A despeito de toda fé, além de qualquer evidência, o que vejo, é o que você vê.
O que sinto, é o que sentes, e o que quero, é o que queres.
Não há razão para fuga, para desespero, para sofrimento.
A dor pode ser real, a dor pode ser dolorida, mas a sua vida, a sua luta, a sua beleza, são maiores.
E o seu amor.
Que quando ferido, não se despedaça aos poucos, mas assim como nos romances, perdura, até atingir o ápice, explodir, e desaparecer por entre as nuvens cinzentas.
Não posso, não quero usar palavras vis, para descrever tudo o que somos, quero apenas mostrar-lhe um fato. O fato de que somos mais do que isso.
O fato de que sua dor é incompleta, a minha dor absurda, e nosso sofrimento, mesquinho.
O fato de que ao corrermos um do outro desta forma, entregando-nos a amores pequenos e paixões lascivas, estamos correndo de nosso próprio Eu, e da nossa felicidade.
Ainda estou aqui, minha mão mantém-se estendida e meu amor inalterado.
Não peço que venhas até mim, e que entregues teu coração, como te entreguei o meu.
Só o que peço, é que pares de sofrer, e de me arrastar em teu sofrimento. Só o que peço, é que olhes para mim, como na primeira vez, e que encontres no reflexo de meus olhos todo o amor e toda a vida que existem dentro dos teus.
O que vejo, é o que vês, e o que sinto, é o que sentes.
Tua dor é minha, e minha solidão é tua.
Quando decidires parar de procurar, venha me fazer uma visita, eu estarei no mesmo lugar. E talvez nesse dia você encontre o que eu, ao olhar nos teus olhos, encontrei.
R.A.Owen
9/30/2008
9/27/2008
V for Vendetta
O que é isso que está acontecendo comigo?
Minha irmã diz que eu sou chorona mesmo... Será?
Ou será que choro por que sinto?
Ah, e sentir, sentir! Não é o que nos faz humanos? Não é isso que nos impede de cometer atrocidades? Sentir.
Quando o Homem sente, ele é capaz de amar, e quando o Homem é capaz de amar, como ele pode ser capaz de machucar alguém?
Oh mas entendam, entendam que eu falo do amor, não da paixão, não da obsessão, não da posse. Eu falo do amor, que nos torna capazes de olhar para as outras pessoas e sentir por elas compaixão.
Do amor que muda um homem, uma mulher.
Do amor que liberta, e não do amor que aprisiona, e nos deixa cegos.
Ás vezes, umas poucas vezes, eu o senti.
E então, eu senti que havia encontrado o que procurava.
A maior invenção do homem, foi a ficção. E um dos maiores presentes que foi dado ao homem, foi a imaginação.
O maior, claro, foi o sentimento.
Às vezes, quando vejo um filme ou leio um livro, e sinto pelos personagens, sinto com os personagens, percebo o quão importante é esse sentimento. Não basta ler as palavras, é preciso sentí-las. Palavras só fazem sentido quando despertam algum sentimento.
O que seria do Eu te amo, se não sentíssemos esse amor? Nada. Não significaria nada. E algumas pessoas são mestres em distribuir esse monte de nada por aí. E no fundo, são as que mais precisam ouví-lo. São essas pessoas que quando o ouvem, e sentem, que são capazes de mudar, de verdade. Sim, eu as admiro. Por que quando elas conhecem o amor, são capazes de vivê-lo de verdade, a despeito de qualquer sacrifício.
A ficção. Através dela somos capazes de transmitir nossos sentimentos, através dela somos capazes de fazer com que as pessoas os sintam também.
Pois bem, então não me importo se me chamam de chorona só por que chorei durante quase o filme todo, só mostra, pra mim mesma, que o filme exerceu algum efeito sobre mim, e que não foi tempo perdido.
(Conclusão feita no dia seguinte, não saiu como eu queria ¬¬)
C.C.
Minha irmã diz que eu sou chorona mesmo... Será?
Ou será que choro por que sinto?
Ah, e sentir, sentir! Não é o que nos faz humanos? Não é isso que nos impede de cometer atrocidades? Sentir.
Quando o Homem sente, ele é capaz de amar, e quando o Homem é capaz de amar, como ele pode ser capaz de machucar alguém?
Oh mas entendam, entendam que eu falo do amor, não da paixão, não da obsessão, não da posse. Eu falo do amor, que nos torna capazes de olhar para as outras pessoas e sentir por elas compaixão.
Do amor que muda um homem, uma mulher.
Do amor que liberta, e não do amor que aprisiona, e nos deixa cegos.
Ás vezes, umas poucas vezes, eu o senti.
E então, eu senti que havia encontrado o que procurava.
A maior invenção do homem, foi a ficção. E um dos maiores presentes que foi dado ao homem, foi a imaginação.
O maior, claro, foi o sentimento.
Às vezes, quando vejo um filme ou leio um livro, e sinto pelos personagens, sinto com os personagens, percebo o quão importante é esse sentimento. Não basta ler as palavras, é preciso sentí-las. Palavras só fazem sentido quando despertam algum sentimento.
O que seria do Eu te amo, se não sentíssemos esse amor? Nada. Não significaria nada. E algumas pessoas são mestres em distribuir esse monte de nada por aí. E no fundo, são as que mais precisam ouví-lo. São essas pessoas que quando o ouvem, e sentem, que são capazes de mudar, de verdade. Sim, eu as admiro. Por que quando elas conhecem o amor, são capazes de vivê-lo de verdade, a despeito de qualquer sacrifício.
A ficção. Através dela somos capazes de transmitir nossos sentimentos, através dela somos capazes de fazer com que as pessoas os sintam também.
Pois bem, então não me importo se me chamam de chorona só por que chorei durante quase o filme todo, só mostra, pra mim mesma, que o filme exerceu algum efeito sobre mim, e que não foi tempo perdido.
(Conclusão feita no dia seguinte, não saiu como eu queria ¬¬)
C.C.
9/26/2008
Chuva. Música. Oscar Wilde
Eu não sei se foi o dia... A chuva, o céu cinzento, com brechas azuis.
Não sei se foi a música. Não sei se foi o livro.
Provavelmente o livro.
Mas a mistura dos três mexeu comigo, de uma maneira que há muito tempo eu não sentia. E ao olhar para o céu, para a rua, as pessoas, o mar, senti. Não sei o que, mas senti, e foi forte, tão forte! Mal pude me conter, e chorei, ali mesmo, no ônibus, olhando pela janela e sentindo.
Aquela lágrima que não pude conter, e por não contê-la, fui incapaz de secá-la. Deixei que se fosse, e que a sensação permanecesse em meu rosto.
Palavras...
Talvez eu saiba, se pensar no livro. Na inocência que Henry exulta ao tirar de Dorian, aos poucos. E que faz com que Basil perca, aos poucos, a expressão de sua arte.
Palavras, tolas, que Henry pronunciou.
Palavras, simples, que ouvi.
Eu não sabia que ainda era capaz de sentir essa fisgada no estômago. E que a sensação podia durar por tanto tempo. E crescer, misturar-se com outras impressões, e transformar-se nesse sentimento... melancolia, nostalgia, essa tristeza ao descobrir... Mas o que eu descobri? Que descoberta foi essa que me deixou assim? Tão sensível, tão susceptível ao mundo, às suas dores, à sua beleza, a esse céu cinzento.
E ainda está aqui, eu sinto! Eu simplesmente precisava me enfiar no meio da pessoas, justo eu, que detesto isso. Mas eu queria, eu precisava esbarrar nelas, olhá-las, sentí-las, acariciá-las docemente com meu olhar de descoberta. Ah, e como é bom!
Não sei por que, há tanto tempo não fazia isso, não olhava para as pessoas nas ruas como elas são, humanas. Humanos na feira, humanos nos ônibus, humanos no bar, na faixa de pedestres, nas lojas. Humanos com dores e alegrias, pensamentos, sentimentos, tristezas, sofrimentos, amores.
Foi isso que senti? O que senti quando vi aquela mulher, velha, baixa, grisalha, procurando alguma coisa na bolsa, para dar ao balconista da lanchonete, meio desamparada, eu quis abraçá-la! Abraçá-la! Ajudá-la, eu quis dizer-lhe algo, e nem sei o que. E essa sensação... Eu não sei, não entendo o que aconteceu.
E da vontade de estar entre as pessoas, de sentir como se fosse uma parte delas, veio a vontade de estar entre os pássaros, de ver a velha figueira. Eu fui. E sentada no banco, fitando-a - imensa, com seus braços compridos, sustentados por barras de ferro - eu pensei: Quantas vidas humanas não passaram por ela? Quantas lágrimas, risos, conversas ela não viu e ouviu? E quando não havia uma praça, e quando não havia barras de ferro, quando lutava pela luz do sol com outras árvores, como era? Como? Seus braços, suas raízes, sua forma, tudo nela me fazia indagar, me fazia pensar, e olhar, simplesmente admirar sua vida, sua luta, e sua forma.
Não sei como, mas pensei tantas coisas ao mesmo tempo, que nem sabia o que pensar.
E a música. E a chuva. E Dorian Gray.
Essa mistura ainda está aqui, fazendo efeito sobre mim. Assim como as palavras.
Meu Deus, é tudo tão lindo!
É tudo tão triste.
E a ausência... Esse sentimento, que são muitos formando um, é lindo, e perigoso. Não sei por que.
"Meu Deus", também isso eu senti, a falta de um deus, um deus que não sei onde foi parar. Quando penso nisso, nessa ausência, eu não entendo. Não entendo por que deixei de ver as coisas como eu via antes, também não saberia explicar por que isso aconteceu, e se me perguntassem: Mas vc não acredita mais? Eu não saberia responder, e toda vez que ouço essa palavra, toda vez que alguém fala em fé, em religião, eu sinto uma coisa estranha, como se falassem no nome de alguém que já se foi, e deixou um vazio imenso dentro de mim. E por saber que não tem volta, simplesmente não consigo falar a respeito. E quando penso: Antes eu diria Meu Deus, me ajuda! e agora, agora não digo nada, só sinto, sinto que só depende de mim.
Como eu poderia dizer... Quando falam em religião, tenho vontade de correr, talvez seja esse o sentimento quando dizem: Como o diabo corre da cruz.
Mas é só por que não quero me defrontar com as pessoas e com a sua fé. Por que quando as vejo, lembro do que eu sentia, e não entendo por que não sinto mais.
Mas é estranho não? Uma pessoa ficar assim perdida com relação a um criador, e sentir o que senti hoje, o que venho sentindo já a algum tempo. Que vale a pena, mesmo a dor, mesmo essa ausência, e o vazio que sinto às vezes. Que vale a pena estar vivo, que vale a pena amar, que vale a pena Ser Humano.
Se demônios existissem, esse seria o momento perfeito para me levarem, me ludibriarem e fazer com que Deus perdesse mais um de seus filhos. Mas não é o que está acontecendo. Com minha tristeza, com a ausência, com esse amor que deixo preso, eu ainda busco pela luz, ainda luto pela vida, ainda quero encontrar o amor verdadeiro, quero sentí-lo, vivê-lo.
Minha consciência, talvez seja "meu anjo da guarda" contra os demonios.
É, não consigo não falar de mim, e de meus sentimentos. Talvez seja uma limitação que eu tenha, ou talvez... Eu não tenha outra maneira de descrever o mundo, a não ser através de meus sentimentos.
C.C.
Não sei se foi a música. Não sei se foi o livro.
Provavelmente o livro.
Mas a mistura dos três mexeu comigo, de uma maneira que há muito tempo eu não sentia. E ao olhar para o céu, para a rua, as pessoas, o mar, senti. Não sei o que, mas senti, e foi forte, tão forte! Mal pude me conter, e chorei, ali mesmo, no ônibus, olhando pela janela e sentindo.
Aquela lágrima que não pude conter, e por não contê-la, fui incapaz de secá-la. Deixei que se fosse, e que a sensação permanecesse em meu rosto.
Palavras...
Talvez eu saiba, se pensar no livro. Na inocência que Henry exulta ao tirar de Dorian, aos poucos. E que faz com que Basil perca, aos poucos, a expressão de sua arte.
Palavras, tolas, que Henry pronunciou.
Palavras, simples, que ouvi.
Eu não sabia que ainda era capaz de sentir essa fisgada no estômago. E que a sensação podia durar por tanto tempo. E crescer, misturar-se com outras impressões, e transformar-se nesse sentimento... melancolia, nostalgia, essa tristeza ao descobrir... Mas o que eu descobri? Que descoberta foi essa que me deixou assim? Tão sensível, tão susceptível ao mundo, às suas dores, à sua beleza, a esse céu cinzento.
E ainda está aqui, eu sinto! Eu simplesmente precisava me enfiar no meio da pessoas, justo eu, que detesto isso. Mas eu queria, eu precisava esbarrar nelas, olhá-las, sentí-las, acariciá-las docemente com meu olhar de descoberta. Ah, e como é bom!
Não sei por que, há tanto tempo não fazia isso, não olhava para as pessoas nas ruas como elas são, humanas. Humanos na feira, humanos nos ônibus, humanos no bar, na faixa de pedestres, nas lojas. Humanos com dores e alegrias, pensamentos, sentimentos, tristezas, sofrimentos, amores.
Foi isso que senti? O que senti quando vi aquela mulher, velha, baixa, grisalha, procurando alguma coisa na bolsa, para dar ao balconista da lanchonete, meio desamparada, eu quis abraçá-la! Abraçá-la! Ajudá-la, eu quis dizer-lhe algo, e nem sei o que. E essa sensação... Eu não sei, não entendo o que aconteceu.
E da vontade de estar entre as pessoas, de sentir como se fosse uma parte delas, veio a vontade de estar entre os pássaros, de ver a velha figueira. Eu fui. E sentada no banco, fitando-a - imensa, com seus braços compridos, sustentados por barras de ferro - eu pensei: Quantas vidas humanas não passaram por ela? Quantas lágrimas, risos, conversas ela não viu e ouviu? E quando não havia uma praça, e quando não havia barras de ferro, quando lutava pela luz do sol com outras árvores, como era? Como? Seus braços, suas raízes, sua forma, tudo nela me fazia indagar, me fazia pensar, e olhar, simplesmente admirar sua vida, sua luta, e sua forma.
Não sei como, mas pensei tantas coisas ao mesmo tempo, que nem sabia o que pensar.
E a música. E a chuva. E Dorian Gray.
Essa mistura ainda está aqui, fazendo efeito sobre mim. Assim como as palavras.
Meu Deus, é tudo tão lindo!
É tudo tão triste.
E a ausência... Esse sentimento, que são muitos formando um, é lindo, e perigoso. Não sei por que.
"Meu Deus", também isso eu senti, a falta de um deus, um deus que não sei onde foi parar. Quando penso nisso, nessa ausência, eu não entendo. Não entendo por que deixei de ver as coisas como eu via antes, também não saberia explicar por que isso aconteceu, e se me perguntassem: Mas vc não acredita mais? Eu não saberia responder, e toda vez que ouço essa palavra, toda vez que alguém fala em fé, em religião, eu sinto uma coisa estranha, como se falassem no nome de alguém que já se foi, e deixou um vazio imenso dentro de mim. E por saber que não tem volta, simplesmente não consigo falar a respeito. E quando penso: Antes eu diria Meu Deus, me ajuda! e agora, agora não digo nada, só sinto, sinto que só depende de mim.
Como eu poderia dizer... Quando falam em religião, tenho vontade de correr, talvez seja esse o sentimento quando dizem: Como o diabo corre da cruz.
Mas é só por que não quero me defrontar com as pessoas e com a sua fé. Por que quando as vejo, lembro do que eu sentia, e não entendo por que não sinto mais.
Mas é estranho não? Uma pessoa ficar assim perdida com relação a um criador, e sentir o que senti hoje, o que venho sentindo já a algum tempo. Que vale a pena, mesmo a dor, mesmo essa ausência, e o vazio que sinto às vezes. Que vale a pena estar vivo, que vale a pena amar, que vale a pena Ser Humano.
Se demônios existissem, esse seria o momento perfeito para me levarem, me ludibriarem e fazer com que Deus perdesse mais um de seus filhos. Mas não é o que está acontecendo. Com minha tristeza, com a ausência, com esse amor que deixo preso, eu ainda busco pela luz, ainda luto pela vida, ainda quero encontrar o amor verdadeiro, quero sentí-lo, vivê-lo.
Minha consciência, talvez seja "meu anjo da guarda" contra os demonios.
É, não consigo não falar de mim, e de meus sentimentos. Talvez seja uma limitação que eu tenha, ou talvez... Eu não tenha outra maneira de descrever o mundo, a não ser através de meus sentimentos.
C.C.
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viagens
9/25/2008
O retrato de Dorian Gray
Estou lendo O retrato de Dorian Gray.
É engraçado, por que quando eu tinha uns 12 anos, minha professora da sexta série escolheu três livros, e cada aluno deveria escolher um livro entre os três, para ler, e fazer uma prova sobre. Dentre estes livros estava O retrato de Dorian Gray, que eu peguei na hora para ler, mas acabei achando estranho, sei lá, e não li. Fiz a prova sobre As mil e uma noites (versão juvenil e beeeeeeem cortada).
Desde então tinha esse preconceito tolo com o livro.
Bom, acabei lendo uma parte de A balada do cárcere de reading um dia, e achei maravilhosa. Descobri que o autor era o mesmo de O retrato de Dorian Gray, Oscar Wilde. O fato é que li outras coisas de Oscar Wilde, algumas citações, outros trechos de A balada e fiquei com a idéia de que deveria pôr um fim no meu preconceito infeliz e ler Dorian Gray.
E agora, depois de alguns anos desde essa resolução, finalmente o tenho em mãos.
E é maravilhoso.
É claro que meu ser de 12 anos não entenderia muito bem o que estava lendo. Mas meu ser de 20 entende, e gosta muito do que está lendo^^
Estou só no início do livro, e já estou aqui falando sobre ele!
Mas então, fica a dica: O Retrato de Dorian Gray vale a pena, e qualquer coisa de Oscar Wilde também.
C.C.
É engraçado, por que quando eu tinha uns 12 anos, minha professora da sexta série escolheu três livros, e cada aluno deveria escolher um livro entre os três, para ler, e fazer uma prova sobre. Dentre estes livros estava O retrato de Dorian Gray, que eu peguei na hora para ler, mas acabei achando estranho, sei lá, e não li. Fiz a prova sobre As mil e uma noites (versão juvenil e beeeeeeem cortada).
Desde então tinha esse preconceito tolo com o livro.
Bom, acabei lendo uma parte de A balada do cárcere de reading um dia, e achei maravilhosa. Descobri que o autor era o mesmo de O retrato de Dorian Gray, Oscar Wilde. O fato é que li outras coisas de Oscar Wilde, algumas citações, outros trechos de A balada e fiquei com a idéia de que deveria pôr um fim no meu preconceito infeliz e ler Dorian Gray.
E agora, depois de alguns anos desde essa resolução, finalmente o tenho em mãos.
E é maravilhoso.
É claro que meu ser de 12 anos não entenderia muito bem o que estava lendo. Mas meu ser de 20 entende, e gosta muito do que está lendo^^
Estou só no início do livro, e já estou aqui falando sobre ele!
Mas então, fica a dica: O Retrato de Dorian Gray vale a pena, e qualquer coisa de Oscar Wilde também.
C.C.
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Livros
9/24/2008
Destino
Uma vez falei sobre o destino, durante essa semana tenho pensado muito sobre isso. O que somos capazes de mudar, até que ponto um acontecimento pode ser obra do destino, ou mera coincidência? Existe coincidência?
Sempre que uma pessoa entra na minha vida, eu penso sobre isso. O que nos ligou? Por que começamos a conversar? Por que eu?
Com algumas é mais especial, por que não é só o fato de começarmos uma amizade, mas o que eu senti assim que vi a pessoa a primeira vez… Como uma ligação especial, e fosse inevitável o fato de que iríamos nos conhecer, porque nós já nos conhecíamos.
Não sei se essa pessoa sente o mesmo, eu nunca perguntei, a nenhuma delas. Mas a idéia de que tudo tem um propósito me persegue, sempre perseguiu.
Ás vezes eu afasto isso, como se fosse uma heresia, mas as coisas acontecem, e a idéia volta, como se o fato de eu não querer acreditar não a impedisse de ser real.
Então, quando é forte de mais, quando o acontecimento é doloroso ou alegre de mais, eu suspiro “É o destino…” e é como se tudo estivesse claro.
Mas não pode ser assim, e eu sei disso. Tem coisas que nós pudemos mudar, mas como? Na verdade, acho que essa é a questão fundamental disso tudo, como posso mudar…?
Falam sobre sinais, ah sim, é mais fácil do que isso, eu sei. Ir contra o inevitável é a coisa mais simples que existe, mas assim como o perdão, é a mais difícil de se praticar.
E só existem aquelas duas escolhas, no fim: Deixar que o problema tome conta da sua vida, ou simplesmente resolvê-lo. Decidir se o dia vai ser alegre, ou triste. Discutir ou relevar. Sorrir, ou chorar.
Coisas simples, simples até de mais…
No final das contas, só depende de nós, mudar o destino, aceitá-lo, entregar-se. Só depende de nós.
Acho que minha maior dificuldade é essa, confiar em mim, e aceitar que ninguém pode fazer nada no meu lugar, precisa partir de mim.
E o destino? Sei que as Parcas tecem o seu fio com cuidado e sem piedade, mas quem sabe até que ponto?
17 de dezembro de 2007
C.C.
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texto desenterrado
9/23/2008
Conto do Reino das Trevas
Primeiros dias de escuridão
Aquele buraco, era sempre uma lembrança cruel.
A escolha de uma nova vida é algo dificíl, vivê-la, é ainda mais.
Sempre perdido...Sempre.
E quando olhava em volta, a única coisa que reconhecia, a única coisa que o fazia sentir-se em casa, era seu sorriso, seu olhar, sua presença.
E buscava por ela, mesmo quando não percebia.
E agora...
Longe do sorriso, do olhar. Como ele poderia achar novamente o caminho para casa...
Perdido, sozinho, esquecido, e condenado.
Á noite, quando os gritos misturavam-se na histeria coletiva do Reino, os seus, eram os mais altos, os mais horríveis e angustiantes.
Na escuridão, a falta misturava-se com a culpa, e a dor atingia seu ápice. Rasgar a própria carne e arrancar fora o coração, era sua única saída, e nem a isso, ele tinha direito.
C.C.
Aquele buraco, era sempre uma lembrança cruel.
A escolha de uma nova vida é algo dificíl, vivê-la, é ainda mais.
Sempre perdido...Sempre.
E quando olhava em volta, a única coisa que reconhecia, a única coisa que o fazia sentir-se em casa, era seu sorriso, seu olhar, sua presença.
E buscava por ela, mesmo quando não percebia.
E agora...
Longe do sorriso, do olhar. Como ele poderia achar novamente o caminho para casa...
Perdido, sozinho, esquecido, e condenado.
Á noite, quando os gritos misturavam-se na histeria coletiva do Reino, os seus, eram os mais altos, os mais horríveis e angustiantes.
Na escuridão, a falta misturava-se com a culpa, e a dor atingia seu ápice. Rasgar a própria carne e arrancar fora o coração, era sua única saída, e nem a isso, ele tinha direito.
C.C.
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conto
9/21/2008
Here Comes The Sun
A escolha foi feita, a pedra foi lançada. Um jogo termina e dá início a outro. Somente um jogador pode continuar, o outro terá, inevitavelmente, que mudar.
A resposta será achada, a pergunta pode ser a certa desta vez. Talvez não seja a resposta que esperava, mas a verdade nem sempre é agradável - na verdade, quase nunca é. Aquele que ouve está a caminho, no meu caminho, e espero sua volta.
E no futuro próximo, o sol voltará a brilhar para esse ser que está, a tanto tempo, perdido nas brumas.
E ela segue com um novo brilho nos olhos, afinal, o Sol está a caminho.
Here Comes The Sun
The Beatles
Here comes the sun, here comes the sun,
And I say it's all right
Little darling, it's been a long cold lonely winter
Little darling, it feels like years since it's been here
Here comes the sun, here comes the sun
And I say it's all right
Little darling, the smiles returning to the faces
Little darling, it seems like years since it's been here
Here comes the sun, here comes the sun
And I say it's all right
Sun, sun, sun, here it comes...
Sun, sun, sun, here it comes...
Sun, sun, sun, here it comes...
Sun, sun, sun, here it comes...
Sun, sun, sun, here it comes...
Little darling, I feel that ice is slowly melting
Little darling, it seems like years since it's been clear
Here comes the sun, here comes the sun,
And I say it's all right
Here comes the sun, here comes the sun,
It's all right
It's all right
A resposta será achada, a pergunta pode ser a certa desta vez. Talvez não seja a resposta que esperava, mas a verdade nem sempre é agradável - na verdade, quase nunca é. Aquele que ouve está a caminho, no meu caminho, e espero sua volta.
E no futuro próximo, o sol voltará a brilhar para esse ser que está, a tanto tempo, perdido nas brumas.
E ela segue com um novo brilho nos olhos, afinal, o Sol está a caminho.
Here Comes The Sun
The Beatles
Here comes the sun, here comes the sun,
And I say it's all right
Little darling, it's been a long cold lonely winter
Little darling, it feels like years since it's been here
Here comes the sun, here comes the sun
And I say it's all right
Little darling, the smiles returning to the faces
Little darling, it seems like years since it's been here
Here comes the sun, here comes the sun
And I say it's all right
Sun, sun, sun, here it comes...
Sun, sun, sun, here it comes...
Sun, sun, sun, here it comes...
Sun, sun, sun, here it comes...
Sun, sun, sun, here it comes...
Little darling, I feel that ice is slowly melting
Little darling, it seems like years since it's been clear
Here comes the sun, here comes the sun,
And I say it's all right
Here comes the sun, here comes the sun,
It's all right
It's all right
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o sol
9/18/2008
The Phantom of my heart
"Only you can make with my song take fly"
"It's over now the music of the night..."
The Phantom of the Opera
As últimas palavras do fantasma, antes de ele desaparecer.
Adoro esse filme, qualquer versão, mas esta última, apesar de ser diferente e mais romântica, é uma das minhas preferidas.
Nho, sempre choro no fim...
*Olhos vermelhos e ardendo, acabou de ver o filme e de derramar mais um rio de lágrimas por causa do pobre fantasma*
Ainda assim, apesar de tudo que possam dizer (e principalmente por que este fantasma é lindo apesar do rosto deformado), eu teria ficado, de bom grado, com ele no seu reino de escuridão eterna. Talvez por viver, eu mesma, em um mundo não muito luminoso...
Diria: Que se dane você Raoul, vou ficar aqui embaixo com o fantasma!
Mas isso sou eu, que não me importo em vivar em um mundo de trevas.
Realmente não seria agradável para a Cristine... Que bom que ela o rejeitou, ele sempre terá o meu coração.
^^
Ok, chega de viagens...
*Mas que EU ficaria com o fantasma, ficaria (acho o Raoul tão sem graça... Ainda bem que não tem ngm pra me encher o saco e ficar dizendo: Mas o Raoul só queria salvá-la! Ele queria libertá-la da escuridão! Queria que ela fosse livre! bla bla bla To nem aí, ele é sem graça do mesmo jeito xD).*
Como dizia meu professor: gosto não se discute, se lamenta...
>D
Até^^/
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viagens
9/17/2008
Só pessoas felizes para rirem da própria desgraça...
E oras, é realmente engraçado, quando observamos a situação como uma pessoa "de fora", então por que se privar do prazer de dar umas boas gargalhadas??
Ok, também pode ser triste, se a pessoa "entrar" na história e for um tanto emotiva, mas não muda o fato de ser, no mínimo, cómica.
E o que era aquele post anterior, credo, acho que foi o maior post que já escrevi O.O E o mais viajado também huauhahuahuahuahuhuahua
Mas não me conformo com uma coisa... Essa falta de memória das criaturas (e eu sou uma delas). Sinceramente, é de dar com um gato morto na cabeça até fazer miar ¬¬
Mas enfim... É isso dá graça na vida^^
Já vi que se continuar aqui vai sair mais um post como o de ontem, então vou usar essa energia para algo mais útil.
PS: Acho que sou disléxica para digitar o.O sempre saem letras ao contrário, que saco!
Até^^/
E oras, é realmente engraçado, quando observamos a situação como uma pessoa "de fora", então por que se privar do prazer de dar umas boas gargalhadas??
Ok, também pode ser triste, se a pessoa "entrar" na história e for um tanto emotiva, mas não muda o fato de ser, no mínimo, cómica.
E o que era aquele post anterior, credo, acho que foi o maior post que já escrevi O.O E o mais viajado também huauhahuahuahuahuhuahua
Mas não me conformo com uma coisa... Essa falta de memória das criaturas (e eu sou uma delas). Sinceramente, é de dar com um gato morto na cabeça até fazer miar ¬¬
Mas enfim... É isso dá graça na vida^^
Já vi que se continuar aqui vai sair mais um post como o de ontem, então vou usar essa energia para algo mais útil.
PS: Acho que sou disléxica para digitar o.O sempre saem letras ao contrário, que saco!
Até^^/
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viagens
9/16/2008
O que o café não faz com uma pessoa ._.
O ponto em que cansamos de sofrer. É sempre um momento esperado.
Assim que cansamos de sofrer, começamos a pensar em agir - por que não fomos feitos, ou melhor, nosso corpo, nosso organismo, não está preparado para simplesmente desistir e definhar... - não, por mais que não queiramos às vezes, nosso coração insiste em bater. Então é natural que nosso organismo reaja em determinado momento, para nos "salvar" de nós mesmos. E é quando chegamos nesse ponto, onde dizemos: Chega! Não aguento mais! que nosso corpo começa a reagir.
Não é interessante? (Bom, isso é uma conclusão minha, qualquer um pode discordar^~^)
Enfim, cheguei nesse ponto.
O ponto em que a razão começa a operar sobre o sentimento, e começamos aos poucos a abrir os olhos, e sentimos que o ar fica menos abafado e a escuridão começa a se dissipar bem devagar...
O sentimento ainda existe, ainda é forte e real, mas já não é tão opressor como antes.
É nesse momento que olhamos para o alto e pensamos que ainda há esperança. Esperança para o fim de um ciclo e o inicio de outro. Esperança de que o próximo ciclo seja melhor (realmente, é quase como se repetíssemos um mantra "tudo vai melhorar, tudo vai melhorar, tudo vai melhorar").
Só quero sentir o ar entrando levemente e preenchendo meus pulmões, e meus olhos fechando-se perante a luminosidade do sol, minhas mãos roçando a grama, e a paz, a paz de não sentir, e agradecer por ainda estar viva. Viva. Viva.
Tudo muda, nada permanece. E eu fico imensamente agradecida por isso.
Eu quero passar por isso, quero passar por tudo que tiver de passar nessa vida, e quero encarar todos os problemas e complexos que por ventura eu venha a ter. Porque alimentar o canto escuro de nossa memória, com todos os sentimentos que não podemos suportar, é pior, muito pior que encarar tudo de frente. Meu canto escuro não está vazio, mas pretendo esvaziá-lo, aos poucos, sem pressa, por que afinal, temos todo o tempo do mundo.
E estou falando de um mote de coisas em um só post, mas não consigo me controlar huhuhuhuhu
Sei lá, de repente fiquei meio pensativa, e inspirada, e não consigo parar de escrever.
Aff, mas e essa vontade de rir, que veio do nada?! Eu estava falando de algo sério!
O café!! Só pode ser isso, qdo quero escrever, não importa o quê, e não consigo me concentrar em uma coisa só, não consigo ficar parada, e fico ansiosa... É O CAFÉ fazendo, finalmente, seu efeito ¬¬
Ainda bem que não tenho prova amanhã, senão tava ferrada^^'
Nhoooooooooo
Bom, então esse é o post mais esquisito e eclético que já escrevi ahauhhauuhauhauah
Eu simplesmente tenho que falar isso:
Enxergamos na "faixa de luz visível" (vermelho, laranja, amarelo, verde, anil, azul e violeta) por que o pico de radiação do espectro de luz do sol fica exatamente nessa faixa, ou seja, nossos olhos acostumaram-se a enxergar nessa faixa por que as irradiações do sol tem seu pico nessa faixa! Não é incrível?? Se fosse no UV, enxergaríamos na faixa do UV!!! Nunca tinha parado pra pensar nisso, pra ver como astronomia não é inútil huhuhuhuhu
Ahm... Será que tem mais alguma coisa que minha mente estimulada pela cafeína deseja relatar?
Não... Esse é o problema, quero escrever e dizer algo de útil, mas não consigo pensar direito, ou me aprofundar nas minhas divagações sob efeito do café...
Mas vejam só, se não é algo para se pensar!! Acabo de formular uma teoria (sim, uma dessas teorias de conspiração):
Vou pôr o cerne porque, como já disse, meu cérebro está meio travado. As empresas oferecem café para seus funcionários, pergunta: 1) Para mantê-los acordados?
2) Para alimentar o vício? (isso com certeza huauhauhauhauhauh)
3) Para que eles trabalhem mais e pensem menos no que realmente estão fazendo e em como essa vidinha de escritório é um saco.
Sim, eu sou pirada auhahuahuhauauhahauha e sei que minha teoria é furada, mas deu vontade de colocar aqui^^'
Ahm... Oh céus, eu quero continuar digitando!! Mas o quê? o quê?
Nhooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooo
Nho.
As pessoas são más às vezes, e vc sabe disso, sabe que elas só querem te testar, mas... Que droga, por que aquela criatura deixou aquele recado?
Sei lá, até parece que fazem de propósito (os "deuses" =P sei lá eu quem faz de propósito, mas que fazem, fazem)! Vão lá e sopram no ouvido da criatura: Escreva isso, exatamente isso! Mas que merda, eles vão no ponto fraco da pessoa! (talvez sejam os demônios!! - se eu ao menos acreditasse ¬¬).
Sei lá, mas que é esquisito, aliás, esquisitíssimo(como diria a Alice), isso é.
So
Acho que agora chega, já falei merda de mais para um post só o.O
uhauhauhauhauhauhhauuhauhauhauhahauuhauhauhaauhahuhauhuauha
*Vontade incontrolável de rir do nada novamente*
HUuhaahUAhauahauahuahaUahuAhauahauahaUhauahAUahuahauahuahaUaHuahaua
É engraçado isso, juro que é, e juro que não tomei chá de cogumelo e nem fumei nada, foi só o café mesmo, só pode ser o café, não tem outra explicação! O.O
AHAHuAuhhuahauhHUAuhauhHAuhaauhhUAHUaUHauhhuauha
Ok
ok
ok
Vou me controlar.
Até^^/
Assim que cansamos de sofrer, começamos a pensar em agir - por que não fomos feitos, ou melhor, nosso corpo, nosso organismo, não está preparado para simplesmente desistir e definhar... - não, por mais que não queiramos às vezes, nosso coração insiste em bater. Então é natural que nosso organismo reaja em determinado momento, para nos "salvar" de nós mesmos. E é quando chegamos nesse ponto, onde dizemos: Chega! Não aguento mais! que nosso corpo começa a reagir.
Não é interessante? (Bom, isso é uma conclusão minha, qualquer um pode discordar^~^)
Enfim, cheguei nesse ponto.
O ponto em que a razão começa a operar sobre o sentimento, e começamos aos poucos a abrir os olhos, e sentimos que o ar fica menos abafado e a escuridão começa a se dissipar bem devagar...
O sentimento ainda existe, ainda é forte e real, mas já não é tão opressor como antes.
É nesse momento que olhamos para o alto e pensamos que ainda há esperança. Esperança para o fim de um ciclo e o inicio de outro. Esperança de que o próximo ciclo seja melhor (realmente, é quase como se repetíssemos um mantra "tudo vai melhorar, tudo vai melhorar, tudo vai melhorar").
Só quero sentir o ar entrando levemente e preenchendo meus pulmões, e meus olhos fechando-se perante a luminosidade do sol, minhas mãos roçando a grama, e a paz, a paz de não sentir, e agradecer por ainda estar viva. Viva. Viva.
Tudo muda, nada permanece. E eu fico imensamente agradecida por isso.
Eu quero passar por isso, quero passar por tudo que tiver de passar nessa vida, e quero encarar todos os problemas e complexos que por ventura eu venha a ter. Porque alimentar o canto escuro de nossa memória, com todos os sentimentos que não podemos suportar, é pior, muito pior que encarar tudo de frente. Meu canto escuro não está vazio, mas pretendo esvaziá-lo, aos poucos, sem pressa, por que afinal, temos todo o tempo do mundo.
E estou falando de um mote de coisas em um só post, mas não consigo me controlar huhuhuhuhu
Sei lá, de repente fiquei meio pensativa, e inspirada, e não consigo parar de escrever.
Aff, mas e essa vontade de rir, que veio do nada?! Eu estava falando de algo sério!
O café!! Só pode ser isso, qdo quero escrever, não importa o quê, e não consigo me concentrar em uma coisa só, não consigo ficar parada, e fico ansiosa... É O CAFÉ fazendo, finalmente, seu efeito ¬¬
Ainda bem que não tenho prova amanhã, senão tava ferrada^^'
Nhoooooooooo
Bom, então esse é o post mais esquisito e eclético que já escrevi ahauhhauuhauhauah
Eu simplesmente tenho que falar isso:
Enxergamos na "faixa de luz visível" (vermelho, laranja, amarelo, verde, anil, azul e violeta) por que o pico de radiação do espectro de luz do sol fica exatamente nessa faixa, ou seja, nossos olhos acostumaram-se a enxergar nessa faixa por que as irradiações do sol tem seu pico nessa faixa! Não é incrível?? Se fosse no UV, enxergaríamos na faixa do UV!!! Nunca tinha parado pra pensar nisso, pra ver como astronomia não é inútil huhuhuhuhu
Ahm... Será que tem mais alguma coisa que minha mente estimulada pela cafeína deseja relatar?
Não... Esse é o problema, quero escrever e dizer algo de útil, mas não consigo pensar direito, ou me aprofundar nas minhas divagações sob efeito do café...
Mas vejam só, se não é algo para se pensar!! Acabo de formular uma teoria (sim, uma dessas teorias de conspiração):
Vou pôr o cerne porque, como já disse, meu cérebro está meio travado. As empresas oferecem café para seus funcionários, pergunta: 1) Para mantê-los acordados?
2) Para alimentar o vício? (isso com certeza huauhauhauhauhauh)
3) Para que eles trabalhem mais e pensem menos no que realmente estão fazendo e em como essa vidinha de escritório é um saco.
Sim, eu sou pirada auhahuahuhauauhahauha e sei que minha teoria é furada, mas deu vontade de colocar aqui^^'
Ahm... Oh céus, eu quero continuar digitando!! Mas o quê? o quê?
Nhooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooo
Nho.
As pessoas são más às vezes, e vc sabe disso, sabe que elas só querem te testar, mas... Que droga, por que aquela criatura deixou aquele recado?
Sei lá, até parece que fazem de propósito (os "deuses" =P sei lá eu quem faz de propósito, mas que fazem, fazem)! Vão lá e sopram no ouvido da criatura: Escreva isso, exatamente isso! Mas que merda, eles vão no ponto fraco da pessoa! (talvez sejam os demônios!! - se eu ao menos acreditasse ¬¬).
Sei lá, mas que é esquisito, aliás, esquisitíssimo(como diria a Alice), isso é.
So
Acho que agora chega, já falei merda de mais para um post só o.O
uhauhauhauhauhauhhauuhauhauhauhahauuhauhauhaauhahuhauhuauha
*Vontade incontrolável de rir do nada novamente*
HUuhaahUAhauahauahuahaUahuAhauahauahaUhauahAUahuahauahuahaUaHuahaua
É engraçado isso, juro que é, e juro que não tomei chá de cogumelo e nem fumei nada, foi só o café mesmo, só pode ser o café, não tem outra explicação! O.O
AHAHuAuhhuahauhHUAuhauhHAuhaauhhUAHUaUHauhhuauha
Ok
ok
ok
Vou me controlar.
Até^^/
9/13/2008
I have no heart
Eu não quero chorar
derramar estas lágrimas
de dor e derrota.
eu não quero sentir
não quero pensar
no que me espera
naquilo que me faz tão mal
é só estranho
sentir isso novamente
é estranho
correr.
é o fracasso
consolando minha dor
e eu não tenho esperança
eu sou o desespero
eu não tenho fé
eu sou a ferida aberta
em carne viva
meu coração sangra
pulsa
nas minhas mãos
eu te ofereço minha dor
te ofereço
esse pedaço de carne
pulsante
você foge
você foge
e só fica um buraco
um buraco no meu peito
que abri com as próprias mãos
para te oferecer
meu coração.
E você foge
corre
e pulsando
sinto-o ainda pulsando
em minhas mãos
toda a dor
toda a trsiteza
eu esmago
eu piso
eu destroço
aquilo que te ofereci
e você rejeitou
eu não tenho mais
um coração
era seu
e você recusou
seu e você rejeitou.
C.C.
derramar estas lágrimas
de dor e derrota.
eu não quero sentir
não quero pensar
no que me espera
naquilo que me faz tão mal
é só estranho
sentir isso novamente
é estranho
correr.
é o fracasso
consolando minha dor
e eu não tenho esperança
eu sou o desespero
eu não tenho fé
eu sou a ferida aberta
em carne viva
meu coração sangra
pulsa
nas minhas mãos
eu te ofereço minha dor
te ofereço
esse pedaço de carne
pulsante
você foge
você foge
e só fica um buraco
um buraco no meu peito
que abri com as próprias mãos
para te oferecer
meu coração.
E você foge
corre
e pulsando
sinto-o ainda pulsando
em minhas mãos
toda a dor
toda a trsiteza
eu esmago
eu piso
eu destroço
aquilo que te ofereci
e você rejeitou
eu não tenho mais
um coração
era seu
e você recusou
seu e você rejeitou.
C.C.
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9/10/2008
Conto do Reino das Trevas
Hoje.
De repente tudo parece tão pequeno...
Para onde deveríamos ir, quando não queremos ir à lugar nenhum?
O que deveríamos fazer, quando não queremos fazer nada?
Nestes dias, quando o sol esconde-se atrás das nuvens, quando a chuva não traz conforto, quando tudo parece...Normal.
Dias como este, em que até pensar, escrever ou respirar parecem um esforço sobrehumano, em que buraco haveríamos de nos enterrar...
E vale a pena deixar-se entregar? Mas não há nada aqui. Nem o peso das dúvidas, nem as perguntas, ou a busca por respostas. Como se fosse um corpo oco, vagando.
Não há vontade, desejo, desespero, alegria, nem mesmo tristeza.
Nem ao menos me parece estranho. E por que haveria de ser.
Hoje. Eu sei.
O dia para se esquecer. O dia para ser livre.
O dia para se perder pelas ruas. Sinto que poderia andar, andar, andar, andar... Sem rumo, sem pressa.
Talvez chegasse ao fim,algum, se é que existe.
Eu sei...
Só preciso de um estímulo, para me sentir viva novamente. Não que eu queira, mas sei que preciso.
Hoje. O dia que será esquecido.
Rácinë
PS: Cada vez mais eu sinto, que este não é meu lugar, e de que adianta... Talvez não haja lugar algum.
C.C.
De repente tudo parece tão pequeno...
Para onde deveríamos ir, quando não queremos ir à lugar nenhum?
O que deveríamos fazer, quando não queremos fazer nada?
Nestes dias, quando o sol esconde-se atrás das nuvens, quando a chuva não traz conforto, quando tudo parece...Normal.
Dias como este, em que até pensar, escrever ou respirar parecem um esforço sobrehumano, em que buraco haveríamos de nos enterrar...
E vale a pena deixar-se entregar? Mas não há nada aqui. Nem o peso das dúvidas, nem as perguntas, ou a busca por respostas. Como se fosse um corpo oco, vagando.
Não há vontade, desejo, desespero, alegria, nem mesmo tristeza.
Nem ao menos me parece estranho. E por que haveria de ser.
Hoje. Eu sei.
O dia para se esquecer. O dia para ser livre.
O dia para se perder pelas ruas. Sinto que poderia andar, andar, andar, andar... Sem rumo, sem pressa.
Talvez chegasse ao fim,algum, se é que existe.
Eu sei...
Só preciso de um estímulo, para me sentir viva novamente. Não que eu queira, mas sei que preciso.
Hoje. O dia que será esquecido.
Rácinë
PS: Cada vez mais eu sinto, que este não é meu lugar, e de que adianta... Talvez não haja lugar algum.
C.C.
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9/09/2008
Um passo
Trago a chuva na bagagem
Nuvens cinzentas
O céu que vejo
Fiéis companheiras.
Quando olhamos para o abismo
E divisamos a profundidade
quando queremos voltar
Percebemos que é tarde
Muito tarde para olhar para trás
Tarde para arrependimentos
Tarde para confissões
Tarde para a queda.
Não há chamado
Não há convite
Só a escuridão
A realidade.
Quando encaramos o abismo negro
Como se o tempo parasse
O ar abafado.
Talvez o calor venha
das profundezas
Talvez venha
das lembranças.
Um segundo
E tudo faz sentido.
Mas as pernas tremem
O coração acelera
As mãos se rebelam.
Não há escolha.
É tarde.
Aquela lágrima
solitária
A companheira de uma vida.
É o fim.
Um passo em falso
Olhos fechados.
Finalmente
Quando os abrimos
O sol machuca
Com sua luz
E percebemos
que estamos a um passo
da beira do abismo.
C.C.
Nuvens cinzentas
O céu que vejo
Fiéis companheiras.
Quando olhamos para o abismo
E divisamos a profundidade
quando queremos voltar
Percebemos que é tarde
Muito tarde para olhar para trás
Tarde para arrependimentos
Tarde para confissões
Tarde para a queda.
Não há chamado
Não há convite
Só a escuridão
A realidade.
Quando encaramos o abismo negro
Como se o tempo parasse
O ar abafado.
Talvez o calor venha
das profundezas
Talvez venha
das lembranças.
Um segundo
E tudo faz sentido.
Mas as pernas tremem
O coração acelera
As mãos se rebelam.
Não há escolha.
É tarde.
Aquela lágrima
solitária
A companheira de uma vida.
É o fim.
Um passo em falso
Olhos fechados.
Finalmente
Quando os abrimos
O sol machuca
Com sua luz
E percebemos
que estamos a um passo
da beira do abismo.
C.C.
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9/07/2008
É difícil?
Ninguém disse que seria fácil. Tampouco alguém disse que seria impossível.
Siga pelo caminho de tijolos amarelos, encontre o mágico maravilhoso, e descubra que você poderia ter realizado seu pedido em qualquer momento, desde que acreditasse em si mesmo.
Sempre há alguém para nos mostrar como é fácil, no fim. O problema, é insistirmos em querer seguir pelo caminho mais difícil.
^^/
Depois de anos finalmente assisti O mágico de Oz, só tinha visto De volta ao mundo de Oz^^
Adoro esse filme, e gostei muito do primeiro também =]
Bom, como outra recomendação, deixo A história sem fim (o livro), é realmente muito bom, quero ler de novo** E claro, há semelhanças nas histórias, mas isso que é o legal^^
=***
Ninguém disse que seria fácil. Tampouco alguém disse que seria impossível.
Siga pelo caminho de tijolos amarelos, encontre o mágico maravilhoso, e descubra que você poderia ter realizado seu pedido em qualquer momento, desde que acreditasse em si mesmo.
Sempre há alguém para nos mostrar como é fácil, no fim. O problema, é insistirmos em querer seguir pelo caminho mais difícil.
^^/
Depois de anos finalmente assisti O mágico de Oz, só tinha visto De volta ao mundo de Oz^^
Adoro esse filme, e gostei muito do primeiro também =]
Bom, como outra recomendação, deixo A história sem fim (o livro), é realmente muito bom, quero ler de novo** E claro, há semelhanças nas histórias, mas isso que é o legal^^
=***
9/06/2008
Conto do Reino das Trevas
O Forasteiro
Ele estava se sentindo estranho, o suor começava a escorrer pelas têmporas, o ar abafado, aquele silêncio... Insuportável... Opressor. Aquelas pessoas de olhar vago, perdido, como se não tivessem vida. O balanço das rodas, o cheiro da morte.
Ajeitou a gola da blusa, enxugou o suor do rosto, ensaiou um sorriso para uma garotinha que o estava encarando, nada. Somente aquele olhar vazio como resposta.
E o suor, que agora saia por todos os poros, seu coração começou a bater descompassado, suas mãos tremiam e aquele sentimento, uma fúria inexplicável começava a crescer dentro dele. Olhou para os lados, para aqueles olhos sem brilho, para aqueles corpos imóveis, o ódio crescendo dentro dele, e as mãos, não conseguia parar de tremer. Medo. Junto com o ódio veio o medo, e não havia razão alguma, motivo nenhum... Suas mãos cresceram, seus olhos dilataram, e de repente não podia mais controlar seus sentimentos. Um grito, alto, rouco, profundo. Tudo aquilo queria sair de dentro dele, as pessoas o olharam assustadas, finalmente havia alguma expressão naqueles rostos, mas ele não percebeu isso.
Pulou na carroça, correndo, apoiva-se nas mãos e nos pés, como um lobo, e corria, sem parar, cada vez mais rápido, não sabia por que. Simplesmente fugia, e urrava, avançava nas pessoas como se elas fossem uma ameaça, mas não eram, e ele tinha medo, por que não sabia o que estava acontencendo, não sabia para onde estava indo, ou para onde queria ir, e corria, sem parar. E aquele sentimento, o medo e a fúria, cresciam dentro dele. A chuva fustigava seu rosto, molhava seus cabelos, suas roupas, ele escorregava, então cada vez mais rápido, e com mais força, ele apoiava as mãos no chão a as arrastava.
Não havia explicação, não havia passado ou presente, nem uma razão para sua existência. Só a fuga, e a chuva.
Conseguiu se jogar para dentro de um portão, arreganhou os dentes afiados para uma mulher e uma criança, mas teve medo de atacar, então continuou correndo, por entre as prateleiras, fugindo, chorando.
Finalmente começou a se acalmar, escondeu-se atrás de um pilar e ficou lá, arfando. Começou a recuperar a cosciência, suas mãos pararam de tremer, seus olhos voltaram ao normal, e as lágrimas cessaram.
Não era a primeira vez, e não seria a última.
Ele não sabia por que, não podia controlar, não podia escapar desta metamorfose absurda.
Não havia um lugar seguro.
Aquele reino, era de longe o melhor lugar para se estar. Pelo menos ali, com aqueles seres sem vida pelas ruas, ele podia andar livremente quando estava bem, e não ser perseguido.
C.C.
Ele estava se sentindo estranho, o suor começava a escorrer pelas têmporas, o ar abafado, aquele silêncio... Insuportável... Opressor. Aquelas pessoas de olhar vago, perdido, como se não tivessem vida. O balanço das rodas, o cheiro da morte.
Ajeitou a gola da blusa, enxugou o suor do rosto, ensaiou um sorriso para uma garotinha que o estava encarando, nada. Somente aquele olhar vazio como resposta.
E o suor, que agora saia por todos os poros, seu coração começou a bater descompassado, suas mãos tremiam e aquele sentimento, uma fúria inexplicável começava a crescer dentro dele. Olhou para os lados, para aqueles olhos sem brilho, para aqueles corpos imóveis, o ódio crescendo dentro dele, e as mãos, não conseguia parar de tremer. Medo. Junto com o ódio veio o medo, e não havia razão alguma, motivo nenhum... Suas mãos cresceram, seus olhos dilataram, e de repente não podia mais controlar seus sentimentos. Um grito, alto, rouco, profundo. Tudo aquilo queria sair de dentro dele, as pessoas o olharam assustadas, finalmente havia alguma expressão naqueles rostos, mas ele não percebeu isso.
Pulou na carroça, correndo, apoiva-se nas mãos e nos pés, como um lobo, e corria, sem parar, cada vez mais rápido, não sabia por que. Simplesmente fugia, e urrava, avançava nas pessoas como se elas fossem uma ameaça, mas não eram, e ele tinha medo, por que não sabia o que estava acontencendo, não sabia para onde estava indo, ou para onde queria ir, e corria, sem parar. E aquele sentimento, o medo e a fúria, cresciam dentro dele. A chuva fustigava seu rosto, molhava seus cabelos, suas roupas, ele escorregava, então cada vez mais rápido, e com mais força, ele apoiava as mãos no chão a as arrastava.
Não havia explicação, não havia passado ou presente, nem uma razão para sua existência. Só a fuga, e a chuva.
Conseguiu se jogar para dentro de um portão, arreganhou os dentes afiados para uma mulher e uma criança, mas teve medo de atacar, então continuou correndo, por entre as prateleiras, fugindo, chorando.
Finalmente começou a se acalmar, escondeu-se atrás de um pilar e ficou lá, arfando. Começou a recuperar a cosciência, suas mãos pararam de tremer, seus olhos voltaram ao normal, e as lágrimas cessaram.
Não era a primeira vez, e não seria a última.
Ele não sabia por que, não podia controlar, não podia escapar desta metamorfose absurda.
Não havia um lugar seguro.
Aquele reino, era de longe o melhor lugar para se estar. Pelo menos ali, com aqueles seres sem vida pelas ruas, ele podia andar livremente quando estava bem, e não ser perseguido.
C.C.
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9/05/2008
Um balde de água fria
E lá vamos nós novamente... Aquele post gigante lá em baixo, falando sobre o amor... Tão bonito...
E agora não sei mais o que pensar.
Não é incrível? Toda vez que penso ter aberto uma porta, ela me leva a outra, trancada.
E como eu vou saber dessas coisas?
Não é justo! Simplesmente não é justo...
E eu cansei.
Cansei de ficar horas divagando para chegar em uma resposta sensata e descobrir que não é bem assim.
Cansei de tentar entender o mundo, de tentar entender por que estamos aqui afinal de contas.
Deus... Todos as minhas decepções e complexos resumidas em uma palavra: Deus.
Nunca pensei que chegaria esse dia, o dia em que eu me perguntaria o que é Deus, quem é Deus. O dia em que me perguntaria o que bulhufas estou fazendo aqui.
Respostas me foram oferecidas quando eu ainda era pequena. Mas minha razão e percepção só aceitam e entendem uma delas:Estamos aqui para crescer, para progredir, para atingir a perfeição, para nos tornarmos novamente parte do Um.
Mas nem a religião que me ensinou isso faz mais sentido para mim.
"Você ta assim só por causa da aula de inorgânica?"
"Sim."
E como vou explicar para ela por que estou assim... Como vou explicar todos esses pensamentos e sentimentos que ficam se debatendo dentro de mim?
"Eu não posso fazer nada né?"
"Não."
Ninguém pode. Cabe a mim achar meu caminho, isso eu não esqueci. E mesmo que pudesse... Quem ia entender tudo isso...? Não.
Estou sozinha nesse debate obscuro entre razão e fé.
Ninguém pode me ajudar, mas eu sei que posso confiar em mim. Um dia eu caio, no outro levanto. Só espero chegar a algum lugar ao fim de tantas quedas.
Mas o amor, continua sendo o ponto chave. Ninguém vai me fazer mudar de ídéia, o amor é a resposta.
C.C.
E agora não sei mais o que pensar.
Não é incrível? Toda vez que penso ter aberto uma porta, ela me leva a outra, trancada.
E como eu vou saber dessas coisas?
Não é justo! Simplesmente não é justo...
E eu cansei.
Cansei de ficar horas divagando para chegar em uma resposta sensata e descobrir que não é bem assim.
Cansei de tentar entender o mundo, de tentar entender por que estamos aqui afinal de contas.
Deus... Todos as minhas decepções e complexos resumidas em uma palavra: Deus.
Nunca pensei que chegaria esse dia, o dia em que eu me perguntaria o que é Deus, quem é Deus. O dia em que me perguntaria o que bulhufas estou fazendo aqui.
Respostas me foram oferecidas quando eu ainda era pequena. Mas minha razão e percepção só aceitam e entendem uma delas:Estamos aqui para crescer, para progredir, para atingir a perfeição, para nos tornarmos novamente parte do Um.
Mas nem a religião que me ensinou isso faz mais sentido para mim.
"Você ta assim só por causa da aula de inorgânica?"
"Sim."
E como vou explicar para ela por que estou assim... Como vou explicar todos esses pensamentos e sentimentos que ficam se debatendo dentro de mim?
"Eu não posso fazer nada né?"
"Não."
Ninguém pode. Cabe a mim achar meu caminho, isso eu não esqueci. E mesmo que pudesse... Quem ia entender tudo isso...? Não.
Estou sozinha nesse debate obscuro entre razão e fé.
Ninguém pode me ajudar, mas eu sei que posso confiar em mim. Um dia eu caio, no outro levanto. Só espero chegar a algum lugar ao fim de tantas quedas.
Mas o amor, continua sendo o ponto chave. Ninguém vai me fazer mudar de ídéia, o amor é a resposta.
C.C.
9/04/2008
Conto do Reino das Trevas
A Fada
Ela passou pelo corredor como se fosse uma brisa de verão. Suas asas batendo desesperadamente. Não havia muito a ser feito agora, todos os dias ela procurava uma maneira de se aproximar, mas não havia uma brecha.
Quando chegou na porta do quarto, assumiu a forma humana e bateu. Não houve resposta.
- Amnis... Eu só queria... hum. "Deixa prá lá".
Continuou pelo corredor deserto, admirando as paredes e pensando. Havia tantas coisas para serem ditas, e ela ali, sem poder fazer nada, absolutamente nada. Saber que ela estaria chorando por ele, que não comia e não dormia por ele... Insuportável, vê-la definhando e não poder fazer nada.
- Fada de araque. Hamon estava parado, olhando para ela.
- Hamon... O que posso fazer? Ela não quer ver ninguém. Baixou os olhos, uma lágrima brilhando em seu olhar.
- Eu sei, mas isso não muda o fato.
- Que fato? Rácinë o encarou.
- De você ser uma fada de araque. Olhou-a com desprezo e entrou no seu quarto.
- E você? O que você é?! Fada de araque... Bufou.
Havia dias em que ela saía e se afastava o máximo que podia do reino, sempre mais longe, mais alto. Queria ter certeza de não poder ouvir o choro compulsivo, o lamento, os gritos de dor. Queria ter certeza de estar longe o suficiente para não sentir o próprio coração se dilacerando. Quando chegava em lugar seguro, ficava lá por horas, parada, admirando o céu. Cantando e enrolando pequenas fitas. Amarrava-as umas às outras e as prendia em seus cabelos. Às vezes não conseguia se distanciar o suficiente, e lembrava dela. As lágrimas vinham sem permissão, e ela se enroscava no chão e chorava, chorava até não poder mais, apertando o peito. Tentando em vão diminuir aquele sentimento de perda, de impotência. Como se garras invisíveis estivessem esmagando seu coração. Era uma fada, e não podia fazer nada para salvar a pessoa que mais amava, a pessoa a quem havia entregado seu coração e sua alma. Era tanta dor! Como escapar desse abismo? Ela não sabia mais o que fazer, não sabia mais o que pensar, simplesmente não conseguia parar de sentir, e o sentimento era forte e destrutivo.
"Nem em todas as rosas
Vejo a beleza que há...
Nem em todas as estrelas
vejo o brilho que há...
O mar pode vir a secar
e as flores sumirem no ar
mas seu olhar...
Há de ficar
para sempre
em mim..."
Deitada entre as flores, Rácinë cantava e chorava, soluçando, tentando parar de pensar, de sentir, de lembrar.
C.C.
PS: Em algum momento vou conseguir me organizar, e escrever de uma maneira decente. É que ainda estou descobrindo o Reino e os seres que vivem por lá xD
Ela passou pelo corredor como se fosse uma brisa de verão. Suas asas batendo desesperadamente. Não havia muito a ser feito agora, todos os dias ela procurava uma maneira de se aproximar, mas não havia uma brecha.
Quando chegou na porta do quarto, assumiu a forma humana e bateu. Não houve resposta.
- Amnis... Eu só queria... hum. "Deixa prá lá".
Continuou pelo corredor deserto, admirando as paredes e pensando. Havia tantas coisas para serem ditas, e ela ali, sem poder fazer nada, absolutamente nada. Saber que ela estaria chorando por ele, que não comia e não dormia por ele... Insuportável, vê-la definhando e não poder fazer nada.
- Fada de araque. Hamon estava parado, olhando para ela.
- Hamon... O que posso fazer? Ela não quer ver ninguém. Baixou os olhos, uma lágrima brilhando em seu olhar.
- Eu sei, mas isso não muda o fato.
- Que fato? Rácinë o encarou.
- De você ser uma fada de araque. Olhou-a com desprezo e entrou no seu quarto.
- E você? O que você é?! Fada de araque... Bufou.
Havia dias em que ela saía e se afastava o máximo que podia do reino, sempre mais longe, mais alto. Queria ter certeza de não poder ouvir o choro compulsivo, o lamento, os gritos de dor. Queria ter certeza de estar longe o suficiente para não sentir o próprio coração se dilacerando. Quando chegava em lugar seguro, ficava lá por horas, parada, admirando o céu. Cantando e enrolando pequenas fitas. Amarrava-as umas às outras e as prendia em seus cabelos. Às vezes não conseguia se distanciar o suficiente, e lembrava dela. As lágrimas vinham sem permissão, e ela se enroscava no chão e chorava, chorava até não poder mais, apertando o peito. Tentando em vão diminuir aquele sentimento de perda, de impotência. Como se garras invisíveis estivessem esmagando seu coração. Era uma fada, e não podia fazer nada para salvar a pessoa que mais amava, a pessoa a quem havia entregado seu coração e sua alma. Era tanta dor! Como escapar desse abismo? Ela não sabia mais o que fazer, não sabia mais o que pensar, simplesmente não conseguia parar de sentir, e o sentimento era forte e destrutivo.
"Nem em todas as rosas
Vejo a beleza que há...
Nem em todas as estrelas
vejo o brilho que há...
O mar pode vir a secar
e as flores sumirem no ar
mas seu olhar...
Há de ficar
para sempre
em mim..."
Deitada entre as flores, Rácinë cantava e chorava, soluçando, tentando parar de pensar, de sentir, de lembrar.
C.C.
PS: Em algum momento vou conseguir me organizar, e escrever de uma maneira decente. É que ainda estou descobrindo o Reino e os seres que vivem por lá xD
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"Uma galáxia é composta de gás, poeira e estrelas - bilhões e bilhões de estrelas. Cada uma delas pode ser um sol para alguém. Em uma galáxia existem estrelas e mundos e, talvez, uma proliferação de formas de vida e seres inteligentes e civilizações espaciais." Cosmos pg.5 - Carl Sagan
Sempre me pergunto: Por que os Homens, com sua mania de grandeza, preferem olhar só para si, e esquecer da imensidão absurda que existe além desse nosso pequeno planeta... Se as pessoas admirassem mais a beleza do universo, e temessem menos a sua imensidão (pois perceberiam o quão pequenos nós somos), logo entenderiam que Nós somos pequenos universos. Que cada pessoa é um planeta desconhecido, que sempre há uma pessoa que vemos como nosso sol, que outras pessoas ficam presas em nossas órbitas, como a lua, e que nosso sistema é pequeno, se comparado com o resto do mundo. Mas é o nosso sistema. O nosso lar, nossa família, nossos amigos. E ainda assim, somos livres! Ainda assim podemos orbitar por outros lugares desse mundo e descobrir a beleza que existe em outros lugares, e perceber que não somos o centro do mundo, e que nosso sistema não está no centro do mundo.
Eu me pergunto: Apesar disso, deixamos de ser quem somos? Ao perceber essa verdade - que para alguns é terrível - não nos tornamos mais humildes, e mais compreensivos com as pessoas?
Acredito que quanto mais percebemos o quão pequenos somos, maiores nos tornamos por dentro, expandindo nosso universo interior. E um dia, um dia perceberemos o quão restrita era nossa consciência, e que apesar de estarmos presos na matéria, nossa consciência e visão de mundo pode ser infinita. E é aí que realmente entederemos o sentido da palavra Liberdade.
Os preconceitos tolos, a moralidade vil que nos cercam, em nome de Deus. Por que iria Deus se preocupar se uma pessoa negra namora uma branca, por que iria Deus se preocupar se um homem ama outro homem, por que ele iria ficar furioso com isso?
Queria que as pessoas parassem um pouco e pensassem no início, de onde surgiram todas essas leis e moralismos absurdos. E se perguntassem: Eu realmente me importo com isso? Isso é realmente errado? E errado para quem? Para Deus?
E eu respondo: O Homem inventou Deus.
E agora? Quero as respostas sem a palavra Deus no meio, por que o Deus em que acredito é o amor. E o que é errado no amor?
O que é errado no amor, é errado na vida. Só isso. Essa é lei fundamental. O resto é bagagem de homens e mulheres ultrapassados, que tinham o pensamento controlado por líderes religiosos e politicos. O resto é resto.
Abram o coração e a mente para o amor, mas o verdadeiro amor, e descubram o quão limitado está o nosso pensamento, preso por amarras invisíveis de tempo remotos, e encontrem a Liberdade e a felicidade que todos procuramos. Mas por favor, parem de falar em nome de Deus. Eu realmente espero que um dia as pessoas abram os olhos.
Estou fazendo a minha parte. E aqueles que pregam em nome de Cristo, leiam e interpretem bem as suas palavras. Por que só o que ele ensinou e pregou, foi o amor.
PS: Você compreendeu bem, realmente foi uma despedida, mas para um sentimento que estava me esmagando por dentro. Não se preocupe, não pretendo sair assim tão cedo do seu caminho^^
Até^^/
Sempre me pergunto: Por que os Homens, com sua mania de grandeza, preferem olhar só para si, e esquecer da imensidão absurda que existe além desse nosso pequeno planeta... Se as pessoas admirassem mais a beleza do universo, e temessem menos a sua imensidão (pois perceberiam o quão pequenos nós somos), logo entenderiam que Nós somos pequenos universos. Que cada pessoa é um planeta desconhecido, que sempre há uma pessoa que vemos como nosso sol, que outras pessoas ficam presas em nossas órbitas, como a lua, e que nosso sistema é pequeno, se comparado com o resto do mundo. Mas é o nosso sistema. O nosso lar, nossa família, nossos amigos. E ainda assim, somos livres! Ainda assim podemos orbitar por outros lugares desse mundo e descobrir a beleza que existe em outros lugares, e perceber que não somos o centro do mundo, e que nosso sistema não está no centro do mundo.
Eu me pergunto: Apesar disso, deixamos de ser quem somos? Ao perceber essa verdade - que para alguns é terrível - não nos tornamos mais humildes, e mais compreensivos com as pessoas?
Acredito que quanto mais percebemos o quão pequenos somos, maiores nos tornamos por dentro, expandindo nosso universo interior. E um dia, um dia perceberemos o quão restrita era nossa consciência, e que apesar de estarmos presos na matéria, nossa consciência e visão de mundo pode ser infinita. E é aí que realmente entederemos o sentido da palavra Liberdade.
Os preconceitos tolos, a moralidade vil que nos cercam, em nome de Deus. Por que iria Deus se preocupar se uma pessoa negra namora uma branca, por que iria Deus se preocupar se um homem ama outro homem, por que ele iria ficar furioso com isso?
Queria que as pessoas parassem um pouco e pensassem no início, de onde surgiram todas essas leis e moralismos absurdos. E se perguntassem: Eu realmente me importo com isso? Isso é realmente errado? E errado para quem? Para Deus?
E eu respondo: O Homem inventou Deus.
E agora? Quero as respostas sem a palavra Deus no meio, por que o Deus em que acredito é o amor. E o que é errado no amor?
O que é errado no amor, é errado na vida. Só isso. Essa é lei fundamental. O resto é bagagem de homens e mulheres ultrapassados, que tinham o pensamento controlado por líderes religiosos e politicos. O resto é resto.
Abram o coração e a mente para o amor, mas o verdadeiro amor, e descubram o quão limitado está o nosso pensamento, preso por amarras invisíveis de tempo remotos, e encontrem a Liberdade e a felicidade que todos procuramos. Mas por favor, parem de falar em nome de Deus. Eu realmente espero que um dia as pessoas abram os olhos.
Estou fazendo a minha parte. E aqueles que pregam em nome de Cristo, leiam e interpretem bem as suas palavras. Por que só o que ele ensinou e pregou, foi o amor.
PS: Você compreendeu bem, realmente foi uma despedida, mas para um sentimento que estava me esmagando por dentro. Não se preocupe, não pretendo sair assim tão cedo do seu caminho^^
Até^^/
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