9/24/2008
Destino
Uma vez falei sobre o destino, durante essa semana tenho pensado muito sobre isso. O que somos capazes de mudar, até que ponto um acontecimento pode ser obra do destino, ou mera coincidência? Existe coincidência?
Sempre que uma pessoa entra na minha vida, eu penso sobre isso. O que nos ligou? Por que começamos a conversar? Por que eu?
Com algumas é mais especial, por que não é só o fato de começarmos uma amizade, mas o que eu senti assim que vi a pessoa a primeira vez… Como uma ligação especial, e fosse inevitável o fato de que iríamos nos conhecer, porque nós já nos conhecíamos.
Não sei se essa pessoa sente o mesmo, eu nunca perguntei, a nenhuma delas. Mas a idéia de que tudo tem um propósito me persegue, sempre perseguiu.
Ás vezes eu afasto isso, como se fosse uma heresia, mas as coisas acontecem, e a idéia volta, como se o fato de eu não querer acreditar não a impedisse de ser real.
Então, quando é forte de mais, quando o acontecimento é doloroso ou alegre de mais, eu suspiro “É o destino…” e é como se tudo estivesse claro.
Mas não pode ser assim, e eu sei disso. Tem coisas que nós pudemos mudar, mas como? Na verdade, acho que essa é a questão fundamental disso tudo, como posso mudar…?
Falam sobre sinais, ah sim, é mais fácil do que isso, eu sei. Ir contra o inevitável é a coisa mais simples que existe, mas assim como o perdão, é a mais difícil de se praticar.
E só existem aquelas duas escolhas, no fim: Deixar que o problema tome conta da sua vida, ou simplesmente resolvê-lo. Decidir se o dia vai ser alegre, ou triste. Discutir ou relevar. Sorrir, ou chorar.
Coisas simples, simples até de mais…
No final das contas, só depende de nós, mudar o destino, aceitá-lo, entregar-se. Só depende de nós.
Acho que minha maior dificuldade é essa, confiar em mim, e aceitar que ninguém pode fazer nada no meu lugar, precisa partir de mim.
E o destino? Sei que as Parcas tecem o seu fio com cuidado e sem piedade, mas quem sabe até que ponto?
17 de dezembro de 2007
C.C.
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texto desenterrado
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