roubando.
C.C.
Marcadores:
poesias
Quero.
Queria ouvir música, sair, deitar no sol, fechar os olhos, sonhar.
Queria esquecer do tempo, das coisas, as pessoas, o mundo.
Queria me perder no mar, na tempestade.
Queria sentir o cheiro das flores, beijar o céu, ganhar asas.
Queria ir para o inferno, e merecer o céu.
Queria ficar aqui, ir para longe, pensar na nuvens.
Queria um floco de neve, uma centelha de luz.
Queria ser mais ignorante, ou talvez mais sábia.
Queria olhar o céu, não ver a lua, nem estrelas.
Queria ser mais eu, menos você.
Queria ser mais vida, menos morte.
Queria ser mais tristeza, mais alegria, mais loucura.
Queria ser um todo, e me auto-criar.
Queria...
Queria ser o escuro, e me transformar em luz.
Queria ser luz, e desejar pelo escuro.
Queria ser desespero, dor, alento.
Queria estar perto.
Queria um mundo escuro e silencioso, só por um minuto.
E esse seria o minuto de desespero, que me levaria à loucura, ou ao paraíso.
C.C.
Queria esquecer do tempo, das coisas, as pessoas, o mundo.
Queria me perder no mar, na tempestade.
Queria sentir o cheiro das flores, beijar o céu, ganhar asas.
Queria ir para o inferno, e merecer o céu.
Queria ficar aqui, ir para longe, pensar na nuvens.
Queria um floco de neve, uma centelha de luz.
Queria ser mais ignorante, ou talvez mais sábia.
Queria olhar o céu, não ver a lua, nem estrelas.
Queria ser mais eu, menos você.
Queria ser mais vida, menos morte.
Queria ser mais tristeza, mais alegria, mais loucura.
Queria ser um todo, e me auto-criar.
Queria...
Queria ser o escuro, e me transformar em luz.
Queria ser luz, e desejar pelo escuro.
Queria ser desespero, dor, alento.
Queria estar perto.
Queria um mundo escuro e silencioso, só por um minuto.
E esse seria o minuto de desespero, que me levaria à loucura, ou ao paraíso.
C.C.
Marcadores:
poesias
"Eu" na Terra de "Você"
Eu... Há quanto tempo não penso nisso. O que eu sinto por mim, o que eu espero de mim, o que eu quero para mim, o que é o melhor, ou pior, onde quero ir, em que mar me afogar, e renascer.
Só penso em você, no que é melhor para você, em não fazer você sofrer.
Penso no que quer, ou o que gostaria, onde queria estar, o que estaria fazendo, estava pensando, será que pensava em mim?
Eu... Aos poucos, acho que deixei de existir. É tão estranho, e tão real. Quando penso em mim, logo quero você ao meu lado, e se não está, eu imagino.
É como se não pudesse haver um Eu, se não existir Você. Não tinha percebido.
E quanto mais eu me debato entre dúvidas e escolhas que me levam a lugar nenhum, mais me afasto de mim. A minha essência é a sua vida.
Eu tento fugir, tento esquecer; devaneios sobre amor e desejo, fúria e amizade; Fico? Fujo? Calo.
No meu mundo, só existe você...
Eu...
Chega a ser ridículo pensar em mim, quando só o que importa, é você.
Eu... Palavra sem sentido.
A cada dia que passa, sinto-me desvanecer, enquanto você se torna cada vez mais real.
Real, e distante...
Eu... Acho que é hora de parar de tentar te alcançar, e voltar para tentar achar os pedaços de mim que deixei pelo caminho.
Talvez seja hora de olhar para trás, e tentar ser "Eu" novamente.
Só o que me entristece é perceber que você está tão longe, que nem posso dizer adeus...
R.A.Owen
Só penso em você, no que é melhor para você, em não fazer você sofrer.
Penso no que quer, ou o que gostaria, onde queria estar, o que estaria fazendo, estava pensando, será que pensava em mim?
Eu... Aos poucos, acho que deixei de existir. É tão estranho, e tão real. Quando penso em mim, logo quero você ao meu lado, e se não está, eu imagino.
É como se não pudesse haver um Eu, se não existir Você. Não tinha percebido.
E quanto mais eu me debato entre dúvidas e escolhas que me levam a lugar nenhum, mais me afasto de mim. A minha essência é a sua vida.
Eu tento fugir, tento esquecer; devaneios sobre amor e desejo, fúria e amizade; Fico? Fujo? Calo.
No meu mundo, só existe você...
Eu...
Chega a ser ridículo pensar em mim, quando só o que importa, é você.
Eu... Palavra sem sentido.
A cada dia que passa, sinto-me desvanecer, enquanto você se torna cada vez mais real.
Real, e distante...
Eu... Acho que é hora de parar de tentar te alcançar, e voltar para tentar achar os pedaços de mim que deixei pelo caminho.
Talvez seja hora de olhar para trás, e tentar ser "Eu" novamente.
Só o que me entristece é perceber que você está tão longe, que nem posso dizer adeus...
R.A.Owen
8/19/2008
Despertar sangrento
Veja o rastro
Por onde passa
O sangue fresco
Na boca o amargo
Olhos frios
Coração partido
Amor aos pedaços
Fúria controlada
Fogo congelado
Grito preso
Coração partido
Amor aos pedaços
Não olhe
Não toque
Não fale.
Sinta
A dor
Cega
E única
Corra.
Faça A escolha
Ame
Fique.
Perca
Fuja.
Caia de cabeça
O poço é raso
A queda
intensa.
A escuridão é maior
Antes
Do amanhecer.
C.C.
Por onde passa
O sangue fresco
Na boca o amargo
Olhos frios
Coração partido
Amor aos pedaços
Fúria controlada
Fogo congelado
Grito preso
Coração partido
Amor aos pedaços
Não olhe
Não toque
Não fale.
Sinta
A dor
Cega
E única
Corra.
Faça A escolha
Ame
Fique.
Perca
Fuja.
Caia de cabeça
O poço é raso
A queda
intensa.
A escuridão é maior
Antes
Do amanhecer.
C.C.
Marcadores:
poesias
8/03/2008
Contos do Reino das trevas
"Posso falar na linguagem dos homens, mas eles não entenderiam.
Como pode-se entender algo que nunca sentimos, vimos, ouvimos, passamos?
Não, poucos entenderiam...
Mas nem por isso o 'vazio' diminuiu... Parece que a cada dia que passa, ele deixa de ser uma sensação, e passa a ser real.
'O quê', 'Como', 'Quem' ou 'Onde' deixam de ser perguntas cruciais, e tornam-se questões inúteis, sem um significado real... A única questão é 'Por que'. E ás vezes, até o por quê deixa a desejar, outra questão inútil...
E então passo a sentir. O sentimento toma conta, eu perco meu espaço, perco a razão. Deixo-me levar e então minhas mãos falam, meus dedos, meus pés, minha música. Eu sinto, eu lembro, e não há mais nada. Tudo desaparece, até mesmo a sua ausência, e sinto você ao meu lado novamente.
Sim, poucos entenderiam..."
C.C.
Como pode-se entender algo que nunca sentimos, vimos, ouvimos, passamos?
Não, poucos entenderiam...
Mas nem por isso o 'vazio' diminuiu... Parece que a cada dia que passa, ele deixa de ser uma sensação, e passa a ser real.
'O quê', 'Como', 'Quem' ou 'Onde' deixam de ser perguntas cruciais, e tornam-se questões inúteis, sem um significado real... A única questão é 'Por que'. E ás vezes, até o por quê deixa a desejar, outra questão inútil...
E então passo a sentir. O sentimento toma conta, eu perco meu espaço, perco a razão. Deixo-me levar e então minhas mãos falam, meus dedos, meus pés, minha música. Eu sinto, eu lembro, e não há mais nada. Tudo desaparece, até mesmo a sua ausência, e sinto você ao meu lado novamente.
Sim, poucos entenderiam..."
C.C.
Marcadores:
conto
Subscribe to:
Posts (Atom)