Primeiros dias de escuridão
Aquele buraco, era sempre uma lembrança cruel.
A escolha de uma nova vida é algo dificíl, vivê-la, é ainda mais.
Sempre perdido...Sempre.
E quando olhava em volta, a única coisa que reconhecia, a única coisa que o fazia sentir-se em casa, era seu sorriso, seu olhar, sua presença.
E buscava por ela, mesmo quando não percebia.
E agora...
Longe do sorriso, do olhar. Como ele poderia achar novamente o caminho para casa...
Perdido, sozinho, esquecido, e condenado.
Á noite, quando os gritos misturavam-se na histeria coletiva do Reino, os seus, eram os mais altos, os mais horríveis e angustiantes.
Na escuridão, a falta misturava-se com a culpa, e a dor atingia seu ápice. Rasgar a própria carne e arrancar fora o coração, era sua única saída, e nem a isso, ele tinha direito.
C.C.
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