Onde você vê a beleza deste novo mundo, quando fecha os olhos e insiste em enxergar o feio.
Onde você espera chegar com tantos julgamentos e com tanto egoísmo disfarçado.
Nos transformamos em pequenos seres divididos, transformados em células de repouso e comodidade.
Perdemos o brilho da vida, extasiados com o brilho da individualidade. Onde o amor? Onde a luta e os ideais? Não há paixão... Não há desespero real. O desespero de hoje, é o abismo da distância que nós mesmos criamos.
Cada um quer ter a sua privacidade para poder chorar e amargar a perda do próximo. A perda da vida, do brilho, da vontade, do amor.
Quando encontro um olhar brilhante e um coração ingênuo, as lágrimas afloram, é tanta beleza - a pura beleza perdida, rara - a beleza de uma vida intocada! E é tão triste, como poucos, presenciar sua queda. Choro então de puro desespero. E como proteger algo tão puro deste abismo da individualidade auto-imposto? Dessa queda ininterrupta até o amâgo do abismo, o centro do egoísmo, o antro da dor. Como estender a mão e puxá-lo para fora, se estamos todos perdidos...
Não há razão no amor, não razão na beleza.
Como padronizar o que é belo? Como escapar do abismo da auto-comiceração? Da quto-piedade? Somos únicos, exclusivos, sempre os mais importantes, somos feios por dentro, podres, todos nós.
Só o que me pergunto, é como seres tão deprimentes podem criar algo tão belo...
E o 'ser humano' é belo, tão belo que até mesmo estes atos de auto-flagelação descabida, possui uma certa beleza.
Tão belo, que ainda é capaz de se encontrar, em meio ao caos, a beleza rara de um anjo caído.
O que os torna tão belos? Só isso, a sua Humanidade.
Pena que a realidade deste século passou a ser a negação de sua beleza.
"Não importa o que sou por dentro, e sim o que eu faço".
ReplyDeleteBy: namoradinha do Batman.