11/05/2009

Vida

Eu sou aquilo que fizeram de mim.
Sou aquilo que vi e ouvi, senti.
Sou uma busca errônea, uma tarde vazia, uma lua cheia, e uma certeza perdida.
Sou a luz em uma redoma de vidro, todos podem ver, mas ninguém pode tocar.
Sou a onda furiosa de uma tsunami, que devasta o que me destrói, sem saber quem é inocente ou culpado.
Sou o vento de um tornado, natureza milenar que encontra supremacia jovem pelo caminho.
Sou aquela que te alimenta, te sustenta, te dá vida.
Sou a luz que te ilumina.
Numa redoma de vidro.
Você não pode tocar.
Você não pode provar.
Mas você pode ver.
E se pode ver, por que não acredita?
Eu sou a força que te move, por mim tu levantas todos os dias.
Sou o canto dos pássaros, o zumbido dos insetos, pétalas de rosa, a beleza selvagem das orquídeas.
Sou a música de um luar sereno e o encanto do nascer do sol.
Você não pode tocar.
Não pode provar.
Mas você pode ver.
Eu moldei teus olhos para que enxergasse as belezas que te dediquei.
Mas você preferiu fechar os olhos.
E eu ainda estou aqui, mostrando que minha força é maior que a tua e meu poder é maior que o teu - como a mãe que castiga o filho - pois só assim, consegues me ver.
Eu sou o que fizeste de mim.

*Nem lembro quando escrevi o_o'

C.C.

2 comments:

  1. Simplismente lindo!

    ReplyDelete
  2. Esse texto me lembrou o próprio planeta. Sei lá, tipo se a própria mãe terra, resolvesse conversar com os homens.
    Acho q viajei legal né xD
    Muito bom o texto ^_^
    bjs Menininha
    \o

    ReplyDelete