12/07/2008

Contos do Reino das trevas

To Zanarkand (música que ouvi enquanto escrevia)

Os dedos percorriam as teclas do piano, deslizando sobre cada nota, formando uma sinfonia melancólica que preenchia cada canto da sala iluminada apenas pelo brilho da lua. Seus pés acompanhavam o ritmo, e todo seu corpo entregava-se à melodia que saia do âmago de seu pesar.
Curvado sobre o piano, ele estava entregue aos seus sentimentos. Uma mecha castanha de seus cabelos cobria seu rosto, seus olhos fechados por vezes deixavam escapar uma lágrima, que percorria o rosto jovem e magro, marcado pela dor.
Cada nota, cada batida de seu coração, cada sopro de ar de seus pulmões e cada lágrima, naquele momento, eram só o que ele podia ser, era só o que podia oferecer a si mesmo.
Todo o peso que carregava dentro de si parecia escapar por seus dedos, criando aquela música que embalava a noite e o sono de todos os que ele amava, e o fazia esquecer que não havia ninguém, para zelar por seu sono.

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