6/02/2010

Reflexos

Mãos que tremiam, enquanto as palavras o atingiam. Mãos frias que buscavam refúgio em outras mãos, sem encontrar abrigo. O rosto voltara-se para o horizonte, a face pálida, lábios cerrados contendo um grito de desespero. Fitava a paisagem, nuvens densas e escuras, explosões de lava à sua frente. Nuvens densas e escuras também recobriam seu coração naquele momento, e as mãos cerradas, segurando uma rosa branca, continham a visão da erupção iminente de sua alma.

- Adeus...

Um soluço. Uma lágrima escapou de seus olhos iluminados em tons de vermelho e cinza. Virou a face pálida para o lado e deixou escapar um sussurro rouco, enquanto fitava-a afastar-se lentamente: 

- Meu amor é como um vulcão que dorme, mas nunca se extingue.

C.C.

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