12/24/2009
Reflexos
Natal
Parada sob um poste de iluminação, com uma sacola pesada presa a seu pulso, ela admirava as vitrines de uma loja. Virou-se bruscamente quando notou, pelo reflexo do vidro, a decoração de natal de um prédio. Luzes piscavam e pareciam dançar numa sincronia lenta, rápida, alternada e colorida. Havia um som - abafado pelo barulho do tráfego no fim da rua - vindo de uma das janelas do primeiro andar, mas o som era aconchegante e familiar.
Cecília aproximou-se do meio fio da calçada, era noite e mesmo a brisa leve que soprava, era morna. Aproximando-se da frente do prédio, pode ver entre as cortinas da janela que uma família preparava-se para a ceia de natal, o cheiro de peru inundando suas narinas... Continuou ali observando alguns colocarem pratos na mesa, outros buscando travessas, enquanto um menino, sentado em uma poltrona, cantava alegremente acompanhando a música. Em um momento de euforia, quando a cantora atingiu um tom mais alto, o menino jogou a cabeça para trás, num canto desafinado, e quando voltou olhou diretamente para ela.
Ainda cantando o menino acenou e sorriu - um sorriso largo e sincero, um sorriso honesto. Cecília sentiu um aperto no estômago e antes que pudesse retribuir o gesto, o menino já estava pulando em volta da mesa enquanto uma lágrima solitária corria livre pelo rosto de Cecília.
Sentiu o peso da sacola cortando a circulação em seus dedos e passou-a para a outra mão. Inspirando profundamente, decidiu que era hora de voltar. Levava consigo o pão e o vinho, e sabia que seu sorriso sincero e o amor que sentia seriam o suficiente.
Feliz Natal^^
C.C.
PS: O objetivo era escrever uma carta de Natal pra minha mãe, já que minha irmã tava sem inspiração... Só que eu tava também, e aí saiu isso^^
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Reflexos
12/20/2009
Devorador de Homens
O tempo
A vida é o dever que nós trouxemos para fazer em casa.
Quando se vê, já são seis horas!
Quando de vê, já é sexta-feira!
Quando se vê, já é natal...
Quando se vê, já terminou o ano...
Quando se vê perdemos o amor da nossa vida.
Quando se vê passaram 50 anos!
Agora é tarde demais para ser reprovado...
Se me fosse dado um dia, outra oportunidade, eu nem olhava o relógio.
Seguiria sempre em frente e iria jogando pelo caminho a casca dourada e inútil das horas...
Seguraria o amor que está a minha frente e diria que eu o amo...
E tem mais: não deixe de fazer algo de que gosta devido à falta de tempo.
Não deixe de ter pessoas ao seu lado por puro medo de ser feliz.
A única falta que terá será a desse tempo que, infelizmente, nunca mais voltará.
Mario Quintana
"O mais feroz dos animais domésticos é o relógio de parede: conheço um que já devorou três gerações de minha família."
Mario Quintana
Cc.
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poesias
12/17/2009
Reflexos
True Love
Lançava seu olhar aflito para o horizonte, esperando encontrar uma resposta para aquilo que sabia que estava dentro de si. Suas perguntas eram profundas aos seus olhos, e ao pronunciar as palavras sentia reverberar, vindo do abismo da sua existância, a resposta. Seria uma tendência natural do ser humano negar aquilo que não lhes é conveniente? Ouvia a resposta ecoando em seus ouvidos, levava as mãos à cabeça em uma atitude infantil, tampando-os como se o fato de rebelar-se pudesse negar os fatos ou a realidade.
Com seus olhos fechados tinha tudo que queria ao seu alcance, nada lhe era impossível, e quando esticava os braços à procura dos braços dela, encontrava suas mãos e os envolvia num abraço desesperado. Mas de olhos fechados o que podia ter era uma versão irreal de sua alma - uma versão nascida da adoração - e seu amor exigente, extremamente apaixonado pelo ser amado, era obrigado a rejeitá-la. Não era sua amada que segurava em seus braços, era uma criação cega. E seu coração a renegava, e ao renegá-la era obrigado - novamente - a abrir os olhos, para que pudesse ao menos ter a visão do sorriso - o sorriso verdadeiro - gravado em sua mente, e o brilho dos olhos, em sua alma.
09/2009
C.C.
Lançava seu olhar aflito para o horizonte, esperando encontrar uma resposta para aquilo que sabia que estava dentro de si. Suas perguntas eram profundas aos seus olhos, e ao pronunciar as palavras sentia reverberar, vindo do abismo da sua existância, a resposta. Seria uma tendência natural do ser humano negar aquilo que não lhes é conveniente? Ouvia a resposta ecoando em seus ouvidos, levava as mãos à cabeça em uma atitude infantil, tampando-os como se o fato de rebelar-se pudesse negar os fatos ou a realidade.
Com seus olhos fechados tinha tudo que queria ao seu alcance, nada lhe era impossível, e quando esticava os braços à procura dos braços dela, encontrava suas mãos e os envolvia num abraço desesperado. Mas de olhos fechados o que podia ter era uma versão irreal de sua alma - uma versão nascida da adoração - e seu amor exigente, extremamente apaixonado pelo ser amado, era obrigado a rejeitá-la. Não era sua amada que segurava em seus braços, era uma criação cega. E seu coração a renegava, e ao renegá-la era obrigado - novamente - a abrir os olhos, para que pudesse ao menos ter a visão do sorriso - o sorriso verdadeiro - gravado em sua mente, e o brilho dos olhos, em sua alma.
09/2009
C.C.
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Reflexos
12/15/2009
Cabeçuda
Eu só queria dizer que vou sentir saudade...
Saudade de ter um tempo livre e aparecer na sua porta, de falar besteira, de ouvir besteiras^^
Vou sentir falta de ter alguém que me entenda e esteja por perto quando eu precisar jogar as coisas que guardo dentro de mim pra fora. De alguém que pare no meio da rua pra cheirar uma flor, ou que ande na chuva com um sorriso bobo na cara... De alguém pra sequestrar, ou que me sequestre =X
Enfim...
Estarei rezando por você, como sempre hehehe
Cc.
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12/09/2009
Trilhas/Burton
Minha super descoberta: Danny Elfman é o compositor oficial de Tim Burton =D
Comecei a baixar as trilhas sonoras dos filmes do meu adorado Burton*-* e lá estava Elfman em Edward Scissorhands e em A Noiva Cadáver, continuando minha pesquisa, lá estava ele em A fantástica Fábrica de Chocolates também e em Nightmare Before Christmas.
Queria achar a trilha sonora de 9 - A Salvação =D
Mas não achei nesse blog =(
*Trilha sonora de Flimes
Enfim, só pra atualizar^^
C.C.
Comecei a baixar as trilhas sonoras dos filmes do meu adorado Burton*-* e lá estava Elfman em Edward Scissorhands e em A Noiva Cadáver, continuando minha pesquisa, lá estava ele em A fantástica Fábrica de Chocolates também e em Nightmare Before Christmas.
Queria achar a trilha sonora de 9 - A Salvação =D
Mas não achei nesse blog =(
*Trilha sonora de Flimes
Enfim, só pra atualizar^^
C.C.
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12/05/2009
u_u
E por mais que eu tente, sempre acabo enfiando os pés pelas mãos.
Desculpem-me.
Cc.
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12/03/2009
The Piano
Dois dias para baixar, ams valeu a pena^^
Agora vou comer uma tortinha de morango*-*
Deu fome ehehehehehe
No mais... FÉRIAS \o/ \o/
Livros/Café
C.C.
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11/30/2009
Pesadelo
Droga de filme infeliz ò_ó
Como se não bastasse a noite horrível que tive, ainda tinha que lembrar daquele filme besta sempre que tava conseguindo pegar no sono TT_TT
Paranormal Activity, filme idiota que no fim você pensa que valeu a pena, até ficar lembrando da pior cena que um filme de espírito pode mostrar logo depois de um pesadelo daqueles SPOILER
"O espírito ou demonio infeliz que tava infernizando a mulher arrastou ela pelos pés!!! Quando ela tava dormindo!!! Tenho pavor de que isso aconteça, mais que qualquer coisa, ser arrastado pelos pés por uma coisa invisível... acho que desmaiaria de tanto horror u_u"
FIM DO SPOILER
Mas enfim... Tive mais um pesadelo em que alguma coisa, um espirito provavelmente, estava tentando me sufocar, e eu não conseguia gritar ou falar, ou me mover. Dessa vez lutei tanto, tentei gritar tanto, que acordei quando consegui soltar um grito meio sufocado. Detesto esses pesadelos, não tem ninguém te prendendo, ou te sufocando, ninguém visível pelo menos, e você ali, sem respirar, sem poder pedir ajuda.... Acho que consegui me mover um pouco dessa vez no sonho, lembro de ter arqueado as costas na hora que consegui "gritar." Mas foi um grito tão potente que ninguém acordou ¬¬'
E aí pra piorar a situação, como se eu não estivesse suficientemente apavorada, comecei a lembrar daquela cena infeliz e me encolhi toda na cama -_-'
Aí não conseguia dormir, liguei o abajur e fiquei ali, me escondendo no edredon... Até que tive a brilhante idéia de ver que horas eram (no maldito filme tudo acontecia às três da manhã) e adivinha!
BINGO!
3:30 da manhã u_u
Fiquei mais apavorada ainda, decidi ouvir música para me acalmar a ajudar a dormir, o celular pirou quando abri o menu, fechei ele e a tela ficou piscando, juro que me segurei muito pra não jogá-lo longe.
Aí pronto, minha noite acabou, só consegui voltar a dormir lá pelas 5:00 da manhã. E ainda tive mais pesadelos, ô noitinha triste...
Mas enfim acordei e fui tomar banho, tá certo que tava parecendo mais um zoombie que qualquer outra coisa, e na verdade, ainda não melhorei muito não.
Nada como uma noite mal dormida para nos transformar num bagaço ambulante.
Acordei toda dolorida =(
Pronto, é isso. Dica: Não assista o maldito filme se você tiver problemas que nem eu, sério, me arrependi até o último fio de cabelo esta noite. *O pior é que foi só por UMA cena*
C.C.
Como se não bastasse a noite horrível que tive, ainda tinha que lembrar daquele filme besta sempre que tava conseguindo pegar no sono TT_TT
Paranormal Activity, filme idiota que no fim você pensa que valeu a pena, até ficar lembrando da pior cena que um filme de espírito pode mostrar logo depois de um pesadelo daqueles SPOILER
"O espírito ou demonio infeliz que tava infernizando a mulher arrastou ela pelos pés!!! Quando ela tava dormindo!!! Tenho pavor de que isso aconteça, mais que qualquer coisa, ser arrastado pelos pés por uma coisa invisível... acho que desmaiaria de tanto horror u_u"
FIM DO SPOILER
Mas enfim... Tive mais um pesadelo em que alguma coisa, um espirito provavelmente, estava tentando me sufocar, e eu não conseguia gritar ou falar, ou me mover. Dessa vez lutei tanto, tentei gritar tanto, que acordei quando consegui soltar um grito meio sufocado. Detesto esses pesadelos, não tem ninguém te prendendo, ou te sufocando, ninguém visível pelo menos, e você ali, sem respirar, sem poder pedir ajuda.... Acho que consegui me mover um pouco dessa vez no sonho, lembro de ter arqueado as costas na hora que consegui "gritar." Mas foi um grito tão potente que ninguém acordou ¬¬'
E aí pra piorar a situação, como se eu não estivesse suficientemente apavorada, comecei a lembrar daquela cena infeliz e me encolhi toda na cama -_-'
Aí não conseguia dormir, liguei o abajur e fiquei ali, me escondendo no edredon... Até que tive a brilhante idéia de ver que horas eram (no maldito filme tudo acontecia às três da manhã) e adivinha!
BINGO!
3:30 da manhã u_u
Fiquei mais apavorada ainda, decidi ouvir música para me acalmar a ajudar a dormir, o celular pirou quando abri o menu, fechei ele e a tela ficou piscando, juro que me segurei muito pra não jogá-lo longe.
Aí pronto, minha noite acabou, só consegui voltar a dormir lá pelas 5:00 da manhã. E ainda tive mais pesadelos, ô noitinha triste...
Mas enfim acordei e fui tomar banho, tá certo que tava parecendo mais um zoombie que qualquer outra coisa, e na verdade, ainda não melhorei muito não.
Nada como uma noite mal dormida para nos transformar num bagaço ambulante.
Acordei toda dolorida =(
Pronto, é isso. Dica: Não assista o maldito filme se você tiver problemas que nem eu, sério, me arrependi até o último fio de cabelo esta noite. *O pior é que foi só por UMA cena*
C.C.
11/29/2009
Everything
Lifehouse
Find me here,And speak to me
I want to feel you
I need to hear you
You are the light
That's leading me to the place
Where I'll find peace... Again
You are the strength
That keeps me walking
You are the hope
That keeps me trusting
You are the life
To my soul
You are my purpose
You're everything
And how can I stand here with you
And not be moved by you
Would you tell me how could it be any better than this
You calm the storms
And you give me rest
You hold me in your hands
You won't let me fall
You steal my heart
And you take my breath away
Would you take me in
Take me deeper, now
And how can I stand here with you
And not be moved by you
Would you tell me how could it be any better than this
And how can I stand here with you
And not be moved by you
Would you tell me how could it be any better than this
Cause you're all I want
You're all I need
You're everything, everything
You're all I want
You're all I need
You're everything, everything
You're all I want
You're all I need
You're everything, everything
You're all I want
You're all I need
Everything, everything
And how can I stand here with you
And not be moved by you
Would you tell me how could it be any better than this
And how can I stand here with you
And not be moved by you
Would you tell me how could it be any better any better than this
And how can I stand here with you
And not be moved by you
Would you tell me how could it be any better than this
Would you tell me how could it be any better than this
*O vídeo coloco depois xD
Youtube
C.C.
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Toscomics
Eu já coloquei alguns quadrinhos desse site aqui, mas acho que merece mais destaque^^
Como as fotos estão ficando pequenas e não dá para ler direito, vou deixar o link do site, dêem uma olhada, vale a pena!
Toscomics - Por que rir da própria cara é importante xD
C.C.
Como as fotos estão ficando pequenas e não dá para ler direito, vou deixar o link do site, dêem uma olhada, vale a pena!
Toscomics - Por que rir da própria cara é importante xD
C.C.
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toscomics
Katsuya e Kyoko
Já abri essa janela de "Nova postagem" várias vezes desde o último post, mas não saia nada...
Às vezes acontece isso, me sinto um tanto frustrada nessas horas.
Então, não esperem muita coisa xD
O que eu queria dizer hoje, é que virei uma manteiga derretida pior do que já era, se é que é possível -_-'
Estava relendo furuba, mangá 16, e quase fiquei desidratada de tanto chorar.
O pior é que minha irmã resolve chegar em casa bem nessa hora... Ainda bem que ela sabe que sou manteiga derretida mesmo (só não devia imaginar que seria tanto!)
Então, para homenagear os personagens (já ia escrever pessoas^^) que me fizeram chorar até soluçar, com vocês o Sr. Katsuya e a Dona Kyoko \o/
Às vezes acontece isso, me sinto um tanto frustrada nessas horas.
Então, não esperem muita coisa xD
O que eu queria dizer hoje, é que virei uma manteiga derretida pior do que já era, se é que é possível -_-'
Estava relendo furuba, mangá 16, e quase fiquei desidratada de tanto chorar.
O pior é que minha irmã resolve chegar em casa bem nessa hora... Ainda bem que ela sabe que sou manteiga derretida mesmo (só não devia imaginar que seria tanto!)
Então, para homenagear os personagens (já ia escrever pessoas^^) que me fizeram chorar até soluçar, com vocês o Sr. Katsuya e a Dona Kyoko \o/
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11/25/2009
Tempestade
Acreditava que tudo estava dando certo, que finalmente estava tudo bem. Por um tempo só enxergou a luz, por um tempo, sorrir foi fácil, e era tão prazeroso, que mesmo os problemas ficavam pequenos, reduziam-se a pó.
Por um tempo, depois da tempestade, ela viveu na calmaria. Tão pouco tempo...
E agora que ela precisa sorrir e confortar e ser forte, agora que seu coração deveria transbordar de alegria e de esperança, descobriu que seu dom de manter os olhos abertos, de compreender cada situação, estava arrastando-a de volta para aquele mundo sombrio, para a beira do abismo.
A clareza de visão muitas vezes transforma-se em maldição.
Então ela pediu força, muita força, para continuar no caminho que escolheu seguir.
C.C.
Por um tempo, depois da tempestade, ela viveu na calmaria. Tão pouco tempo...
E agora que ela precisa sorrir e confortar e ser forte, agora que seu coração deveria transbordar de alegria e de esperança, descobriu que seu dom de manter os olhos abertos, de compreender cada situação, estava arrastando-a de volta para aquele mundo sombrio, para a beira do abismo.
A clareza de visão muitas vezes transforma-se em maldição.
Então ela pediu força, muita força, para continuar no caminho que escolheu seguir.
C.C.
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tempestade
11/22/2009
Da beira do abismo até o topo da montanha
Nessas horas, em que tudo vira de pernas para o ar, digo para mim mesma que não estamos sozinhos.
Nesse mundo onde todos tem seus próprios fantasmas, é fácil fechar os olhos e se defrontar com um abismo, entregar a razão ao desespero, parar bem na beirada, e contemplar sua infinitude negra e vazia. Mas se nesse momento decidirmos abrir os olhos só por um instante, talvez por instinto, perceberemos que ao nosso lado tem alguém nos estendendo a mão.
Não estamos sozinhos.
Se existe aquele que machuca, que magoa, que abre nossas feridas e instiga nossos fantasmas, aquele que fere, também existe aquele que conforta, que ouve e que cura. Existe aquele que acredita, mesmo que esteja ao nosso lado contemplando o abismo.
Não estamos sozinhos.
É fácil parar e apontar as atrocidades do mundo, a maldade e a crueldade do ser humano - é fácil entregar-se à dor e ao ódio, à raiva.
Mas também existe outro caminho, pode ser mais difícil, mais árduo, mas não deixa de ser uma escolha, uma alternativa. Podemos abrir os olhos e decidir acreditar, decidir lutar, podemos abrir os olhos e estender a mão.
Todos temos nossos próprios fantasmas, mas precisamos aprender a lidar com eles, e se no inicio precisarmos de ajuda, que mal há em aceitá-la?
Essa força que me mantém de pé, vem de todos que me estenderam a mão, enquanto contemplava meu abismo.
Com o tempo aprendi a andar com minhas próprias pernas, mas sei que ainda preciso de alguém que esteja lá por mim. E sei que eles estarão, assim como eu estou.
A verdade é que chegar ao topo sozinho, é triste. Por mim, prefiro ficar pelo caminho, até o dia em que possamos chegar juntos.
Amo-vos.
Cacau
PS: Delio, dê notícias!!
Nesse mundo onde todos tem seus próprios fantasmas, é fácil fechar os olhos e se defrontar com um abismo, entregar a razão ao desespero, parar bem na beirada, e contemplar sua infinitude negra e vazia. Mas se nesse momento decidirmos abrir os olhos só por um instante, talvez por instinto, perceberemos que ao nosso lado tem alguém nos estendendo a mão.
Não estamos sozinhos.
Se existe aquele que machuca, que magoa, que abre nossas feridas e instiga nossos fantasmas, aquele que fere, também existe aquele que conforta, que ouve e que cura. Existe aquele que acredita, mesmo que esteja ao nosso lado contemplando o abismo.
Não estamos sozinhos.
É fácil parar e apontar as atrocidades do mundo, a maldade e a crueldade do ser humano - é fácil entregar-se à dor e ao ódio, à raiva.
Mas também existe outro caminho, pode ser mais difícil, mais árduo, mas não deixa de ser uma escolha, uma alternativa. Podemos abrir os olhos e decidir acreditar, decidir lutar, podemos abrir os olhos e estender a mão.
Todos temos nossos próprios fantasmas, mas precisamos aprender a lidar com eles, e se no inicio precisarmos de ajuda, que mal há em aceitá-la?
Essa força que me mantém de pé, vem de todos que me estenderam a mão, enquanto contemplava meu abismo.
Com o tempo aprendi a andar com minhas próprias pernas, mas sei que ainda preciso de alguém que esteja lá por mim. E sei que eles estarão, assim como eu estou.
A verdade é que chegar ao topo sozinho, é triste. Por mim, prefiro ficar pelo caminho, até o dia em que possamos chegar juntos.
Amo-vos.
Cacau
PS: Delio, dê notícias!!
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11/18/2009
Hope
Tudo parece estar bem, mesmo quando penso que vai tudo por água abaixo, no fim, tudo se resolve.
Esse semestre pode ser descrito por uma única palavra: esperança.
Por que foi ela que me manteve de pé, e foi ela que me fez acreditar, fez com que eu sorrisse quando tinha um grito trancado no peito, e fez com que eu levantasse quando achava que seria tempo perdido.
Foi ela que me ensinou que quando acreditamos, tudo é possível.
E depois de um início tumultuado, veio essa espécie de clamaria dentro de mim. E trouxe consigo pessoas que eu adoro, e já não sei como passar muito tempo longe, e trouxe você, que eu achei não existia.
Eduann, te adoro muito amoro *-*
Aí eu olhava à minha volta, dentro de mim tudo estava bem, mas ao meu redor, estava tudo revirado. Então eu continuei acreditando, continuei esperando, continuo.
Delio, vai dar tudo certo^^
Fiquei rezando por você, espero que fique melhor logo, pra eu poder te dar um abração de urso! =D
C.C.
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11/13/2009
Intolerância
"Uma galáxia é composta de gás, poeira e estrelas - bilhões e bilhões de estrelas. Cada uma delas pode ser um sol para alguém. Em uma galáxia existem estrelas e mundos e, talvez, uma proliferação de formas de vida e seres inteligentes e civilizações espaciais." Cosmos pg.5 - Carl Sagan
Sempre me pergunto: Por que os Homens, com sua mania de grandeza, preferem olhar só para si, e esquecer da imensidão absurda que existe além desse nosso pequeno planeta... Se as pessoas admirassem mais a beleza do universo, e temessem menos a sua imensidão (pois perceberiam o quão pequenos nós somos), logo entenderiam que Nós somos pequenos universos. Que cada pessoa é um planeta desconhecido, que sempre há uma pessoa que vemos como nosso sol, que outras pessoas ficam presas em nossas órbitas, como a lua, e que nosso sistema é pequeno, se comparado com o resto do mundo. Mas é o nosso sistema. O nosso lar, nossa família, nossos amigos. E ainda assim, somos livres! Ainda assim podemos orbitar por outros lugares desse mundo e descobrir a beleza que existe em outros lugares, e perceber que não somos o centro do mundo, e que nosso sistema não está no centro do mundo.
Eu me pergunto: Apesar disso, deixamos de ser quem somos? Ao perceber essa verdade - que para alguns é terrível - não nos tornamos mais humildes, e mais compreensivos com as pessoas?
Acredito que quanto mais percebemos o quão pequenos somos, maiores nos tornamos por dentro, expandindo nosso universo interior. E um dia, um dia perceberemos o quão restrita era nossa consciência, e que apesar de estarmos presos na matéria, nossa consciência e visão de mundo pode ser infinita. E é aí que realmente entenderemos o sentido da palavra Liberdade.
Os preconceitos tolos, a moralidade vil que nos cercam, em nome de Deus. Por que iria Deus se preocupar se uma pessoa negra namora uma branca, por que iria Deus se preocupar se um homem ama outro homem, por que ele iria ficar furioso com isso?
Queria que as pessoas parassem um pouco e pensassem no início, de onde surgiram todas essas leis e moralismos absurdos. E se perguntassem: Eu realmente me importo com isso? Isso é realmente errado? E errado para quem, para Deus?
E eu respondo: O Homem inventou Deus.
Quero as respostas sem a palavra Deus no meio, por que o Deus em que acredito é o amor. E o que é errado no amor?
O que é errado no amor, é errado na vida. Essa é a lei fundamental. O resto é bagagem de homens e mulheres ultrapassados, que tinham o pensamento controlado por líderes religiosos e politicos. O resto é resto.
Abram o coração e a mente para o amor, mas o verdadeiro amor, e descubram o quão limitado está o nosso pensamento, preso por amarras invisíveis de tempo remotos, e encontrem a Liberdade e a felicidade que todos procuramos. Mas por favor, parem de falar em nome de Deus.
*Texto editado do original publicado em 9/04/2008
C.C.
Sempre me pergunto: Por que os Homens, com sua mania de grandeza, preferem olhar só para si, e esquecer da imensidão absurda que existe além desse nosso pequeno planeta... Se as pessoas admirassem mais a beleza do universo, e temessem menos a sua imensidão (pois perceberiam o quão pequenos nós somos), logo entenderiam que Nós somos pequenos universos. Que cada pessoa é um planeta desconhecido, que sempre há uma pessoa que vemos como nosso sol, que outras pessoas ficam presas em nossas órbitas, como a lua, e que nosso sistema é pequeno, se comparado com o resto do mundo. Mas é o nosso sistema. O nosso lar, nossa família, nossos amigos. E ainda assim, somos livres! Ainda assim podemos orbitar por outros lugares desse mundo e descobrir a beleza que existe em outros lugares, e perceber que não somos o centro do mundo, e que nosso sistema não está no centro do mundo.
Eu me pergunto: Apesar disso, deixamos de ser quem somos? Ao perceber essa verdade - que para alguns é terrível - não nos tornamos mais humildes, e mais compreensivos com as pessoas?
Acredito que quanto mais percebemos o quão pequenos somos, maiores nos tornamos por dentro, expandindo nosso universo interior. E um dia, um dia perceberemos o quão restrita era nossa consciência, e que apesar de estarmos presos na matéria, nossa consciência e visão de mundo pode ser infinita. E é aí que realmente entenderemos o sentido da palavra Liberdade.
Os preconceitos tolos, a moralidade vil que nos cercam, em nome de Deus. Por que iria Deus se preocupar se uma pessoa negra namora uma branca, por que iria Deus se preocupar se um homem ama outro homem, por que ele iria ficar furioso com isso?
Queria que as pessoas parassem um pouco e pensassem no início, de onde surgiram todas essas leis e moralismos absurdos. E se perguntassem: Eu realmente me importo com isso? Isso é realmente errado? E errado para quem, para Deus?
E eu respondo: O Homem inventou Deus.
Quero as respostas sem a palavra Deus no meio, por que o Deus em que acredito é o amor. E o que é errado no amor?
O que é errado no amor, é errado na vida. Essa é a lei fundamental. O resto é bagagem de homens e mulheres ultrapassados, que tinham o pensamento controlado por líderes religiosos e politicos. O resto é resto.
Abram o coração e a mente para o amor, mas o verdadeiro amor, e descubram o quão limitado está o nosso pensamento, preso por amarras invisíveis de tempo remotos, e encontrem a Liberdade e a felicidade que todos procuramos. Mas por favor, parem de falar em nome de Deus.
*Texto editado do original publicado em 9/04/2008
C.C.
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texto desenterrado
Palavras
Uso as palavras para tentar traduzir os sentimentos que me movem, para tentar me consolar, tentando traduzir para outras mentes aquilo que meus olhos vêem.
Mas nesse momento as palavras parecem ter perdido o sentido, não sei como lidar com elas, como usá-las de uma maneira que possam expressar o que se passa dentro, e o que está fora.
Minhas palavras tornaram-se fracas, perderam o sentido e deixaram-me com este sentimento, deixaram-me e só.
C.C.
Mas nesse momento as palavras parecem ter perdido o sentido, não sei como lidar com elas, como usá-las de uma maneira que possam expressar o que se passa dentro, e o que está fora.
Minhas palavras tornaram-se fracas, perderam o sentido e deixaram-me com este sentimento, deixaram-me e só.
C.C.
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11/12/2009
Jasmin
Olho para o jardim todos os dias, para um canto específico, onde ergue-se o jasmineiro. Abro a janela do quarto todos os dias, e fito aquele canto, então aproximo-me da janela e espero sentir aquele perfume peculiar. Só na primavera, diz o jasmineiro a me fitar, com seus galhos cheios de folhas, mas sem um botão sequer. Então hoje aproximei-me da janela, e ele sorriu para mim, lançando no ar o perfume que passo o ano todo a esperar. Que lembranças me vêm à mente? Que sentimento... Saudade, esperança? Sim, esperança eu creio, de que ele sempre voltará a brotar, sempre voltará a agraciar-me com seu perfume, e com as lembranças entrelaçadas à sua existância. O jasmineiro floriu, a primavera chegou, é tempo de esperança.
C.C.
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primavera
Amélie Poulain
Eu tinha algumas coisas para falar sobre a intolerância e tal, mas acabei entrando no youtube e achando um vídeo com a valsa da Amelie (do filme O fabuloso destino de Amelie Poulain), aí pensei: Olha só, a música é tão bonita, o filme é um dos meus preferidos, por que não postar o vídeo no blog?
xD
Acabei ficando com vontade de assistir o filme - de novo.
So, enjoy!
11/09/2009
Reflexos
Estava cheia, como um Ipê na primavera. Aos poucos o chão foi amarelando-se e ambas secaram novamente. Como se cada pétala caída fosse uma parte que morria da felicidade que havia crescido dentro dela. A árvore estava seca e o chão estava verde.
A brisa que outrora lhe acariciara levou, aos poucos, as flores - assim como as palavras levaram a felicidade.C.C.
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Reflexos
Pienso En Ti - Shakira
Cada día pienso en tí
Pienso un poco más en tí
Despedazo mi razon
Se destruye algo de mí
Cada día pienso en tí
Pienso un poco más en tí
Cada vez que sale el sol
Busco un algo de valor
Para continuar así
Rezo por tí cada noche
Amanece y pienso en tí
Y retumba en mis oídos
El tic-tac de los relojes
Y sigo pensando en tí
Y sigo pensando
Vídeo Youtube
C.C.
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musica
11/08/2009
Reflexos
É diferente quando o mundo está ruindo à sua volta e você não está lá. Quando o mundo a ruir não é o seu pois você o segurou nas mãos e o refez, a seu modo, imprimindo na atmosfera a brisa e nos oceanos um azul profundo.
Ela tinha uma leve impressão do caos, enquanto dançava na chuva, em meio aos destroços e ruínas de mundos alheios, por que quando olhava para o caos, só enxergava o paraíso.
É diferente quando você sente que pode abarcar o paraíso, anexá-lo ao seu reino e transformá-lo em algo ainda mais belo.
Sentia que naquele momento era capaz de pegar com suas mãos o paraíso decadente que a cercava, e guardá-lo em seu coração - como se fosse luz, inundando a escuridão.
C.C.
Ela tinha uma leve impressão do caos, enquanto dançava na chuva, em meio aos destroços e ruínas de mundos alheios, por que quando olhava para o caos, só enxergava o paraíso.
É diferente quando você sente que pode abarcar o paraíso, anexá-lo ao seu reino e transformá-lo em algo ainda mais belo.
Sentia que naquele momento era capaz de pegar com suas mãos o paraíso decadente que a cercava, e guardá-lo em seu coração - como se fosse luz, inundando a escuridão.
C.C.
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Reflexos
Conto do Reino das Trevas
O que havia em seu espirito era negro. Buscando desesperadamente pela luz, ele dizia a si mesmo que era possível, que havia esperança. Mesmo em meio à escuridão e à sinfonia mais macabra em sua mente, em meio ao eco que ribombava nas paredes e lhe devolvia a melodia obscura que se criava através de seus dedos. A cada nota, ele buscava pela luz que havia em seus olhos, luz que o acalmava, que o alimentava. E a cada nota só o que ouvia, era o som profundo e rouco do desespero.
O som de passos chamou sua atenção, levantando os olhos notou uma sombra projetada na parede. Hamon virou-se e se deparou com um homem parado à porta, usava uma capa vermelha, encharcada.
- Entre. Hamon levantou-se e puxou uma cadeira velha de madeira, colocando-a próxima ao piano.
O estranho tirou a capa e a pendurou no encosto da cadeira, sentou-se e ficou encarando o piano.
- Há dias venho acompanhando o som... Parecia que era a única coisa viva neste lugar. O homem olhou para Hamon. - Era você? Sua música é muito triste.
Hamon sentou-se em frente ao piano novamente, mas virou-se e ficou de frente para o estranho.
- Conte sua história.
C.C.
O som de passos chamou sua atenção, levantando os olhos notou uma sombra projetada na parede. Hamon virou-se e se deparou com um homem parado à porta, usava uma capa vermelha, encharcada.
- Entre. Hamon levantou-se e puxou uma cadeira velha de madeira, colocando-a próxima ao piano.
O estranho tirou a capa e a pendurou no encosto da cadeira, sentou-se e ficou encarando o piano.
- Há dias venho acompanhando o som... Parecia que era a única coisa viva neste lugar. O homem olhou para Hamon. - Era você? Sua música é muito triste.
Hamon sentou-se em frente ao piano novamente, mas virou-se e ficou de frente para o estranho.
- Conte sua história.
C.C.
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11/05/2009
Vida
Eu sou aquilo que fizeram de mim.
Sou aquilo que vi e ouvi, senti.
Sou uma busca errônea, uma tarde vazia, uma lua cheia, e uma certeza perdida.
Sou a luz em uma redoma de vidro, todos podem ver, mas ninguém pode tocar.
Sou a onda furiosa de uma tsunami, que devasta o que me destrói, sem saber quem é inocente ou culpado.
Sou o vento de um tornado, natureza milenar que encontra supremacia jovem pelo caminho.
Sou aquela que te alimenta, te sustenta, te dá vida.
Sou a luz que te ilumina.
Numa redoma de vidro.
Você não pode tocar.
Você não pode provar.
Mas você pode ver.
E se pode ver, por que não acredita?
Eu sou a força que te move, por mim tu levantas todos os dias.
Sou o canto dos pássaros, o zumbido dos insetos, pétalas de rosa, a beleza selvagem das orquídeas.
Sou a música de um luar sereno e o encanto do nascer do sol.
Você não pode tocar.
Não pode provar.
Mas você pode ver.
Eu moldei teus olhos para que enxergasse as belezas que te dediquei.
Mas você preferiu fechar os olhos.
E eu ainda estou aqui, mostrando que minha força é maior que a tua e meu poder é maior que o teu - como a mãe que castiga o filho - pois só assim, consegues me ver.
Eu sou o que fizeste de mim.
*Nem lembro quando escrevi o_o'
C.C.
Sou aquilo que vi e ouvi, senti.
Sou uma busca errônea, uma tarde vazia, uma lua cheia, e uma certeza perdida.
Sou a luz em uma redoma de vidro, todos podem ver, mas ninguém pode tocar.
Sou a onda furiosa de uma tsunami, que devasta o que me destrói, sem saber quem é inocente ou culpado.
Sou o vento de um tornado, natureza milenar que encontra supremacia jovem pelo caminho.
Sou aquela que te alimenta, te sustenta, te dá vida.
Sou a luz que te ilumina.
Numa redoma de vidro.
Você não pode tocar.
Você não pode provar.
Mas você pode ver.
E se pode ver, por que não acredita?
Eu sou a força que te move, por mim tu levantas todos os dias.
Sou o canto dos pássaros, o zumbido dos insetos, pétalas de rosa, a beleza selvagem das orquídeas.
Sou a música de um luar sereno e o encanto do nascer do sol.
Você não pode tocar.
Não pode provar.
Mas você pode ver.
Eu moldei teus olhos para que enxergasse as belezas que te dediquei.
Mas você preferiu fechar os olhos.
E eu ainda estou aqui, mostrando que minha força é maior que a tua e meu poder é maior que o teu - como a mãe que castiga o filho - pois só assim, consegues me ver.
Eu sou o que fizeste de mim.
*Nem lembro quando escrevi o_o'
C.C.
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Ensaio sobre a inércia
O que um Homem pensa o leva até um certo caminho, e são suas ações, não as dos outros, que traçam sua trajetória. Mesmo quando inertes, há conseqüencias. O ato de não fazer nada já é um ato em si, e pode nos levar a caminhos tortuosos e obscuros. "O homem está condenado a agir. Mesmo quando suas mãos estão amarradas, o homem está condenado a agir."¹
Não há espetáculo se não há platéia, mas uma hora ou outra, inevitavelmente, todos terão que cumprir com seu papel, no palco da vida.
¹Fala de Shankar em Caminho das Índias.
Julho de 2009
C.C.
Não há espetáculo se não há platéia, mas uma hora ou outra, inevitavelmente, todos terão que cumprir com seu papel, no palco da vida.
¹Fala de Shankar em Caminho das Índias.
Julho de 2009
C.C.
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11/03/2009
Terça-feira atípica
Ela acorda feliz e senta na frente do computador com sua caneca de café. Resolve ir mais cedo pra faculdade, e sobe o morro pra pegar o onibus...O onibus não aparece, ela desce o morro para esperar o próximo onibus que, maravilhosamente, passaria na frente da sua casa. O mesmo não aparece. Ela sobe o morro, descobre que houve uma paralisação; ela desce o morro, e num átimo de desespero diz para a tela do computador: Não vou mais!
Ela sai de casa, sobe o morro pela terceira vez e fica plantada no ponto até o onibus aparecer.
Chega na faculdade e descobre que tinha um exercício valendo ponto para entregar na última aula do dia. Lembra nitidamente de quando tirou o caderno desta mesma disciplina da mochila e substituiu pelo outro - mais leve.
Sai da aula às 17:10 e tenta resolver o exercício... resolve, entrega. O professor resolve o exercício em sala: tava tudo errado. "Tudo bem", ela pensa, "é a vida!"
Chega em casa cansada, as pernas doendo (ela é sedentária e subir um morro três vezes no mesmo dia debaixo de um sol sufocante é meio chato pra ela), e dá uma topada com o dedão no chão - sim, NO CHÃO - abre a geladeira: nada. Sorri, abre o armário e pega o último miojo: Hot sabor calabresa.
"Se só tem tu, vai tu mesmo -_-"
Abre o pacote de miojo e WEEEEEEEEEEEEEEEEEE pedaços de miojo pelo chão!!! \o/
Sorri, junta os pedacinhos fugitivos...
Senta na frente do PC e dá a primeira garfada no miojo: MEU DEUS MINHA BOCA TA ARDENDO!!!!
E ainda assim pensou: Nossa, que dia agradável, apesar de tudo... Realmente agradável...
O prato ainda cheio, ela digitando, a boca ardendo, e a certeza de que na manhã seguinte continuará a arder, mas tudo bem, afinal, foi um dia feliz =D
Fim xD
C.C.
Ela sai de casa, sobe o morro pela terceira vez e fica plantada no ponto até o onibus aparecer.
Chega na faculdade e descobre que tinha um exercício valendo ponto para entregar na última aula do dia. Lembra nitidamente de quando tirou o caderno desta mesma disciplina da mochila e substituiu pelo outro - mais leve.
Sai da aula às 17:10 e tenta resolver o exercício... resolve, entrega. O professor resolve o exercício em sala: tava tudo errado. "Tudo bem", ela pensa, "é a vida!"
Chega em casa cansada, as pernas doendo (ela é sedentária e subir um morro três vezes no mesmo dia debaixo de um sol sufocante é meio chato pra ela), e dá uma topada com o dedão no chão - sim, NO CHÃO - abre a geladeira: nada. Sorri, abre o armário e pega o último miojo: Hot sabor calabresa.
"Se só tem tu, vai tu mesmo -_-"
Abre o pacote de miojo e WEEEEEEEEEEEEEEEEEE pedaços de miojo pelo chão!!! \o/
Sorri, junta os pedacinhos fugitivos...
Senta na frente do PC e dá a primeira garfada no miojo: MEU DEUS MINHA BOCA TA ARDENDO!!!!
E ainda assim pensou: Nossa, que dia agradável, apesar de tudo... Realmente agradável...
O prato ainda cheio, ela digitando, a boca ardendo, e a certeza de que na manhã seguinte continuará a arder, mas tudo bem, afinal, foi um dia feliz =D
Fim xD
C.C.
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11/02/2009
Reflexos
Era como se chovesse dentro do meu peito... Aquela chuva morna de verão, que deixa as crianças eufóricas, brincando e correndo, encharcadas; sorrisos, gritos e palhaçadas. Era como se a primavera espalhasse dentro do meu peito o cheiro de jasmim, com sua brisa suave, os pés descalços na grama, e à minha frente um campo de flores silvestres.
Era como se o mar cobrisse minha alma com suas ondas, num movimento lento e harmonioso, num dia ensolarado de verão, com o céu azul enfeitado com nuvens brancas e fofas.
E com meus olhos fechados, parecia uma noite estrelada, com uma orquestra de cigarras e zumbidos embalando meus sonhos. E um vento leve soprando em meus ouvidos uma canção de ninar.
E eu podia andar descalça pela areia branca, ou correr sobre a grama molhada, nossas mãos entrelaçadas, nosso riso alegre, despreocupado, nossa alma plena.
E mesmo quando parecia que era outono em meu peito, com as folhas caindo vagarosamente até o chão, tinha aquele céu azul limpo, e o sol brilhava, radiante, dentro de mim.
E era como se cada segundo, durasse uma eternidade...
C.C.
Era como se o mar cobrisse minha alma com suas ondas, num movimento lento e harmonioso, num dia ensolarado de verão, com o céu azul enfeitado com nuvens brancas e fofas.
E com meus olhos fechados, parecia uma noite estrelada, com uma orquestra de cigarras e zumbidos embalando meus sonhos. E um vento leve soprando em meus ouvidos uma canção de ninar.
E eu podia andar descalça pela areia branca, ou correr sobre a grama molhada, nossas mãos entrelaçadas, nosso riso alegre, despreocupado, nossa alma plena.
E mesmo quando parecia que era outono em meu peito, com as folhas caindo vagarosamente até o chão, tinha aquele céu azul limpo, e o sol brilhava, radiante, dentro de mim.
E era como se cada segundo, durasse uma eternidade...
C.C.
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Reflexos
10/31/2009
Halloween again
Na cultura Celta, o Samhain, comemorado no dia 31 de outubro, marcava tanto o fim quanto o início de um novo ano. Nessa noite o véu entre o nosso mundo e o mundo dos mortos se torna mais tênue, sendo o tempo ideal para nos comunicarmos com quem já partiu.
Agora, deixando a cultura celta de lado...
HAPPY HALLOWEEN!!!!!
E homenageando o Rei do Horror nesta noite, com vocês, Jack!!
Não terei história de halloween este ano, a Morte está com a família em Vinhedo e não me dará a honra de sua presença nesta noite ilustre.
Mas!
Como sua serva fiel desejo, em nome dela, um feliz halloween para todos xD
E irei comemorá-lo assistindo um filminho de terror mais tarde \o/ \o/
C.C.
Agora, deixando a cultura celta de lado...
HAPPY HALLOWEEN!!!!!
E homenageando o Rei do Horror nesta noite, com vocês, Jack!!
Não terei história de halloween este ano, a Morte está com a família em Vinhedo e não me dará a honra de sua presença nesta noite ilustre.
Mas!
Como sua serva fiel desejo, em nome dela, um feliz halloween para todos xD
E irei comemorá-lo assistindo um filminho de terror mais tarde \o/ \o/
C.C.
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10/26/2009
Les Memoires Blessees - Piano Improvisation
Samuca tocando uma improvisação de Les Memoires Blessees da banda Dark Sanctuary. É incrível como ele consegue pegar uma música de ouvido e transformá-la dessa forma O.o
A música original é um dueto de piano e violino, bem simples, mas é uma das minhas músicas preferidas, e essa versão do samuca ficou linda, fui obrigada a colocá-la aqui.
Para os que leram Contos do Reino das Trevas (que por acaso está meio parado no tempo, soooorry), esta é a música que deu origem ao Hamon, e toda vez que a ouço posso fechar os olhos e vê-lo sentado em frente ao piano, tocando... É a música que sai da sua alma.
Obrigada Samuca^^
Eu realmente adorei*-*
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Samuel R. Auras
10/15/2009
Quatro Estações (Mestre Stephen King)
Outono da Inocência
"As coisas mais importantes são as mais difíceis de expressar. São coisas das quais você se envergonha, pois as palavras as diminuem - as palavras reduzem as coisas que pareciam ilimitáveis quando estavam dentro de você à mera dimensão normal quando são reveladas. Mas é mais que isso, não? As coisas mais importantes estão muito perto de onde seu segredo está enterrado, como pontos de referência para um tesouro que seus inimigos adorariam roubar. E você pode fazer revelações que lhe são muito difíceis e as pessoas o olharem de maneira esquisita, sem entender nada do que você disse nem por que eram tão importantes que você quase chorou enquanto estava falando. Isso é pior, eu acho. Quando o segredo fica trancado lá dentro não por falta de um narrador, mas de alguém que compreenda."
página 1.
Volume três de Quatro Estações, de Stephen King
C.C.
"As coisas mais importantes são as mais difíceis de expressar. São coisas das quais você se envergonha, pois as palavras as diminuem - as palavras reduzem as coisas que pareciam ilimitáveis quando estavam dentro de você à mera dimensão normal quando são reveladas. Mas é mais que isso, não? As coisas mais importantes estão muito perto de onde seu segredo está enterrado, como pontos de referência para um tesouro que seus inimigos adorariam roubar. E você pode fazer revelações que lhe são muito difíceis e as pessoas o olharem de maneira esquisita, sem entender nada do que você disse nem por que eram tão importantes que você quase chorou enquanto estava falando. Isso é pior, eu acho. Quando o segredo fica trancado lá dentro não por falta de um narrador, mas de alguém que compreenda."
página 1.
Volume três de Quatro Estações, de Stephen King
C.C.
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10/14/2009
Mais um sobre nós
Corro as pontas dos dedos sobre as teclas, não há nada que eu possa dizer sobre mim, ou sobre os meus atos, sobre a minha vida ou as minhas razões. Sei que dentro deste receptáculo existe algo bom, que luta insistentemente, a cada segundo, com algo ruim.
Então, às vezes, sento na frente de um computador, abro uma janela que diz "Nova postagem", e começo a teclar. Devagar no início, correndo no fim.
Talvez fale sobre algo profundo, talvez fale sobre a vida, outras vezes posso falar sobre nada. Mas mesmo quando falo sobre nada, minhas palavras não são vazias, ao menos, não deveriam ser, cada uma carrega uma forte impressão ou sentimento, mas não sei se outros os podem perceber. Outros.
Ontem pensava sobre isso, os outros, e nós.
Por que temos a mania de classificar os outros como outros. Os outros não sabem, os outros não entendem, os outros não percebem, os outros não vêem. Vivemos no mesmo mundo achando que o mundo pertence a um eu, e não a todos os outros e ao nosso eu. Os outros sempre são o nosso maior problema. Se fulano não fosse tão assim, se ciclano não fosse tão assado. E o eu? Não gostamos de olhar no espelho e perguntar se o eu é um problema para um outro, afinal, se o for, o problema é do outro, não é?
Não. Mas cada um tem direito à sua opinião. E a minha opinião é a de que o problema sou eu, e se aquilo de bom dentro de mim não lutar com aquilo ruim, se meu lado altruísta não lutar com meu lado egoísta, se meu lado pacífico não lutar com meu lado bélico e meu lado alegre não lutar com meu lado triste, o problema é meu, mas é também dos outros, por que cada ação minha, reflete na vida do outro. Cada ação.
É uma lei da natureza, vale para qualquer coisa, para qualquer um, não apenas no estudo da física. Cada ação tem uma reação. Ninguém está imune à ela. Mas...
Queremos ser individuais em um mundo onde ninguém está sozinho, e é aí, justamente aí, que nasce nossos problemas.
Afinal de contas, nada melhor que soltar um "Dane-se, a vida é minha."
A vida é sua, mas infelizmente, o mundo não.
C.C.
Então, às vezes, sento na frente de um computador, abro uma janela que diz "Nova postagem", e começo a teclar. Devagar no início, correndo no fim.
Talvez fale sobre algo profundo, talvez fale sobre a vida, outras vezes posso falar sobre nada. Mas mesmo quando falo sobre nada, minhas palavras não são vazias, ao menos, não deveriam ser, cada uma carrega uma forte impressão ou sentimento, mas não sei se outros os podem perceber. Outros.
Ontem pensava sobre isso, os outros, e nós.
Por que temos a mania de classificar os outros como outros. Os outros não sabem, os outros não entendem, os outros não percebem, os outros não vêem. Vivemos no mesmo mundo achando que o mundo pertence a um eu, e não a todos os outros e ao nosso eu. Os outros sempre são o nosso maior problema. Se fulano não fosse tão assim, se ciclano não fosse tão assado. E o eu? Não gostamos de olhar no espelho e perguntar se o eu é um problema para um outro, afinal, se o for, o problema é do outro, não é?
Não. Mas cada um tem direito à sua opinião. E a minha opinião é a de que o problema sou eu, e se aquilo de bom dentro de mim não lutar com aquilo ruim, se meu lado altruísta não lutar com meu lado egoísta, se meu lado pacífico não lutar com meu lado bélico e meu lado alegre não lutar com meu lado triste, o problema é meu, mas é também dos outros, por que cada ação minha, reflete na vida do outro. Cada ação.
É uma lei da natureza, vale para qualquer coisa, para qualquer um, não apenas no estudo da física. Cada ação tem uma reação. Ninguém está imune à ela. Mas...
Queremos ser individuais em um mundo onde ninguém está sozinho, e é aí, justamente aí, que nasce nossos problemas.
Afinal de contas, nada melhor que soltar um "Dane-se, a vida é minha."
A vida é sua, mas infelizmente, o mundo não.
C.C.
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10/05/2009
Reflexos
Busca
Era noite ainda, os postes de iluminação estavam acesos. Ele andava pela rua deserta arrastando sua mochila pelo chão. Estava cansado, seu corpo doía e sua mente parecia querer explodir dentro de sua cabeça. O que havia feito? Onde havia se perdido? em que momento deixara tudo para trás e embarcara naquela aventura louca, em busca de respostas que nunca seriam encontradas.
Parou em baixo de um poste e ficou olhando algumas mariposas voejando em volta da luz. Sentou-se no meio fio, puxando a mochila para perto do corpo. Estava praticamente vazia, não restara mais nada para ele, a não ser aquela sensação de impotência, de perda, um vazio imenso dentro de si. Olhou para os lados, para a rua onde crescera, estava tudo mudado, não reconhecia nada. Duvidava que alguém ainda fosse capaz de reconhecê-lo também, ele mesmo tomara um susto ao olhar-se no espelho, não era mais o seu rosto, não eram os seus olhos, não era ele.
Quanto tempo? Pensou, enquanto fitava o reflexo de um homem que não conhecia e tentava aceitar que fosse o seu próprio. Não sabia dizer... Tempo. Anos, dias, meses... Poderiam ter sido séculos e ainda assim não faria sentido. Nada fazia sentido agora. ele saíra em busca de uma resposta, sem estar certo da pergunta, sabendo que nunca a encontraria, e isso o mantinha vivo, ele tinha um propósito. Nunca imaginou que pudesse empenhar-se tanto, nunca antes dera atenção a qualquer coisa, a qualquer um.
Olhando-se no espelho ele soube o que fazia com que parecesse outra pessoa, um ser completamente diferente do que ele era, completamente diferente de qualquer homem sobre a terra.
Empenhara-se tanto, buscara tanto, e agora o peso da resposta curvara seus ombros e apagara o brilho de seus olhos. Não tinha para onde ir, nunca tivera de fato um lar, então colocou a mochila nas costas e deixou que seus pés o guiassem. E ali estava ele agora, sentado no meio fio, em frente à sua antiga casa, que agora era um prédio comercial.
Uma nuvem moveu-se no céu e a luz do luar iluminou o chão.
- Sem propósito. - Disse com a voz rouca. Olhou para o céu, estava nublado.
- Sem propósito algum.
Levantou-se, ainda encarando a lua.
- O que eu faço agora? - Tinha adquirido o hábito de conversar com o astro que o guiara durante tantas noites em sua jornada.- Não tenho casa, não tenho família, amigos, dinheiro, nada.
- Mas você tem a resposta. - Era aquela voz zombeteira novamente, que ele resolvera chamar de consciência.
- Vá para o inferno!
- Não era o que você queria? A Resposta?
- Deixe-me em paz...- Caiu de joelhos.
- Vou te dizer o que você deve fazer...
- Cale a boca! Não quero ouvir nada...
- Mais do que a resposta, você tem o conhecimento. Se não há mais caminho para percorrer, pare. Pare e olhe à sua volta. veja agora o mundo, com os olhos de quem sabe.
- O que ganho com isso?
- E o que ganhou com sua jornada? O vazio? O tédio? Que prêmio você conseguiu?! Pare!
Há um mundo novo surgindo diante de seus olhos, contemple-o, converse, chore se quiser chorar. Agora você pode ser quem você é.
- Quem sou... Eu não sei quem sou. - Disse com voz amargurada.
- E é por isso que sua jornada não te levou a lugar nenhum. Agora você sabe o que deve procurar, e é você mesmo.
Uma lágrima desceu por sua face, ele a provou com a língua.
- Salgada.
Levantou-se. Pela manhã encontraria um novo mundo, um mundo que veria pela primeira vez com seus novos olhos, olhos de quem não sabe quem é, e que não se importa se levar a vida toda para descobrir.
C.C.
Era noite ainda, os postes de iluminação estavam acesos. Ele andava pela rua deserta arrastando sua mochila pelo chão. Estava cansado, seu corpo doía e sua mente parecia querer explodir dentro de sua cabeça. O que havia feito? Onde havia se perdido? em que momento deixara tudo para trás e embarcara naquela aventura louca, em busca de respostas que nunca seriam encontradas.
Parou em baixo de um poste e ficou olhando algumas mariposas voejando em volta da luz. Sentou-se no meio fio, puxando a mochila para perto do corpo. Estava praticamente vazia, não restara mais nada para ele, a não ser aquela sensação de impotência, de perda, um vazio imenso dentro de si. Olhou para os lados, para a rua onde crescera, estava tudo mudado, não reconhecia nada. Duvidava que alguém ainda fosse capaz de reconhecê-lo também, ele mesmo tomara um susto ao olhar-se no espelho, não era mais o seu rosto, não eram os seus olhos, não era ele.
Quanto tempo? Pensou, enquanto fitava o reflexo de um homem que não conhecia e tentava aceitar que fosse o seu próprio. Não sabia dizer... Tempo. Anos, dias, meses... Poderiam ter sido séculos e ainda assim não faria sentido. Nada fazia sentido agora. ele saíra em busca de uma resposta, sem estar certo da pergunta, sabendo que nunca a encontraria, e isso o mantinha vivo, ele tinha um propósito. Nunca imaginou que pudesse empenhar-se tanto, nunca antes dera atenção a qualquer coisa, a qualquer um.
Olhando-se no espelho ele soube o que fazia com que parecesse outra pessoa, um ser completamente diferente do que ele era, completamente diferente de qualquer homem sobre a terra.
Empenhara-se tanto, buscara tanto, e agora o peso da resposta curvara seus ombros e apagara o brilho de seus olhos. Não tinha para onde ir, nunca tivera de fato um lar, então colocou a mochila nas costas e deixou que seus pés o guiassem. E ali estava ele agora, sentado no meio fio, em frente à sua antiga casa, que agora era um prédio comercial.
Uma nuvem moveu-se no céu e a luz do luar iluminou o chão.
- Sem propósito. - Disse com a voz rouca. Olhou para o céu, estava nublado.
- Sem propósito algum.
Levantou-se, ainda encarando a lua.
- O que eu faço agora? - Tinha adquirido o hábito de conversar com o astro que o guiara durante tantas noites em sua jornada.- Não tenho casa, não tenho família, amigos, dinheiro, nada.
- Mas você tem a resposta. - Era aquela voz zombeteira novamente, que ele resolvera chamar de consciência.
- Vá para o inferno!
- Não era o que você queria? A Resposta?
- Deixe-me em paz...- Caiu de joelhos.
- Vou te dizer o que você deve fazer...
- Cale a boca! Não quero ouvir nada...
- Mais do que a resposta, você tem o conhecimento. Se não há mais caminho para percorrer, pare. Pare e olhe à sua volta. veja agora o mundo, com os olhos de quem sabe.
- O que ganho com isso?
- E o que ganhou com sua jornada? O vazio? O tédio? Que prêmio você conseguiu?! Pare!
Há um mundo novo surgindo diante de seus olhos, contemple-o, converse, chore se quiser chorar. Agora você pode ser quem você é.
- Quem sou... Eu não sei quem sou. - Disse com voz amargurada.
- E é por isso que sua jornada não te levou a lugar nenhum. Agora você sabe o que deve procurar, e é você mesmo.
Uma lágrima desceu por sua face, ele a provou com a língua.
- Salgada.
Levantou-se. Pela manhã encontraria um novo mundo, um mundo que veria pela primeira vez com seus novos olhos, olhos de quem não sabe quem é, e que não se importa se levar a vida toda para descobrir.
C.C.
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Reflexos
9/21/2009
Good Enough
Evanescence
Composição: Amy Lee
Under your spell again
I can't say no to you
Crave my heart and it's bleeding in your hand
I can't say no to you
Shouldn't have let you torture me so sweetly
Now I can't let go of this dream
I can't breathe but I feel good enough
I feel good enough for you
Drink up sweet decadence
I can't say no to you
And I've completly lost myself and I don't mind
I can't say no to you
Shouldn't let you conquer me completly
Now I can't let go of this dream
Can't believe that I feel good enough
I feel good enough
It's been such a long time coming, but I feel good
And I'm still waiting for the rain to fall
Pour real life down on me
Cause I can't hold on to anything this good enough
Am I good enough for you to love me too?
So take care what you ask of me
Cause I can't say no
C.C.
Composição: Amy Lee
Under your spell again
I can't say no to you
Crave my heart and it's bleeding in your hand
I can't say no to you
Shouldn't have let you torture me so sweetly
Now I can't let go of this dream
I can't breathe but I feel good enough
I feel good enough for you
Drink up sweet decadence
I can't say no to you
And I've completly lost myself and I don't mind
I can't say no to you
Shouldn't let you conquer me completly
Now I can't let go of this dream
Can't believe that I feel good enough
I feel good enough
It's been such a long time coming, but I feel good
And I'm still waiting for the rain to fall
Pour real life down on me
Cause I can't hold on to anything this good enough
Am I good enough for you to love me too?
So take care what you ask of me
Cause I can't say no
C.C.
9/20/2009
Reflexos
Sentia a vontade de renascer crescendo, como uma luz que saísse de dentro para fora, iluminando a escuridão em que se encontrava. Sentia o chamado do mundo, de almas que buscavam a sua, de olhares que tocavam o seu. Outras vidas batendo à porta de sua fortaleza em ruínas, ela sentia que era hora de dar um passo adiante, e deixar o passado atrás de si, com todas as lembranças, com todas as tristezas, e carregar consigo somente as risadas e o vento batendo no rosto, o toque, o brilho dos olhos, da alma.
Foi, um pé na frente do outro, reaprendendo a andar, sem a influência, tentando reestabelecer a independência. O sol iluminou seus olhos e o vento balançou seus cabelos. Longe do sorriso, do cheiro, ela sentiu a grama sob seus pés e correu descalça, cheirando flores, admirando pássaros, fitando o por do sol. Uma sensação de liberdade aflorou, e ela sorriu.
A cada passo a distância aumentava, e um dia, de repente, a saudade insinuou-se em seus sonhos, e sentiu falta.
Os olhos que decidira abandonar voltaram para lhe dizer que sentiam saudades, e o sorriso iluminou-se para prendê-los em um abraço de almas. Almas que se entendem, que se complementam... Almas que sofrem.
E lá estava novamente, em sua fortaleza semi-destruída, seguindo um pequeno faixo de luz, tentando reencontrar o caminho para a liberdade.
Novamente, um passo de cada vez.
Foi, um pé na frente do outro, reaprendendo a andar, sem a influência, tentando reestabelecer a independência. O sol iluminou seus olhos e o vento balançou seus cabelos. Longe do sorriso, do cheiro, ela sentiu a grama sob seus pés e correu descalça, cheirando flores, admirando pássaros, fitando o por do sol. Uma sensação de liberdade aflorou, e ela sorriu.
A cada passo a distância aumentava, e um dia, de repente, a saudade insinuou-se em seus sonhos, e sentiu falta.
Os olhos que decidira abandonar voltaram para lhe dizer que sentiam saudades, e o sorriso iluminou-se para prendê-los em um abraço de almas. Almas que se entendem, que se complementam... Almas que sofrem.
E lá estava novamente, em sua fortaleza semi-destruída, seguindo um pequeno faixo de luz, tentando reencontrar o caminho para a liberdade.
Novamente, um passo de cada vez.
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Reflexos
9/06/2009
Reflexos
Eu não consigo esquecer que dentro de mim mora uma parte que é sua.
Quando há tanto tempo eu olhei para o céu e pedi que você viesse, a lua deveria ter-me dito naquele momento que não adiantaria.
Há uma promessa quebrada em meu peito, que abafa minha respiração, acelera meu coração e me transforma nos momentos em que a esperança era mais forte que a realidade, e sentindo seu toque, eu sabia que era real. Estávamos fadados um ao outro.
Transporto meu ser pelo espaço-tempo e sinto seu cheiro invadindo minha mente, movendo meus olhos para onde estavam os teus.
A lua deveria ter-me dito. Eu teria então chorado ante sua luminosidade impiedosa. Nada me impediria de seguir em frente, mas ao menos eu teria o aviso de alerta em minha mente a cada volta à realidade, eu teria a lembrança da Senhora da noite a fitar-me com olhos de pena e a dizer-me que tudo seria em vão.
Hoje olho para o céu e sei que ela tentou avisar-me. Mas fechei meus olhos. Fechei-me inteira ante qualquer possibilidade de perder-te. Mas a brisa sussurra em meus ouvidos que não podemos perder aquilo que nunca tivemos.
Em meu mundo você ainda é luz. Mas meu coração sabe que tal qual a lua, sua luz é inatingível, e a aceito como guia, iluminando minha escuridão.
C.C.
Quando há tanto tempo eu olhei para o céu e pedi que você viesse, a lua deveria ter-me dito naquele momento que não adiantaria.
Há uma promessa quebrada em meu peito, que abafa minha respiração, acelera meu coração e me transforma nos momentos em que a esperança era mais forte que a realidade, e sentindo seu toque, eu sabia que era real. Estávamos fadados um ao outro.
Transporto meu ser pelo espaço-tempo e sinto seu cheiro invadindo minha mente, movendo meus olhos para onde estavam os teus.
A lua deveria ter-me dito. Eu teria então chorado ante sua luminosidade impiedosa. Nada me impediria de seguir em frente, mas ao menos eu teria o aviso de alerta em minha mente a cada volta à realidade, eu teria a lembrança da Senhora da noite a fitar-me com olhos de pena e a dizer-me que tudo seria em vão.
Hoje olho para o céu e sei que ela tentou avisar-me. Mas fechei meus olhos. Fechei-me inteira ante qualquer possibilidade de perder-te. Mas a brisa sussurra em meus ouvidos que não podemos perder aquilo que nunca tivemos.
Em meu mundo você ainda é luz. Mas meu coração sabe que tal qual a lua, sua luz é inatingível, e a aceito como guia, iluminando minha escuridão.
C.C.
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Reflexos
9/03/2009
História de outra mente.
Reminiscências
Era uma manhã cinzenta, o som das sirenes invadiam seu quarto através do pequeno orifício que havia em sua janela, já nem lembrava mais há quanto tempo ele existia. Sentou-se na cama, ignorando os pálidos raios de luz que insinuavam-se pelo chão. Lembrava-se do sonho, tão real quanto a lembrança que invocava. Quase todas as noites ela revivia as mesmas cenas: morte, sangue, dor, gritos, sirenes, fogo. Mas não naquela noite. Durante o sonho ela revivera o dia em que se despedira de vez de seu amado, e diante de seu túmulo, em meio ao caos de mais um ataque, jurara vingança.
Era uma manhã como aquela, o céu cinzento, algumas gotas de chuva caindo... Lembrava-se de que não havia dormido. Passara a noite toda andando pela cidade, desviando-se de poças de sangue, cadáveres, pedaços de concreto e madeira queimada. Algumas casas - ou o que restara delas - ainda ardiam em chamas, e iluminavam a cidade devastada. Com os pés descalços, machucados, e uma faixa cobrindo metade do braço e toda a mão direita, ela vagou. Um pouco antes da luminosidade surgir no horizonte - apesar da guerra e do caos, ela ainda surgia - parou em frente a um portão de ferro trabalhado, o cemitério. Entrou. Caminhou sem pressa por entre as covas e tumbas, percebendo que aos poucos sua audição voltava. Parou em frente a uma lápide.
- Dois meses...- Disse, ajoelhando-se e removendo alguns pedaços de ferro - destroços de alguma tumba que provavelmente fora saqueada ou atingida. Na lápide, algumas palavras já apagadas, a pedra não estava inteira. Nem os mortos tinham paz.
"Como posso olhar para aquele espaço vazio. Como aprender a suportar a dor que a saudade trás. Como ser humano, eu gostaria de entender. O que me faz suportar a pontada no peito. Como eu consigo lutar contra a vontade de deixar tudo. Como eu consigo suportar a vontade de igualar meu corpo à minha alma, e cortar meu ser em mil pedaços.
Ando pelas ruas esperando que um desastre me tire da rotina que a falta de seu sorriso me impôs. Sinto que poderia explodir e espalhar-me em sangue e carne e lágrimas, pelo chão, e isto não faria diferença. Não me importa estar viva ou morta, ou inteira. Prendo-me a estes sentimentos e luto contra os meus sentidos. Abafo os ruídos do mundo que me cerca, com o som interminável e rouco do seu grito de dor.
Com os olhos fechados para a realidade que me atropela com seu descaso e incompreensão, o que me guia pelas ruas e campos devastados, por entre corpos e estilhaços, é o meu eu inconsciente. Como se minhas pernas ganhassem vida, levando-me até os lugares onde esperam te encontrar. Mas só o que encontram é o mesmo escuro, frio e insuportável espaço vazio.
Meus olhos criam sua imagem, e elas correm até sua presença - ausente. Não há nada lá. Não há nada em lugar algum, e a ausência da sua voz pesa em meus ouvidos; a ausência de seu rosto cega meus olhos e a ausência de seu toque adormece meu tato.
A ausência. Sua ausência... É só o que resta em meu coração."
Sonja* Sonneschein
*Lê-se Sônia.
Um amigo da faculdade está escrevendo uma história, e a Sonja tem base na minha pessoa xD
Estou ajudando a dar um passado para ela... Só o Délio sabe do futuro^^
C.C.
Era uma manhã cinzenta, o som das sirenes invadiam seu quarto através do pequeno orifício que havia em sua janela, já nem lembrava mais há quanto tempo ele existia. Sentou-se na cama, ignorando os pálidos raios de luz que insinuavam-se pelo chão. Lembrava-se do sonho, tão real quanto a lembrança que invocava. Quase todas as noites ela revivia as mesmas cenas: morte, sangue, dor, gritos, sirenes, fogo. Mas não naquela noite. Durante o sonho ela revivera o dia em que se despedira de vez de seu amado, e diante de seu túmulo, em meio ao caos de mais um ataque, jurara vingança.
Era uma manhã como aquela, o céu cinzento, algumas gotas de chuva caindo... Lembrava-se de que não havia dormido. Passara a noite toda andando pela cidade, desviando-se de poças de sangue, cadáveres, pedaços de concreto e madeira queimada. Algumas casas - ou o que restara delas - ainda ardiam em chamas, e iluminavam a cidade devastada. Com os pés descalços, machucados, e uma faixa cobrindo metade do braço e toda a mão direita, ela vagou. Um pouco antes da luminosidade surgir no horizonte - apesar da guerra e do caos, ela ainda surgia - parou em frente a um portão de ferro trabalhado, o cemitério. Entrou. Caminhou sem pressa por entre as covas e tumbas, percebendo que aos poucos sua audição voltava. Parou em frente a uma lápide.
- Dois meses...- Disse, ajoelhando-se e removendo alguns pedaços de ferro - destroços de alguma tumba que provavelmente fora saqueada ou atingida. Na lápide, algumas palavras já apagadas, a pedra não estava inteira. Nem os mortos tinham paz.
"Como posso olhar para aquele espaço vazio. Como aprender a suportar a dor que a saudade trás. Como ser humano, eu gostaria de entender. O que me faz suportar a pontada no peito. Como eu consigo lutar contra a vontade de deixar tudo. Como eu consigo suportar a vontade de igualar meu corpo à minha alma, e cortar meu ser em mil pedaços.
Ando pelas ruas esperando que um desastre me tire da rotina que a falta de seu sorriso me impôs. Sinto que poderia explodir e espalhar-me em sangue e carne e lágrimas, pelo chão, e isto não faria diferença. Não me importa estar viva ou morta, ou inteira. Prendo-me a estes sentimentos e luto contra os meus sentidos. Abafo os ruídos do mundo que me cerca, com o som interminável e rouco do seu grito de dor.
Com os olhos fechados para a realidade que me atropela com seu descaso e incompreensão, o que me guia pelas ruas e campos devastados, por entre corpos e estilhaços, é o meu eu inconsciente. Como se minhas pernas ganhassem vida, levando-me até os lugares onde esperam te encontrar. Mas só o que encontram é o mesmo escuro, frio e insuportável espaço vazio.
Meus olhos criam sua imagem, e elas correm até sua presença - ausente. Não há nada lá. Não há nada em lugar algum, e a ausência da sua voz pesa em meus ouvidos; a ausência de seu rosto cega meus olhos e a ausência de seu toque adormece meu tato.
A ausência. Sua ausência... É só o que resta em meu coração."
Sonja* Sonneschein
*Lê-se Sônia.
Um amigo da faculdade está escrevendo uma história, e a Sonja tem base na minha pessoa xD
Estou ajudando a dar um passado para ela... Só o Délio sabe do futuro^^
C.C.
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Sonja
8/24/2009
Trégua e pôr-do-sol
Ai ai...
O semestre começou num stress que só vendo. Achei que já estava vislumbrando o resto do ano só naquele início infeliz.
Mas... Sou ou não uma sobrevivente de mim mesma? Aquela que procura desesperadamente um complexo dentro de si mesma, só para ficar se martirizando, e depois sair sorrindo e cantarolando como a vida é linda, como a vida é bela, depois de finalmente livrar-se do maldito complexo que, muitas vezes, eu mesma criei.
Sim, sou uma sobrevivente, fugindo do meu carrasco sempre que a lâmina do machado está por um fio em meu pescoço. Algumas vezes posso até sair com um filete de sangue escorrendo, mas o que é um pouquinho de sangue, comparado com a maravilha de se estar vivo?
Não sei se o maldito carrasco vai voltar, essa última escapada foi um tanto dura, e por vezes achei que não conseguiria... Mas aprendi muitas coisas, tantas! Sobre mim, sobre as pessoas, sobre o mundo. Coisas que não irão se perder com o fato de eu estar livre novamente, por que o aprendizado foi doloroso. Espero, e farei o possível (e o impossível), que ele não volte. Espero que essa luta realmente tenha chegado ao fim, e que eu esteja mais preparada para a próxima.
Enquanto isso, aproveito a trégua para viver, para sorrir, para cantar, para dizer para quem está ao meu lado: Olha, que árvore linda! Com essas flores lindas! Adoro a primavera *-* - eu sei que ainda não estamos na primavera... Só estou dizendo hehehe.
Talvez eu esteja parecendo meio fora do ar, ou dançando no ar... Mas que seja, temos que aproveitar cada momento, e esse é o meu momento de estar feliz porque venci uma batalha, e de dançar no ar se sentir vontade de dançar no ar, e o que as pessoas pensam, sinceramente, não me importa muito agora.
*Foto tirada dentro do ônibus nos últimos segundos antes do sol se pôr, graças ao Samuca^^
C.C.
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8/18/2009
Little Beetle
O pequeno besouro
Quer sua casa de volta
O pequeno besouro
Foi levado para longe
Para um lugar estranho
Onde o barulho
É insuportável
E a luz é fraca.
O pequeno besouro
Que quis explorar um novo mundo
Agora quer sentir o significado
Da palavra lar.
C.C.
Quer sua casa de volta
O pequeno besouro
Foi levado para longe
Para um lugar estranho
Onde o barulho
É insuportável
E a luz é fraca.
O pequeno besouro
Que quis explorar um novo mundo
Agora quer sentir o significado
Da palavra lar.
C.C.
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8/15/2009
Dirty Mind
Sara Melson
Summer's getting hotter and winter's growing colder
And everybody's turning another year older
I wonder when I'll be lying head to toe again
With you my friend
And time will stop and space will bend
Please come find me with your dirty mind
Here you come just like a meteor shower
Call me up at the dreamiest hour
Sighing with your lazy voice on the phone
Oh please come find me with your dirty mind
Hold me down until I cry
With your wicked secret smile
Hold me down until I cry
With your wicked secret smile
Hold me down and make me cry
Please come find me with your dirty mind
Hold me down until I cry
Please come find me with your dirty mind
Do seriado South of Nowhere
C.C.
Summer's getting hotter and winter's growing colder
And everybody's turning another year older
I wonder when I'll be lying head to toe again
With you my friend
And time will stop and space will bend
Please come find me with your dirty mind
Here you come just like a meteor shower
Call me up at the dreamiest hour
Sighing with your lazy voice on the phone
Oh please come find me with your dirty mind
Hold me down until I cry
With your wicked secret smile
Hold me down until I cry
With your wicked secret smile
Hold me down and make me cry
Please come find me with your dirty mind
Hold me down until I cry
Please come find me with your dirty mind
Do seriado South of Nowhere
C.C.
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8/12/2009
Dom
Sair de mim, dar um tempo. Minha habilidade de defesa é maravilhosa. Ainda não sei como apertar o botão, nem onde ele está. Parece um dom, e eu não o desprezo. Este dom que me mantém à salvo quando tudo está por um fio. Este dom que me faz olhar para o céu azul num dia de inverno, e admirar as cores do mundo. Este dom que me leva para longe do meu poço de auto piedade. Ele me empurra para fora quando chego no fundo, impede que me afogue em lágrimas.
O dom que me faz olhar para tudo com estes olhos de curiosidade inocente. Desfaz o aperto no peito e coloca um sorriso no meu rosto.
Alguma coisa deveria me incomodar, algo que este dom faz com que pareça um sonho meio esquecido. Sei que está lá, mas não penso sobre isso, não tem importância. O que importa é o morro verde contra o céu azul, a folha caindo no chão, o vento tocando meu rosto. O que importa é esta vontade de ficar aqui, de esquecer do almoço, esquecer da vida. Tenho este dia para mim, esta tarde para ser nada, só pensamentos e palavras, divagações rasas sobre uma idéia que pode ser boa. Só o que importa é ficar olhando para o nada, transformo meu corpo no receptáculo de uma mente em expansão.
A música é boa, não quero saber o que a letra diz, quero sentir a melodia.
Interpretações não têm lugar neste dia governado pelo Dom.
C.C.
O dom que me faz olhar para tudo com estes olhos de curiosidade inocente. Desfaz o aperto no peito e coloca um sorriso no meu rosto.
Alguma coisa deveria me incomodar, algo que este dom faz com que pareça um sonho meio esquecido. Sei que está lá, mas não penso sobre isso, não tem importância. O que importa é o morro verde contra o céu azul, a folha caindo no chão, o vento tocando meu rosto. O que importa é esta vontade de ficar aqui, de esquecer do almoço, esquecer da vida. Tenho este dia para mim, esta tarde para ser nada, só pensamentos e palavras, divagações rasas sobre uma idéia que pode ser boa. Só o que importa é ficar olhando para o nada, transformo meu corpo no receptáculo de uma mente em expansão.
A música é boa, não quero saber o que a letra diz, quero sentir a melodia.
Interpretações não têm lugar neste dia governado pelo Dom.
C.C.
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8/08/2009
Reflexos
Ele sentou-se em frente ao piano, e seus dedos começaram a percorrer as teclas lentamente enquanto ele fitava o céu azul e as ondas que iam e vinham. Seus dedos agitavam-se; fechou os olhos e curvou-se sobre o piano. A música emanava dele, seu coração batendo mais depressa, e a espera, a procura saíndo de sua alma e transbordando em seu peito, transformando-se em notas que ecoavam pela praia deserta, espalhando-se pela areia e tocando as ondas - o som parecia atraí-las. A brisa suave agitava as folhas de uma árvore próxima e nuvens encobriam o céu. Como se o mundo quisesse unir-se à sua dor, o som ganhava vida, o mar rugia, o vento furioso agitava seus cabelos e nuvens escuras agitavam-se sobre o mar, misturando-se com as ondas que avançavam sobre ele. A música parecia abarcar tudo à sua volta, e quando seu peito explodiu em lágrimas, o céu chorou, derramando uma tempestade sobre o mar, lavando seu rosto, e sua alma. Ele tocava com uma paixão profunda e a intensidade de seu pesar transformava o tempo e o espaço, invocando imagens e lembranças que ganhavam vida em seus dedos.
O riso, o toque, os olhos claros e brilhantes...
Aos poucos, a tempestade foi acalmando, dando lugar a uma chuva fina e fria que corria por seu rosto. A face agora voltada para o horizonte, e os olhos fechados abriam-se vagarosamente, como o sol que voltava a surgir por entre as nuvens. Os olhos abertos fitando o horizonte; nas ondas a luz do sol refletia e se espalhava, sentiu o calor tocando seu rosto. A música foi diminuindo e as ondas, agora mais calmas, pareciam um espelho refletindo o céu claro e rosado. Seu coração começou a bater mais devagar, à medida que as notas diminuíam, e a música cessou assim que o sol se escondeu atrás do horizonte.
A brisa voltou, suave, e o barulho do mar parecia um sussurro em seus ouvidos. Olhando para a lua, seu brilho parecia dizer:"Decifra-me, ou devoro-te," e pensou, enxugando uma última lágrima, que era o mesmo que lia em seu olhar.
(Inspirado na música The Sevehr Song - Samuel R. Auras)
C.C.
O riso, o toque, os olhos claros e brilhantes...
Aos poucos, a tempestade foi acalmando, dando lugar a uma chuva fina e fria que corria por seu rosto. A face agora voltada para o horizonte, e os olhos fechados abriam-se vagarosamente, como o sol que voltava a surgir por entre as nuvens. Os olhos abertos fitando o horizonte; nas ondas a luz do sol refletia e se espalhava, sentiu o calor tocando seu rosto. A música foi diminuindo e as ondas, agora mais calmas, pareciam um espelho refletindo o céu claro e rosado. Seu coração começou a bater mais devagar, à medida que as notas diminuíam, e a música cessou assim que o sol se escondeu atrás do horizonte.
A brisa voltou, suave, e o barulho do mar parecia um sussurro em seus ouvidos. Olhando para a lua, seu brilho parecia dizer:"Decifra-me, ou devoro-te," e pensou, enxugando uma última lágrima, que era o mesmo que lia em seu olhar.
(Inspirado na música The Sevehr Song - Samuel R. Auras)
C.C.
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Reflexos
8/07/2009
Outro livro, outra dica.
Você está apaixonado? Já se apaixonou? Sofreu por amor? Ama?
Encontrei um livro muito peculiar na biblioteca essa semana. Nada nele me chamou a atenção: Nem o título, nem a capa, nem o autor... Mas assim mesmo, por um destes acasos do destino, resolvi dar uma chance e abrí-lo. Índice estranho, estrutura estranha. De que se trata afinal? Não é romance, não é didático... É o tipo de livro que nunca tive vontade de ler. "Fragmentos de um discurso amoroso" é um livro que prende, não pela história, não há história (a não ser a do leitor, que está presente em cada página - digo, do leitor enamorado, ou que já o foi), mas pelo discurso.
Achei muito interessante, portanto, fica a dica^^
Fragmentos de um discurso amoroso, de Roland Barthes; Editora Francisco Alves.
C.C.
^^/
Encontrei um livro muito peculiar na biblioteca essa semana. Nada nele me chamou a atenção: Nem o título, nem a capa, nem o autor... Mas assim mesmo, por um destes acasos do destino, resolvi dar uma chance e abrí-lo. Índice estranho, estrutura estranha. De que se trata afinal? Não é romance, não é didático... É o tipo de livro que nunca tive vontade de ler. "Fragmentos de um discurso amoroso" é um livro que prende, não pela história, não há história (a não ser a do leitor, que está presente em cada página - digo, do leitor enamorado, ou que já o foi), mas pelo discurso.
Achei muito interessante, portanto, fica a dica^^
Fragmentos de um discurso amoroso, de Roland Barthes; Editora Francisco Alves.
C.C.
^^/
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Livros
7/18/2009
Pequena história
Olha, você vai por aquele caminho, não precisa ter medo. Vê? Sua mão está segura na minha, aperte firme, se isto te faz melhor, vamos, aperte... Eu estou aqui para te mostrar o caminho, não há nada a temer, juntos, seguiremos por esta estrada, e chegaremos ao nosso destino. E em todos os momentos eu estarei ao seu lado, eu irei segurar sua mão, e espantar seus medos, enxugar suas lágrimas, e se eu puder, e pode ter certeza de que farei o possível para que isto aconteça, eu te farei sorrir de novo, eu te farei feliz, e minha única recompensa, será ver seu olhar brilhante novamente...
C.C.
C.C.
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viagens
7/17/2009
Infância
"Se essa rua, se essa rua fosse minha
Eu mandava, eu mandava ladrilhar...
Com pedrinhas, com pedrinhas de brilhante
Para o meu, para o meu amor passar
Nesta rua, nesta rua tem um bosque
Que se chama, que se chama solidão...
Dentro dele, dentro dele mora um anjo
Que roubou, que roubou meu coração
Se eu roubei, se eu roubei teu coração
Tu roubaste, tu roubaste o meu também
Se eu roubei, se eu roubei teu coração
Foi porque, só porque te quero bem."
Nenhuma música eu cantei mais nesta vida do que essa, tenho quase certeza.
Ela sempre me encantou, desde pequena, quando ouvia minha vó cantar...
E ainda hoje, quando a escuto, ou quando lembro dela, eu fico emocionada. Sempre tive o costume de tentar visualizar as histórias, com a música não é diferente. Por alguma razão, sempre achei essa música triste, e imaginava o anjo preso no bosque, e a moça da canção sonhando com ele. Nunca os vi juntos, foi sempre assim, ele no bosque, pensando nela, ela na janela de casa, pensando nele. É claro que sempre vejo a casa da minha vó, e imagino a rua da minha vó.
A vó que não vejo há tanto tempo... Nem sei mais quanto tempo.
Eu queria ter coragem de falar com ela. Queria que ela esquecesse o orgulho, queria que ela fosse minha vó de novo, aquela que cantava enquanto costurava, que fazia cafuné enquanto eu dormia, que sentia saudade, e vinha nos ver.
C.C.
Eu mandava, eu mandava ladrilhar...
Com pedrinhas, com pedrinhas de brilhante
Para o meu, para o meu amor passar
Nesta rua, nesta rua tem um bosque
Que se chama, que se chama solidão...
Dentro dele, dentro dele mora um anjo
Que roubou, que roubou meu coração
Se eu roubei, se eu roubei teu coração
Tu roubaste, tu roubaste o meu também
Se eu roubei, se eu roubei teu coração
Foi porque, só porque te quero bem."
Nenhuma música eu cantei mais nesta vida do que essa, tenho quase certeza.
Ela sempre me encantou, desde pequena, quando ouvia minha vó cantar...
E ainda hoje, quando a escuto, ou quando lembro dela, eu fico emocionada. Sempre tive o costume de tentar visualizar as histórias, com a música não é diferente. Por alguma razão, sempre achei essa música triste, e imaginava o anjo preso no bosque, e a moça da canção sonhando com ele. Nunca os vi juntos, foi sempre assim, ele no bosque, pensando nela, ela na janela de casa, pensando nele. É claro que sempre vejo a casa da minha vó, e imagino a rua da minha vó.
A vó que não vejo há tanto tempo... Nem sei mais quanto tempo.
Eu queria ter coragem de falar com ela. Queria que ela esquecesse o orgulho, queria que ela fosse minha vó de novo, aquela que cantava enquanto costurava, que fazia cafuné enquanto eu dormia, que sentia saudade, e vinha nos ver.
C.C.
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infância
7/15/2009
Tempo
É só a metade do ano, mas já aprendi algumas coisas... Boas ou ruins, não sei disso, só sei que a confiança é algo valioso e perigoso. Eu sempre pensei que todo mundo um dia encontraria alguém em quem pudesse confiar. A verdade é que só podemos confiar em nós mesmos.
Aqui eu declaro o fim de uma jornada. A jornada em busca da bondade, da lealdade, da amizade, do amor, do perdão, da compreensão, da confiança.
Chega uma hora que em que precisamos dar um tempo.
Eu preciso dar um tempo pra tentar consertar a bagunça na minha vida. Eu preciso de um tempo longe da estrada, longe.
Como um eremita, funciono melhor no exílio. Eu nunca deveria me esquecer disso.
C.C.
Aqui eu declaro o fim de uma jornada. A jornada em busca da bondade, da lealdade, da amizade, do amor, do perdão, da compreensão, da confiança.
Chega uma hora que em que precisamos dar um tempo.
Eu preciso dar um tempo pra tentar consertar a bagunça na minha vida. Eu preciso de um tempo longe da estrada, longe.
Como um eremita, funciono melhor no exílio. Eu nunca deveria me esquecer disso.
C.C.
7/11/2009
O de sempre.
Quando eu estiver a alguns anos à frente, e olhar para trás, verei estes dias com saudade. Um sentimento diferente, não sei ainda qual... Alegria, tristeza, nostalgia, e dependendo do rumo que minha vida tomar, talvez eu sinta um pouco, ou muita dor.
Os dias passam e eu digo para mim mesma que são iguais aos de qualquer outro.
Não tenho muita certeza, mas tento me convencer, de qualquer forma.
É por isso que tento escutar o que as pessoas têm a dizer, para saber como suas vidas foram, como são.
Para saber se só a minha é assim.
Eu não tomo as decisões, eu não peço, não escolho, as situações simplesmente surgem no meu caminho... Coisas que vejo em filmes, em seriados, parecem ser comuns, mas não são.
Por isso nunca penso muito além no meu futuro, não tento saber ou programar o que vai ser, como vai ser. Eu tenho minhas ideias, alguns planos, sonhos que eu gostaria de realizar, mas tenho experiência o suficiente desta vida pra saber que tudo pode mudar de uma hora para a outra.
Nunca sei o que vai acontecer, onde vou chegar.
Eu escolho um caminho diferente um dia e dou de cara com uma pessoa que vai mudar minha vida. Estou falando de algo que acontece aqui dentro, e só eu sinto.
Penso nos meus dias, nos meus pensamentos, e lembro do Raul. "Eu prefiro ser essa metamorfose ambulante."
Prefiro? Não. Apenas sou.
Um período de mesmice seria muito agradável agora. Não aguento todos esses acontecimentos, um atrás do outro, quando você pensa está se acostumando BUM!
BUM! BUM! BUM! BUM!
Assim têm sido estes últimos anos.
Eu ainda estou aqui. Não são minhas atitudes que me afetam, e sim a dos outros, não é incrível?
Será que sou muito sensível? Perceptiva talvez, mas nem sempre.
Eu ainda estou aqui.
É bom saber da dor alheia? O que uma pessoa pode estar sentindo, perceber que ela está sofrendo somente ao fitar seus olhos.
Não quando você não pode fazer nada além de se angustiar.
E quantas vezes eu quis estar errada, e fechei os olhos...
É bom fingir que não é verdade. Dói menos.
Às vezes eu queria ser mais insensível. Como não consigo, prefiro ser egoísta.
Por que é nisso que me torno ao fechar os olhos.
Egoísta.
Minha angustia causada pela sua dor, detesto me sentir angustiada, fecho os olhos e vejo minhas dores, penso nas minhas dores, as suas somem, não existem mais diante do meu EU sofredor.
Não me sinto mal a respeito disso, apesar de tudo. Deveria? Não sei.
Quando decidem mostrar suas lágrimas, expor seus medos, eu estou lá. Não forço ninguém a dizer o que há de errado, detesto que façam isso comigo. Quando eu tiver que falar, irei falar. E quando quiserem falar, eu estarei ouvindo.
Eu queria encontrar alguém como eu, para que eu pudesse falar quando preciso falar. Acho que essa é a minha busca. Não é uma resposta, ou uma pergunta. Nem A verdade, ou Deus. Por que o que busco está nos Homens, e é a sua humanidade.
A esperança que tenho é a de que não seja uma busca perdida. Eu vejo vislumbres dela na maioria das pessoas, e isso me deixa feliz, me faz seguir em frente. Alguns podem me achar besta, mas eu acredito...
E acredito por que amo as pessoas, e as amo não por suas qualidades, por suas fraquezas ou por seu brilhantismo, eu as amo por que em algum momento eu vi sua humanidade, e foi o suficiente. Eu as amo por que acredito nelas, mesmo que tenha só esse "pequeno" motivo.
Para mim, é o que basta. Algum dia vou encontrar essa pessoa, que busco em todas que cruzam meu caminho. E pode ser a qualquer momento, em qualquer lugar.
C.C.
Os dias passam e eu digo para mim mesma que são iguais aos de qualquer outro.
Não tenho muita certeza, mas tento me convencer, de qualquer forma.
É por isso que tento escutar o que as pessoas têm a dizer, para saber como suas vidas foram, como são.
Para saber se só a minha é assim.
Eu não tomo as decisões, eu não peço, não escolho, as situações simplesmente surgem no meu caminho... Coisas que vejo em filmes, em seriados, parecem ser comuns, mas não são.
Por isso nunca penso muito além no meu futuro, não tento saber ou programar o que vai ser, como vai ser. Eu tenho minhas ideias, alguns planos, sonhos que eu gostaria de realizar, mas tenho experiência o suficiente desta vida pra saber que tudo pode mudar de uma hora para a outra.
Nunca sei o que vai acontecer, onde vou chegar.
Eu escolho um caminho diferente um dia e dou de cara com uma pessoa que vai mudar minha vida. Estou falando de algo que acontece aqui dentro, e só eu sinto.
Penso nos meus dias, nos meus pensamentos, e lembro do Raul. "Eu prefiro ser essa metamorfose ambulante."
Prefiro? Não. Apenas sou.
Um período de mesmice seria muito agradável agora. Não aguento todos esses acontecimentos, um atrás do outro, quando você pensa está se acostumando BUM!
BUM! BUM! BUM! BUM!
Assim têm sido estes últimos anos.
Eu ainda estou aqui. Não são minhas atitudes que me afetam, e sim a dos outros, não é incrível?
Será que sou muito sensível? Perceptiva talvez, mas nem sempre.
Eu ainda estou aqui.
É bom saber da dor alheia? O que uma pessoa pode estar sentindo, perceber que ela está sofrendo somente ao fitar seus olhos.
Não quando você não pode fazer nada além de se angustiar.
E quantas vezes eu quis estar errada, e fechei os olhos...
É bom fingir que não é verdade. Dói menos.
Às vezes eu queria ser mais insensível. Como não consigo, prefiro ser egoísta.
Por que é nisso que me torno ao fechar os olhos.
Egoísta.
Minha angustia causada pela sua dor, detesto me sentir angustiada, fecho os olhos e vejo minhas dores, penso nas minhas dores, as suas somem, não existem mais diante do meu EU sofredor.
Não me sinto mal a respeito disso, apesar de tudo. Deveria? Não sei.
Quando decidem mostrar suas lágrimas, expor seus medos, eu estou lá. Não forço ninguém a dizer o que há de errado, detesto que façam isso comigo. Quando eu tiver que falar, irei falar. E quando quiserem falar, eu estarei ouvindo.
Eu queria encontrar alguém como eu, para que eu pudesse falar quando preciso falar. Acho que essa é a minha busca. Não é uma resposta, ou uma pergunta. Nem A verdade, ou Deus. Por que o que busco está nos Homens, e é a sua humanidade.
A esperança que tenho é a de que não seja uma busca perdida. Eu vejo vislumbres dela na maioria das pessoas, e isso me deixa feliz, me faz seguir em frente. Alguns podem me achar besta, mas eu acredito...
E acredito por que amo as pessoas, e as amo não por suas qualidades, por suas fraquezas ou por seu brilhantismo, eu as amo por que em algum momento eu vi sua humanidade, e foi o suficiente. Eu as amo por que acredito nelas, mesmo que tenha só esse "pequeno" motivo.
Para mim, é o que basta. Algum dia vou encontrar essa pessoa, que busco em todas que cruzam meu caminho. E pode ser a qualquer momento, em qualquer lugar.
C.C.
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7/03/2009
Nature Boy
Nat King Cole
Composição: Eden Ahbez
There was a boy
There was a boy...
A very strange enchanted boy
They say he wandered very far, very far
Over land and sea
A little shy and sad of eye
But very wise was he
And then on day
A magic day he passed my way
And while we spoke of many things
Fools and kings
This he said to me
The greatest thing you'll ever learn
Is just to love and be loved in return...
Composição: Eden Ahbez
There was a boy
There was a boy...
A very strange enchanted boy
They say he wandered very far, very far
Over land and sea
A little shy and sad of eye
But very wise was he
And then on day
A magic day he passed my way
And while we spoke of many things
Fools and kings
This he said to me
The greatest thing you'll ever learn
Is just to love and be loved in return...
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7/02/2009
Reflexions
Se nada acaba, eu faço chegar ao fim.
Se tudo acaba, eu faço durar eternamente.
Se a vida é triste, eu te faço sorrir.
Se a vida é bela, eu te mostro sua face solitária e triste.
Eu te mostro o mundo como ele é, e te mostro o mundo como eu o vejo.
Mostro o que você vê, e mostro o que deveria estar vendo.
Por que eu vejo seus medos, sua verdade e sua alegria.
Por que vejo sua alma tão claramente quanto água cristalina.
Por que sinto sua dor e compartilho da sua vitória.
Por que estou dentro de você, por que sou parte da sua alma e faço parte de tudo.
Eu vejo o mundo como ele é, e o transformo conforme meu desejo.
Eu o transformo para que seja feliz, eu o transformo para que veja minha dor, eu o transformo, para que entenda que só depende de nós.
Se tudo acaba, eu faço durar eternamente.
Se a vida é triste, eu te faço sorrir.
Se a vida é bela, eu te mostro sua face solitária e triste.
Eu te mostro o mundo como ele é, e te mostro o mundo como eu o vejo.
Mostro o que você vê, e mostro o que deveria estar vendo.
Por que eu vejo seus medos, sua verdade e sua alegria.
Por que vejo sua alma tão claramente quanto água cristalina.
Por que sinto sua dor e compartilho da sua vitória.
Por que estou dentro de você, por que sou parte da sua alma e faço parte de tudo.
Eu vejo o mundo como ele é, e o transformo conforme meu desejo.
Eu o transformo para que seja feliz, eu o transformo para que veja minha dor, eu o transformo, para que entenda que só depende de nós.
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6/26/2009
Em algum lugar.
Tenho a impressão de que nada será como antes.
Tantas vezes você pensa numa coisa, sempre com uma sensação de irrealidade, que quando a simples ameaça de isso se realizar, assusta.
Não é bem medo, não.
É um sentimento diferente, como se eu estivesse esperando por isso durante todos esses anos, mas no fundo não queria que realmente acontecesse.
Não quero.
Mas também não posso mudar tudo agora, não quero.
Isso.
Não quero me separar da minha família, mas também não quero ir com eles.
Detesto este tipo de decisão, que envolve tudo, que muda tudo.
É tão fácil dizer que tá tudo bem, sempre esteve pra mim. Mas é mais que isso. Alguma coisa me mantém presa aqui, o mesmo que me trouxe pra cá, e não sinto que é hora de partir, ainda não.
Eu digo que não vou, sempre disse que não voltaria, mas as pessoas aqui em casa tem a tendência de achar que falo tudo da boca pra fora, como se deste modo eu pudesse mudar o pensamento deles. Sei que por mais que digam que está tudo bem, que eu posso ficar aqui até acabar a faculdade, no fundo eles acham que vou dar para trás na última hora. Em outros tempos, eu daria.
Mas agora...
A verdade é que não acredito que isso finalmente vá acontecer. E não vou acreditar até que as caixas estajam dentro do caminhão e a casa esteja vazia. Mas espero que eles entendam, que não me pressionem, se for verdade desta vez, espero que aceitem minha decisão. Eu não saberia explicar por que quero ficar, por que sinto que preciso ficar. Só não quero criar conflitos, quero que dê tudo certo, sei que o que tiver que ser, será.
Tantas vezes você pensa numa coisa, sempre com uma sensação de irrealidade, que quando a simples ameaça de isso se realizar, assusta.
Não é bem medo, não.
É um sentimento diferente, como se eu estivesse esperando por isso durante todos esses anos, mas no fundo não queria que realmente acontecesse.
Não quero.
Mas também não posso mudar tudo agora, não quero.
Isso.
Não quero me separar da minha família, mas também não quero ir com eles.
Detesto este tipo de decisão, que envolve tudo, que muda tudo.
É tão fácil dizer que tá tudo bem, sempre esteve pra mim. Mas é mais que isso. Alguma coisa me mantém presa aqui, o mesmo que me trouxe pra cá, e não sinto que é hora de partir, ainda não.
Eu digo que não vou, sempre disse que não voltaria, mas as pessoas aqui em casa tem a tendência de achar que falo tudo da boca pra fora, como se deste modo eu pudesse mudar o pensamento deles. Sei que por mais que digam que está tudo bem, que eu posso ficar aqui até acabar a faculdade, no fundo eles acham que vou dar para trás na última hora. Em outros tempos, eu daria.
Mas agora...
A verdade é que não acredito que isso finalmente vá acontecer. E não vou acreditar até que as caixas estajam dentro do caminhão e a casa esteja vazia. Mas espero que eles entendam, que não me pressionem, se for verdade desta vez, espero que aceitem minha decisão. Eu não saberia explicar por que quero ficar, por que sinto que preciso ficar. Só não quero criar conflitos, quero que dê tudo certo, sei que o que tiver que ser, será.
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6/04/2009
Vermelho
Uma certa fascinação por vermelho.
Vermelho e preto.
Hoje acordei assim, dispersa. Tentei estudar, a mãe me chamou pra varrer a casa...
Aí me perdi. Não sei onde anda meu espírito, mas sei que quer levar meu corpo junto.
E minha mente vai... Me prendo a pequenos detalhes:Uma folha no vento, um papel rolando na rua, a sombra quando o sol bate na árvore, claro-escuro, e o vermelho.
Está em todos os lugares e eu fico presa a ele. Não, meus olhos ficam, e minha mente voa...
Um sorriso, um olhar, um movimento com as mãos... Tinha um bebê sorrindo, cachecol vermelho no pescoço.
Não sei onde estou, mas estou bem.
Leve, leve como uma pluma...
Desci do onibus, mas quase perco o ponto. Por mim continuaria ali, só olhando as pessoas, olhando a rua, o céu, e vermelho.
Queria deixar meu corpo vagar por aí, como minha mente.
Vou largá-lo em um canto, e deixar minha voar, livre... É, é isso que vou fazer.
C.C.
Vermelho e preto.
Hoje acordei assim, dispersa. Tentei estudar, a mãe me chamou pra varrer a casa...
Aí me perdi. Não sei onde anda meu espírito, mas sei que quer levar meu corpo junto.
E minha mente vai... Me prendo a pequenos detalhes:Uma folha no vento, um papel rolando na rua, a sombra quando o sol bate na árvore, claro-escuro, e o vermelho.
Está em todos os lugares e eu fico presa a ele. Não, meus olhos ficam, e minha mente voa...
Um sorriso, um olhar, um movimento com as mãos... Tinha um bebê sorrindo, cachecol vermelho no pescoço.
Não sei onde estou, mas estou bem.
Leve, leve como uma pluma...
Desci do onibus, mas quase perco o ponto. Por mim continuaria ali, só olhando as pessoas, olhando a rua, o céu, e vermelho.
Queria deixar meu corpo vagar por aí, como minha mente.
Vou largá-lo em um canto, e deixar minha voar, livre... É, é isso que vou fazer.
C.C.
6/02/2009
Sensações
Ultimamente tenho observado mais as pessoas e o mundo que divagado sobre ele. Às vezes acontece...
Ao invés de pensar sobre o céu azul, eu fito o céu azul, absorvo o calor do sol, e só.Ao invés de pensar sobre as duas pessoas andando na minha frente, eu os observo, seus gestos, suas palavras, suas expressões, e só.
Ao invés de divagar sobre como uma pessoa pode ter um olho tão bonito, ou sobre como uma flor pode ter tal formato, cor, textura, cheiro, eu observo. Fico ali, parada, olhando, olhando, olhando, gravando a imagem na mente, e só.
Gosto quando isso acontece, sinto-me meio distante, como se estivesse em outro mundo e não houvesse nada para pensar sobre, somente observar, e tentar aprender assim, com os sentidos, e não com a razão.
Os pensamentos vêm em ondas confusas e eu os observo como se estivesse fitando ondas arrebentando-se na beira da praia. Não tento compreender, ou entender, ou organizá-los.
Eles vêm e vão, e só deixam seu significado mais puro, uma idéia do que pretendem expressar, sua essência. Eu fico com a essência, e deixo o resto pra depois.
Só o que importa é o sentimento, só o que importa é a impressão. Sem julgamentos, sem crises, sem complexos.
Eu sei o que sinto e sei o que penso, mas não precisa mais do que isso. Não quero, agora, pensar sobre o que sinto ou pensar sobre o que penso. Quero ser, quero sentir, quero estar.
Estar aqui, hoje. Ou lá, ontem. Olhando o céu, sentindo o vento no rosto, admirando as estrelas, sentindo perfumes, e vendo a beleza que meus olhos enxergam em cada um, em cada coisa, em cada lugar.
C.C.
Ao invés de pensar sobre o céu azul, eu fito o céu azul, absorvo o calor do sol, e só.Ao invés de pensar sobre as duas pessoas andando na minha frente, eu os observo, seus gestos, suas palavras, suas expressões, e só.
Ao invés de divagar sobre como uma pessoa pode ter um olho tão bonito, ou sobre como uma flor pode ter tal formato, cor, textura, cheiro, eu observo. Fico ali, parada, olhando, olhando, olhando, gravando a imagem na mente, e só.
Gosto quando isso acontece, sinto-me meio distante, como se estivesse em outro mundo e não houvesse nada para pensar sobre, somente observar, e tentar aprender assim, com os sentidos, e não com a razão.
Os pensamentos vêm em ondas confusas e eu os observo como se estivesse fitando ondas arrebentando-se na beira da praia. Não tento compreender, ou entender, ou organizá-los.
Eles vêm e vão, e só deixam seu significado mais puro, uma idéia do que pretendem expressar, sua essência. Eu fico com a essência, e deixo o resto pra depois.
Só o que importa é o sentimento, só o que importa é a impressão. Sem julgamentos, sem crises, sem complexos.
Eu sei o que sinto e sei o que penso, mas não precisa mais do que isso. Não quero, agora, pensar sobre o que sinto ou pensar sobre o que penso. Quero ser, quero sentir, quero estar.
Estar aqui, hoje. Ou lá, ontem. Olhando o céu, sentindo o vento no rosto, admirando as estrelas, sentindo perfumes, e vendo a beleza que meus olhos enxergam em cada um, em cada coisa, em cada lugar.
C.C.
5/18/2009
Cristiano
Se você pudesse calcular o choque que suas palavras provocariam, você as teria escrito?
Você disse para eu não questionar suas razões, eu sempre o respeitei, não irei questioná-lo.
Mas posso falar aqui, nesta página onde exponho minhas dores e pensamentos, do tamanho do meu pesar?
Quando eu me senti sozinha, encontrei um garoto meio perdido, que colocava nas palavras sua dor, e as transformava em poesia. Quando precisei de um amigo, encontrei um garoto sensível e inteligente, divertido, que me estendeu a mão. Você falava da importância que eu tinha na sua vida, mas nunca acreditou quando eu disse o quanto você era importante para mim.
Você disse para eu não perguntar, eu não pergunto. Disse:"se ainda quiser falar comigo...", como se o fato de você estar dizendo adeus realmente fosse me fazer aceitar que era um adeus. Eu nunca desisti de você, de acreditar em você, de confiar em você, de me orgulhar de você...
Você fechou todas as portas, sinto como se estivesse no escuro, sem saber o por que.
Você me fez um pedido, também tenho um para te fazer: Não me magoe, a não ser que tenha uma razão muito boa para isso.
Acho que posso ao menos dizer: Sinto sua falta, e vou sentir para sempre.
Menininha.
Você disse para eu não questionar suas razões, eu sempre o respeitei, não irei questioná-lo.
Mas posso falar aqui, nesta página onde exponho minhas dores e pensamentos, do tamanho do meu pesar?
Quando eu me senti sozinha, encontrei um garoto meio perdido, que colocava nas palavras sua dor, e as transformava em poesia. Quando precisei de um amigo, encontrei um garoto sensível e inteligente, divertido, que me estendeu a mão. Você falava da importância que eu tinha na sua vida, mas nunca acreditou quando eu disse o quanto você era importante para mim.
Você disse para eu não perguntar, eu não pergunto. Disse:"se ainda quiser falar comigo...", como se o fato de você estar dizendo adeus realmente fosse me fazer aceitar que era um adeus. Eu nunca desisti de você, de acreditar em você, de confiar em você, de me orgulhar de você...
Você fechou todas as portas, sinto como se estivesse no escuro, sem saber o por que.
Você me fez um pedido, também tenho um para te fazer: Não me magoe, a não ser que tenha uma razão muito boa para isso.
Acho que posso ao menos dizer: Sinto sua falta, e vou sentir para sempre.
Menininha.
5/09/2009
Reflexos
O poeta dizia: Quem acredita sempre alcança.
Acreditei que um dia ouviria essas palavras, e que ao ouvi-las meu coração não sangraria.
Acreditei que um dia sentiria seu toque, e que ao senti-lo, minhas mãos não tremeriam.
Acreditei que um dia secaria suas lágrimas, e ainda que não sendo minhas, conteriam uma parte de mim.
Acreditei que roubaria uma tarde de nossas vidas, e essa tarde seria para sempre, onde nossas portas se abririam, e as palavras não trocadas seriam expressas em um olhar.
Acreditei que nos uniríamos num ápice de dor. Dor sua e dor minha, e a união de nossas dores aproximaria nossos corações e nossas vozes.
Acreditei que nesse dia meu medo acabaria, minhas dúvidas, meus receios, acreditei que seria o dia da minha-nossa libertação.
Mas a vida - sempre ouço isso - a vida é mesmo engraçada.
Neste dia o que descobri, aquilo que no fundo eu já sabia, que havia me feito tanto mal por diversas vezes, foi o que me fez sorrir pelo resto do dia.
Eu cheguei lá. Mas ao achar que cheguei no topo do Monte, eu vi que você ainda estava um passo atrás. Enquanto eu subia e escorregava, e descobria minhas falhas e expunha meus medos, você estava apenas começando.
Percebi que enquanto te via no topo, e acreditava que ao alcançá-lo eu te alcançaria, eu estava fitando uma ilusão.
Mas a nossa união, eu sei que é verdadeira. Mesmo que nossas posições estejam agora trocadas, sei que não estamos no topo.
Estamos constantemente trocando de lugar, mas o mais importante é que em nenhum momento, deixaremos um ao outro para trás.
C.C.
Acreditei que um dia ouviria essas palavras, e que ao ouvi-las meu coração não sangraria.
Acreditei que um dia sentiria seu toque, e que ao senti-lo, minhas mãos não tremeriam.
Acreditei que um dia secaria suas lágrimas, e ainda que não sendo minhas, conteriam uma parte de mim.
Acreditei que roubaria uma tarde de nossas vidas, e essa tarde seria para sempre, onde nossas portas se abririam, e as palavras não trocadas seriam expressas em um olhar.
Acreditei que nos uniríamos num ápice de dor. Dor sua e dor minha, e a união de nossas dores aproximaria nossos corações e nossas vozes.
Acreditei que nesse dia meu medo acabaria, minhas dúvidas, meus receios, acreditei que seria o dia da minha-nossa libertação.
Mas a vida - sempre ouço isso - a vida é mesmo engraçada.
Neste dia o que descobri, aquilo que no fundo eu já sabia, que havia me feito tanto mal por diversas vezes, foi o que me fez sorrir pelo resto do dia.
Eu cheguei lá. Mas ao achar que cheguei no topo do Monte, eu vi que você ainda estava um passo atrás. Enquanto eu subia e escorregava, e descobria minhas falhas e expunha meus medos, você estava apenas começando.
Percebi que enquanto te via no topo, e acreditava que ao alcançá-lo eu te alcançaria, eu estava fitando uma ilusão.
Mas a nossa união, eu sei que é verdadeira. Mesmo que nossas posições estejam agora trocadas, sei que não estamos no topo.
Estamos constantemente trocando de lugar, mas o mais importante é que em nenhum momento, deixaremos um ao outro para trás.
C.C.
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5/07/2009
Paz momentânea...
Uma vez ouvi que tudo tem início, meio e fim.
Não sei precisar quando começou, sei que vivi intensamente o meio, e mesmo que tenha sido doloroso em certos momentos, foi necessário, e não saí perdendo, aprendi algo, compreendi certas coisas, e cresci. Quanto ao fim, nunca sabemos do fim, eu não acredito no fim. É certo que tudo acaba, mas acaba para se transformar. Nada termina de fato.
Quando sinto que chegou ao fim, foi por que mudou, e não por que tenha realmente acabado.
Vejo o fim, como algumas pessoas professam, como a inexistência.
Se algo acaba, é como se nunca tivesse existido, e isso é contra a natureza.
Eu podia divagar sobre história, civilizações, sobre amizade, sobre o amor.
Mas hoje eu sinto que mudou. Sinto uma paz que me permite ver o mundo de outra maneira, que me permite ver as pessoas, que me permite ter esperanças novamente.
E sinto muito... pois sou aquele tipo de pessoa que sente uma espécie de tristeza quando algo "acaba", mas sabe que o fim nada mais é que o recomeço.
Então estou aqui, enxugando umas lágrimas de saudade. Mas olhando para o sol e sentindo seu calor queimar dentro de mim outra vez.
C.C.
Não sei precisar quando começou, sei que vivi intensamente o meio, e mesmo que tenha sido doloroso em certos momentos, foi necessário, e não saí perdendo, aprendi algo, compreendi certas coisas, e cresci. Quanto ao fim, nunca sabemos do fim, eu não acredito no fim. É certo que tudo acaba, mas acaba para se transformar. Nada termina de fato.
Quando sinto que chegou ao fim, foi por que mudou, e não por que tenha realmente acabado.
Vejo o fim, como algumas pessoas professam, como a inexistência.
Se algo acaba, é como se nunca tivesse existido, e isso é contra a natureza.
Eu podia divagar sobre história, civilizações, sobre amizade, sobre o amor.
Mas hoje eu sinto que mudou. Sinto uma paz que me permite ver o mundo de outra maneira, que me permite ver as pessoas, que me permite ter esperanças novamente.
E sinto muito... pois sou aquele tipo de pessoa que sente uma espécie de tristeza quando algo "acaba", mas sabe que o fim nada mais é que o recomeço.
Então estou aqui, enxugando umas lágrimas de saudade. Mas olhando para o sol e sentindo seu calor queimar dentro de mim outra vez.
C.C.
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5/03/2009
Reflexos
Everything is brocken down
Às vezes tudo está se quebrando, seus pensamentos são estilhaços que não tem conexão nenhuma com que o foi e com o que é. Sentimentos que não correspondem o que é real.
Às vezes, tudo está chegando ao fim, mas você não pode sentir ou perceber, por que é tarde, por que é triste, por que dói. Esse final forçado, que vem de alguma coisa dentro de você que grita que não tem mais como, que se você continuar, você que ira quebrar-se, em mil pedaços.
Cada dia deveria ser uma vitoria, mas nessa guerra entre o que pode e o que não se deve, cada dia é o inicio do fim, e cada noite é triste, cinzenta e por que o sentimento ainda existe, cada noite é tão dolorosa quanto a primeira.
A cada dose de você que eu me recuso a tomar, dói. E a cada dose de você que tomo, dói mais ainda.
Como a explosão de uma super nova, eu estou expandindo, e então um dia, irei colapsar, e meus pedaços ficarão espalhados. Existe alguma força que possa mudar isso? Alguma razão para que tudo acabe antes do fim.
Suas palavras são como veneno corroendo meu coração que sangra, todo dia uma faixa envolta de sua carne, para que ele possa sangrar, sem deixar que o sangue manche meus rosto com minhas lágrimas.
Às vezes, é como se tudo estivesse ruindo, e você não tivesse para onde correr.
C.C.
PS: Texto desenterrado. Nem lembro quando escrevi, mas por falta do que escrever e como achei esse perdido, vai xD
Às vezes tudo está se quebrando, seus pensamentos são estilhaços que não tem conexão nenhuma com que o foi e com o que é. Sentimentos que não correspondem o que é real.
Às vezes, tudo está chegando ao fim, mas você não pode sentir ou perceber, por que é tarde, por que é triste, por que dói. Esse final forçado, que vem de alguma coisa dentro de você que grita que não tem mais como, que se você continuar, você que ira quebrar-se, em mil pedaços.
Cada dia deveria ser uma vitoria, mas nessa guerra entre o que pode e o que não se deve, cada dia é o inicio do fim, e cada noite é triste, cinzenta e por que o sentimento ainda existe, cada noite é tão dolorosa quanto a primeira.
A cada dose de você que eu me recuso a tomar, dói. E a cada dose de você que tomo, dói mais ainda.
Como a explosão de uma super nova, eu estou expandindo, e então um dia, irei colapsar, e meus pedaços ficarão espalhados. Existe alguma força que possa mudar isso? Alguma razão para que tudo acabe antes do fim.
Suas palavras são como veneno corroendo meu coração que sangra, todo dia uma faixa envolta de sua carne, para que ele possa sangrar, sem deixar que o sangue manche meus rosto com minhas lágrimas.
Às vezes, é como se tudo estivesse ruindo, e você não tivesse para onde correr.
C.C.
PS: Texto desenterrado. Nem lembro quando escrevi, mas por falta do que escrever e como achei esse perdido, vai xD
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4/16/2009
Não deixe o momento passar
A vida é estranha... Uma pessoa senta ao seu lado, e começa a conversar com vc, e de repente vc percebe que não quer que a viagem acabe. O que fica depois do adeus...
Só a lembrança de alguém que te apresentou seu mundo por alguns minutos, e depois cada um segue seu caminho, sem olhar pra trás.
Mas eu olhei, e só encontrei um lugar vazio a meu lado.
A vida é estranha... Pessoas surgem do nada e eu sinto... nunca vou saber explicar esse sentimento. Que as conheço? Que vamos nos conhecer? Que somos parecidas? O quê?
Não sei... Mas ele esta lá, e quando olho para o lado, o banco está vazio.
A Gilda* tem razão, a vida é curta, e quando encontramos uma pessoa interessante, devemos nos "agarrar" a ela, antes que o momento passe, que a vida passe, e só deixe um lugar vazio...
C.C.
*Gilda de Três vidas e um destino, filme que a cacau adora**
Só a lembrança de alguém que te apresentou seu mundo por alguns minutos, e depois cada um segue seu caminho, sem olhar pra trás.
Mas eu olhei, e só encontrei um lugar vazio a meu lado.
A vida é estranha... Pessoas surgem do nada e eu sinto... nunca vou saber explicar esse sentimento. Que as conheço? Que vamos nos conhecer? Que somos parecidas? O quê?
Não sei... Mas ele esta lá, e quando olho para o lado, o banco está vazio.
A Gilda* tem razão, a vida é curta, e quando encontramos uma pessoa interessante, devemos nos "agarrar" a ela, antes que o momento passe, que a vida passe, e só deixe um lugar vazio...
C.C.
*Gilda de Três vidas e um destino, filme que a cacau adora**
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4/09/2009
Reflexos
Eram 16:00 e nada havia para se fazer, a decepção que sentia por si mesma remoía seus sentidos. Mais uma vez ela havia sacrificado algo, novamente, fora uma atitude inútil.
Sentia que nada mais havia para se fazer, e só.
Mas era mais que isso. Como se obstáculos invisíveis se formassem á sua frente, e não importava o quanto ou como ela se esforçasse, era tudo inútil.
Não gostava dessa sensação, e lutava consigo mesma, sempre empurrando esse pensamento para o canto escuro da memória.
Mas ele estava lá, e era tudo errado; ela era um fracasso, e não havia mais nada para mudar isso.
E o sentimento de que era inútil. De que seus esforços eram vão, seus sacrifícios em vão, sua existência...
E se não havia nada para se fazer, ela só podia continuar existindo. Levantando e caindo, até a queda final. A tão esperada queda para a eternidade.
C.C.
Sentia que nada mais havia para se fazer, e só.
Mas era mais que isso. Como se obstáculos invisíveis se formassem á sua frente, e não importava o quanto ou como ela se esforçasse, era tudo inútil.
Não gostava dessa sensação, e lutava consigo mesma, sempre empurrando esse pensamento para o canto escuro da memória.
Mas ele estava lá, e era tudo errado; ela era um fracasso, e não havia mais nada para mudar isso.
E o sentimento de que era inútil. De que seus esforços eram vão, seus sacrifícios em vão, sua existência...
E se não havia nada para se fazer, ela só podia continuar existindo. Levantando e caindo, até a queda final. A tão esperada queda para a eternidade.
C.C.
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4/03/2009
Só mais uma masturbação mental...
É incrível quando uma criança descobre o segredo dos adultos - incrível, e decepcionante.
Decepcionante por que é tosco, e por falta de palavra mais elaborada que defina tosquice, digo que é tosco, e ponto.
Mas também é incrível, visto que apesar da tosquice, realmente funciona.
Então, ninguém diz que ao descobrir esse segredo, a criança torna-se um adulto, não é como um rito de passagem, como o dos índios e outros povos. É algo que simplesmente acontece, e creio que absolutamente a maioria das pessoas não percebe o que aconteceu.
Será que é possivel expo-lo assim? Torná-lo publico não será proibido, como comer o fruto da árvore do conhcimento era para Adão e Eva?
Nunca fui uma grande provocadora ou anarquista, ou me preocupei em divulgar as atrocidades do mundo (só a ignorancia alheia) - todos sabem que o mundo não é o paraíso.
Mas agora, deu na telha, e vou dizer para as crianças o segredo dos adultos, por que não me considero ainda uma adulta completa.
O segredo da gente grande é meter a cara no trabalho, para esquecer que a vida é uma droga. É meter a cara no trabalho, para esquecer que o mundo ta em crise, é meter a cara no trabalho, para esquecer que tem gente passando fome, que tem gente morrendo em campo de batalha, que tem gente roubando seu dinheiro. É sentar na frente da tv e assistir a qualquer porcaria, que também te ajude a esquecer, quando você tem que sair do trabalho. O segredo da gente grande, da maioria delas, é o alienamento.
Gente grande não gosta de pensar no que está errado, não digo no mundo, mas nelas.
Eu usei deste subterfugio, e descobri como as pessoas conseguem viver até o dia de sua morte, carregando este vazio interior. Elas simplesmente fingem que ele não está ali.
Mas eu, que sou adepta da arte da masturbação mental desde que me entendo por gente, simplesmente não consigo. Assim como não conseguiram muitos antes de mim, que viveram para pensar, para escrever, e para dizer para o mundo, que eles são tolos, burros de carga, alienados, palhaços, e merecem passar por tudo isso.
Não penso dessa forma. Mas como não posso fechar meus olhor, como a maioria dos "adultos" o fazem, prefiro continuar sendo "criança", mesmo que isso provoque feridas, mesmo que doa até o fim da minha vida. Prefiro ser ciente do meu vazio, a ignorá-lo, alienadamente.
Deixar de sonhar, de pensar, de ler, de viver, de ajudar, de ouvir, de sorrir, de chorar, de amar, de sofrer. Não pretendo ser esse tipo de "adulto".
Decepcionante por que é tosco, e por falta de palavra mais elaborada que defina tosquice, digo que é tosco, e ponto.
Mas também é incrível, visto que apesar da tosquice, realmente funciona.
Então, ninguém diz que ao descobrir esse segredo, a criança torna-se um adulto, não é como um rito de passagem, como o dos índios e outros povos. É algo que simplesmente acontece, e creio que absolutamente a maioria das pessoas não percebe o que aconteceu.
Será que é possivel expo-lo assim? Torná-lo publico não será proibido, como comer o fruto da árvore do conhcimento era para Adão e Eva?
Nunca fui uma grande provocadora ou anarquista, ou me preocupei em divulgar as atrocidades do mundo (só a ignorancia alheia) - todos sabem que o mundo não é o paraíso.
Mas agora, deu na telha, e vou dizer para as crianças o segredo dos adultos, por que não me considero ainda uma adulta completa.
O segredo da gente grande é meter a cara no trabalho, para esquecer que a vida é uma droga. É meter a cara no trabalho, para esquecer que o mundo ta em crise, é meter a cara no trabalho, para esquecer que tem gente passando fome, que tem gente morrendo em campo de batalha, que tem gente roubando seu dinheiro. É sentar na frente da tv e assistir a qualquer porcaria, que também te ajude a esquecer, quando você tem que sair do trabalho. O segredo da gente grande, da maioria delas, é o alienamento.
Gente grande não gosta de pensar no que está errado, não digo no mundo, mas nelas.
Eu usei deste subterfugio, e descobri como as pessoas conseguem viver até o dia de sua morte, carregando este vazio interior. Elas simplesmente fingem que ele não está ali.
Mas eu, que sou adepta da arte da masturbação mental desde que me entendo por gente, simplesmente não consigo. Assim como não conseguiram muitos antes de mim, que viveram para pensar, para escrever, e para dizer para o mundo, que eles são tolos, burros de carga, alienados, palhaços, e merecem passar por tudo isso.
Não penso dessa forma. Mas como não posso fechar meus olhor, como a maioria dos "adultos" o fazem, prefiro continuar sendo "criança", mesmo que isso provoque feridas, mesmo que doa até o fim da minha vida. Prefiro ser ciente do meu vazio, a ignorá-lo, alienadamente.
Deixar de sonhar, de pensar, de ler, de viver, de ajudar, de ouvir, de sorrir, de chorar, de amar, de sofrer. Não pretendo ser esse tipo de "adulto".
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3/22/2009
Conto do Reino das Trevas
Hamon
Havia uma mistura de sentimentos e um turbilhão de pensamentos movendo aquele homem em direção à casa em ruínas. A chuva escorria por seu rosto, mas não o incomodava mais, já era uma parte de seu ser.
Ele queria chegar até o piano, e o via à sua frente, a porta aberta mostrando a única coisa que ele não podia alcançar. Começou a correr, o vento açoitando seus cabelos, o sobretudo negro abrindo-se como asas, ele só queria chegar até o piano.
A música explodia em seus ouvidos, a sinfonia criando-se em sua cabeça, as suas mãos movendo-se por teclas invisíveis e as imagens que se formavam substituíam o cenário a sua volta.
(...)
C.C.
Havia uma mistura de sentimentos e um turbilhão de pensamentos movendo aquele homem em direção à casa em ruínas. A chuva escorria por seu rosto, mas não o incomodava mais, já era uma parte de seu ser.
Ele queria chegar até o piano, e o via à sua frente, a porta aberta mostrando a única coisa que ele não podia alcançar. Começou a correr, o vento açoitando seus cabelos, o sobretudo negro abrindo-se como asas, ele só queria chegar até o piano.
A música explodia em seus ouvidos, a sinfonia criando-se em sua cabeça, as suas mãos movendo-se por teclas invisíveis e as imagens que se formavam substituíam o cenário a sua volta.
(...)
C.C.
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3/21/2009
Broken
"Visto dali, o mar refletindo o céu claro coberto de nuvens mais parecia um espelho, e não sabia dizer, se resolvesse atirar-se, se não quebrariam; ambos - o espelho, e ele."
Tava trabalhando em uma poesia, mas não ficou boa^^
Ta lá no quarto, isso que escrevi também, então provavelmente ta faltando alguma coisa...
Tenho andado sem inspiração ultimamente, sintoma de um coração que começa a perder um inquilino... Não importa o quanto eu sofra, o fato é que poesias só saem quando estou com o coração partido... pode-se notar as lacunas entre uma paixão platonica e outra, as poesias e textos melosos desaparecem por um tempo.
Que seja. Talvez seja melhor assim^^
C.C.
Tava trabalhando em uma poesia, mas não ficou boa^^
Ta lá no quarto, isso que escrevi também, então provavelmente ta faltando alguma coisa...
Tenho andado sem inspiração ultimamente, sintoma de um coração que começa a perder um inquilino... Não importa o quanto eu sofra, o fato é que poesias só saem quando estou com o coração partido... pode-se notar as lacunas entre uma paixão platonica e outra, as poesias e textos melosos desaparecem por um tempo.
Que seja. Talvez seja melhor assim^^
C.C.
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3/18/2009
Déjà Vu
Pitty
Composição: Peu Sousa / Pitty
Nenhuma verdade me machuca
Nenhum motivo me corrói
Até se eu ficar
Só na vontade
Já não dói
Nenhuma doutrina me convence
Nenhuma resposta me satisfaz
Nem mesmo o tédio
Me surpreende mais
Mas eu sinto
Que eu tô viva
A cada banho de chuva
Que chega molhando meu corpo...
Nenhum sofrimento me comove
Nenhum programa me distrai
Eu ouvi promessas
E isso não me atrai
E não há razão que me governe
Nenhuma lei prá me guiar
Eu tô exatamente
Aonde eu queria estar
Mas eu sinto
Que eu tô viva
A cada banho de chuva
Que chega molhando meu corpo...
A minha alma
Nem me lembro mais
Em que esquina se perdeu
Ou em que mundo se enfiou
Mas, já faz algum tempo
Já faz algum tempo
Já faz algum tempo
Já faz algum tempo
Faz algum tempo...
A minha alma
Nem me lembro mais
Em que esquina se perdeu
Ou em que mundo se enfiou
Mas eu não tenho pressa
ja não tenho pressa
Eu não tenho pressa
Não tenho pressa
Esse ano ta esquisito, eu fui sorteada com uma semana de almoço gratis... Nunca ganhei nada nessa vida, nem uma rifinha que fosse... Mas não é só isso...
C.C.
Composição: Peu Sousa / Pitty
Nenhuma verdade me machuca
Nenhum motivo me corrói
Até se eu ficar
Só na vontade
Já não dói
Nenhuma doutrina me convence
Nenhuma resposta me satisfaz
Nem mesmo o tédio
Me surpreende mais
Mas eu sinto
Que eu tô viva
A cada banho de chuva
Que chega molhando meu corpo...
Nenhum sofrimento me comove
Nenhum programa me distrai
Eu ouvi promessas
E isso não me atrai
E não há razão que me governe
Nenhuma lei prá me guiar
Eu tô exatamente
Aonde eu queria estar
Mas eu sinto
Que eu tô viva
A cada banho de chuva
Que chega molhando meu corpo...
A minha alma
Nem me lembro mais
Em que esquina se perdeu
Ou em que mundo se enfiou
Mas, já faz algum tempo
Já faz algum tempo
Já faz algum tempo
Já faz algum tempo
Faz algum tempo...
A minha alma
Nem me lembro mais
Em que esquina se perdeu
Ou em que mundo se enfiou
Mas eu não tenho pressa
ja não tenho pressa
Eu não tenho pressa
Não tenho pressa
Esse ano ta esquisito, eu fui sorteada com uma semana de almoço gratis... Nunca ganhei nada nessa vida, nem uma rifinha que fosse... Mas não é só isso...
C.C.
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3/15/2009
Falling Into You
Celine Dion
Composição: Billy Steinberg, Rick Nowels and Marie Claire D'Ubaldo
And in your eyes I see ribbons of color
I see us inside of each other
I feel my unconscious merge with yours
And I hear a voice say, "What's his is hers"
I'm falling into you
This dream could come true
And it feels so good falling into you
I was afraid to let you in here
Now I have learned love can't be made in fear
The walls begin to tumble down
And I can't even see the ground
I'm falling into you
This dream could come true
And it feels so good falling into you
Falling like a leaf, falling like a star
Finding a belief, falling where you are
Catch me, don't let me drop!
Love me, don't ever stop!
So close your eyes and let me kiss you
And while you sleep I will miss you
I'm falling into you
This dream could come true
And it feels so good falling into you
Falling like a leaf, falling like a star
Finding a belief, falling where you are
Falling into you
Falling into you
C.C.
Composição: Billy Steinberg, Rick Nowels and Marie Claire D'Ubaldo
And in your eyes I see ribbons of color
I see us inside of each other
I feel my unconscious merge with yours
And I hear a voice say, "What's his is hers"
I'm falling into you
This dream could come true
And it feels so good falling into you
I was afraid to let you in here
Now I have learned love can't be made in fear
The walls begin to tumble down
And I can't even see the ground
I'm falling into you
This dream could come true
And it feels so good falling into you
Falling like a leaf, falling like a star
Finding a belief, falling where you are
Catch me, don't let me drop!
Love me, don't ever stop!
So close your eyes and let me kiss you
And while you sleep I will miss you
I'm falling into you
This dream could come true
And it feels so good falling into you
Falling like a leaf, falling like a star
Finding a belief, falling where you are
Falling into you
Falling into you
C.C.
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3/04/2009
Reflexos
Ele queria gritar, sentir saindo de sua garganta e explodindo para o mundo que o cercava toda sua frustração e ressentimento, seu pavor e sua espera, inutil...
Em um som rouco e alto que rasgasse a madrugada e acordasse mundo, ele queria depositar sua ultima nota dissonante. Queria que fosse o fim, e que todos soubessem que era o seu fim, e que não havia mais nada, depois dele, nada... Se alguém alguma vez já o tivesse amado, admirado, respeitado... Então só essa pessoa sofreria ao som deste ultimo urro enfurecido, sem esperança. Só essa pessoa... Mas ele sabia que era tudo uma ilusão, ninguém lamentaria, ou sofreria, choraria por ele.
Ele estava inteiramente só, era uma ilha, prestes a afundar. A ser esquecida para sempre.
O grito ficou preso. Relaxou seu rosto, os olhos desviaram para algum ponto inanimado. Somente seus punhos cerrados demonstravam que o homem sentado naquele banco de onibus não estava distraído, como aparentava, ele estava desesperado, enfurecido, amedrontado, morto. As unhas penetrando a palma da mão... O grito ganhando vida no sangue que escorria quando a carne não resistiu à pressão. O grito que ecoava em sua mente, e que não representava nada, para o 'mundo lá fora'.
C.C.
Em um som rouco e alto que rasgasse a madrugada e acordasse mundo, ele queria depositar sua ultima nota dissonante. Queria que fosse o fim, e que todos soubessem que era o seu fim, e que não havia mais nada, depois dele, nada... Se alguém alguma vez já o tivesse amado, admirado, respeitado... Então só essa pessoa sofreria ao som deste ultimo urro enfurecido, sem esperança. Só essa pessoa... Mas ele sabia que era tudo uma ilusão, ninguém lamentaria, ou sofreria, choraria por ele.
Ele estava inteiramente só, era uma ilha, prestes a afundar. A ser esquecida para sempre.
O grito ficou preso. Relaxou seu rosto, os olhos desviaram para algum ponto inanimado. Somente seus punhos cerrados demonstravam que o homem sentado naquele banco de onibus não estava distraído, como aparentava, ele estava desesperado, enfurecido, amedrontado, morto. As unhas penetrando a palma da mão... O grito ganhando vida no sangue que escorria quando a carne não resistiu à pressão. O grito que ecoava em sua mente, e que não representava nada, para o 'mundo lá fora'.
C.C.
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2/28/2009
Great Expectations
Fiquei muito triste quando terminei o livro... Tantos personagens interessantes: repugnantes, cativantes, odiosos, honestos, alegres...
Com certeza vou ter que comprar este também. Vou fazer uma lista dos livros que quero comprar este ano, e três li nestas férias^^
Como me apaixonei pelo livro, é óbvio que vou deixar as "citações preferidas da cacau", se for ler o livro, sugiro que pule esta parte xD
Charles Dickens
Penguim English Library
Editora Francisco Alves, 1982
"No conjunto, tinha a aparência de quem caíra, corpo e alma, dentro e fora, ao peso de um golpe esmigalhante." Pip falando sobre a Srta. Havisham pg.59
"- Ame-a, ame-a, ame-a. Se ela favorecê-lo, ame-a. Se ela o ferir, ame-a. Se ela lhe despedaçar o coração... e à medida que seu coração amadurecer, fortalecer, se despedaçará com maior intensidade... ame-a, ame-a, ame-a! (...)
A palavra, ela a disse muitas vezes, e não poderia haver duvida de que queria mesmo dizê-la; se esta palavra tão repetida, porém, fosse de ódio, em vez de amor... de desespero, vingança ou morte agonizante... não teria com certeza o tom de xingamento com que foi emitida." Srta. Havisham para Pip, sobre Estela. (esqueci de anotar a pagina^^')
"- Eu vou dizer a você o que é o amor verdadeiro. É a devoção cega, a auto-humilhação sem questionamento, submissão plena, é fé e confiança contra si mesmo e contra o mundo inteiro, é entregar-se de corpo e alma ao carrasco... como eu fiz!" Srta. Havisham para Pip.
"Assim, em toda a vida, nossas piores fraquezas e perversidades são, de um modo geral, cometidas em nome das pessoas a quem mais desprezamos." Pip pg.199
"- Você já deve saber...
(...)
- ... que eu não tenho coração...
(...)
- ... Eu jamais dei minha ternura. Eu não tenho ternura." Estala para Pip pg.217
"Quando ela reverteu a este tom, como se nossa associação fosse forçada e fôssemos meras marionetes, fui tomado de dor. Qualquer que fosse o tom, era-me impossível confiar nele, e esperar alguma coisa dele. Mesmo assim continuei, contra toda desconfiança, contra toda esperança." Pip sobre Estela pg.244
"Foi-me impossível perceber que ela fazia por onde me atrair; que procurava cativar-me; e que teria cativado mesmo que a tarefa fosse exigir-lhe sacrifícios. Mas isto nem um pouco me deixou mais feliz, pois, mesmo que não tivesse ela adotado aquele tom de estar a mando de terceiros, seria capaz, eu sentia, de aprisionar meu coração nas mãos por uma questão de simples voluntariedade, e não porque eu despertasse nela qualquer ternura, para depois esmagá-lo e jogá-lo fora." Pip sobre Estela pg.245
"E eu ainda fiquei a olhar a casa, a pensar no quanto eu seria feliz se morasse ali com ela, consciente de que jamais fora feliz com ela; sempre, ao contrario, infeliz." Pip pg.246
"- A senhora me acusa de fria? Logo a senhora?
- E não é? foi o revide, arrebatador.
- A senhora deve saber se eu sou ou não sou. Eu sou o que a senhora me fez. Se todos os méritos são seus, a culpa também é; se todos os sucessos são seus, os fracassos também são. Para resumir, eu sou isso." Estela para Srta.Havisham pg.276
"(...)
- Portanto, eu sou o que fizeram de mim. O sucesso não é meu, o fracasso não é meu, e os dois juntos me formam." Estela pg.278
"As traças, e todo tipo de criaturas horríveis, sempre rondam a vela. O que é que a vela pode fazer?" Estela para Pip pg.282
"(...)As pedras que formam os edifícios mais fortes de Londres não são mais reais, ou mais impossíveis de serem deslocados pelas suas mãos, do que sua presença, sua influencia, o foram para mim, em todo lugar, para sempre." Pip para Estela pg.328
"- Tem meu nome na primeira lâmina. Se você um dia puder escrever "Eu a perdoo" debaixo do meu nome, mesmo que muito tempo depois de meu coração partido virar pó... por favor escreva." Srta.Havisham para Pip pg.357
Sim, grandes esperanças passou a ocupar o primeiro lugar de livros preferidos da cacau o_o
C.C.
Com certeza vou ter que comprar este também. Vou fazer uma lista dos livros que quero comprar este ano, e três li nestas férias^^
Como me apaixonei pelo livro, é óbvio que vou deixar as "citações preferidas da cacau", se for ler o livro, sugiro que pule esta parte xD
Charles Dickens
Penguim English Library
Editora Francisco Alves, 1982
"No conjunto, tinha a aparência de quem caíra, corpo e alma, dentro e fora, ao peso de um golpe esmigalhante." Pip falando sobre a Srta. Havisham pg.59
"- Ame-a, ame-a, ame-a. Se ela favorecê-lo, ame-a. Se ela o ferir, ame-a. Se ela lhe despedaçar o coração... e à medida que seu coração amadurecer, fortalecer, se despedaçará com maior intensidade... ame-a, ame-a, ame-a! (...)
A palavra, ela a disse muitas vezes, e não poderia haver duvida de que queria mesmo dizê-la; se esta palavra tão repetida, porém, fosse de ódio, em vez de amor... de desespero, vingança ou morte agonizante... não teria com certeza o tom de xingamento com que foi emitida." Srta. Havisham para Pip, sobre Estela. (esqueci de anotar a pagina^^')
"- Eu vou dizer a você o que é o amor verdadeiro. É a devoção cega, a auto-humilhação sem questionamento, submissão plena, é fé e confiança contra si mesmo e contra o mundo inteiro, é entregar-se de corpo e alma ao carrasco... como eu fiz!" Srta. Havisham para Pip.
"Assim, em toda a vida, nossas piores fraquezas e perversidades são, de um modo geral, cometidas em nome das pessoas a quem mais desprezamos." Pip pg.199
"- Você já deve saber...
(...)
- ... que eu não tenho coração...
(...)
- ... Eu jamais dei minha ternura. Eu não tenho ternura." Estala para Pip pg.217
"Quando ela reverteu a este tom, como se nossa associação fosse forçada e fôssemos meras marionetes, fui tomado de dor. Qualquer que fosse o tom, era-me impossível confiar nele, e esperar alguma coisa dele. Mesmo assim continuei, contra toda desconfiança, contra toda esperança." Pip sobre Estela pg.244
"Foi-me impossível perceber que ela fazia por onde me atrair; que procurava cativar-me; e que teria cativado mesmo que a tarefa fosse exigir-lhe sacrifícios. Mas isto nem um pouco me deixou mais feliz, pois, mesmo que não tivesse ela adotado aquele tom de estar a mando de terceiros, seria capaz, eu sentia, de aprisionar meu coração nas mãos por uma questão de simples voluntariedade, e não porque eu despertasse nela qualquer ternura, para depois esmagá-lo e jogá-lo fora." Pip sobre Estela pg.245
"E eu ainda fiquei a olhar a casa, a pensar no quanto eu seria feliz se morasse ali com ela, consciente de que jamais fora feliz com ela; sempre, ao contrario, infeliz." Pip pg.246
"- A senhora me acusa de fria? Logo a senhora?
- E não é? foi o revide, arrebatador.
- A senhora deve saber se eu sou ou não sou. Eu sou o que a senhora me fez. Se todos os méritos são seus, a culpa também é; se todos os sucessos são seus, os fracassos também são. Para resumir, eu sou isso." Estela para Srta.Havisham pg.276
"(...)
- Portanto, eu sou o que fizeram de mim. O sucesso não é meu, o fracasso não é meu, e os dois juntos me formam." Estela pg.278
"As traças, e todo tipo de criaturas horríveis, sempre rondam a vela. O que é que a vela pode fazer?" Estela para Pip pg.282
"(...)As pedras que formam os edifícios mais fortes de Londres não são mais reais, ou mais impossíveis de serem deslocados pelas suas mãos, do que sua presença, sua influencia, o foram para mim, em todo lugar, para sempre." Pip para Estela pg.328
"- Tem meu nome na primeira lâmina. Se você um dia puder escrever "Eu a perdoo" debaixo do meu nome, mesmo que muito tempo depois de meu coração partido virar pó... por favor escreva." Srta.Havisham para Pip pg.357
Sim, grandes esperanças passou a ocupar o primeiro lugar de livros preferidos da cacau o_o
C.C.
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2/21/2009
Grandes Esperanças
Paradiso Perduto
Acordei com essa dor de cabeça infeliz, liguei o pc e como sou incanzinada e ontem não consegui assistir grandes esperanças por que não abria o filme e a legenda (nota que sem a legenda o filme rodava ¬¬'), e era minha irmã que tava tentando fazer o filme rodar (e eu nem me meto quando ela começa a se irritar com isso), hoje como ela saiu, resolvi dar uma olhada... e sim senhoras e senhores, em menos de 5 minutos eu fiz o filme e a legenda rodarem no media player \o/ \o/ \o/
Para entender a extensão da minha felicidade e da minha infelicidade, devo mencionar o fato de que vi esse filme uma vez, há alguns anos, no intercine, e nunca mais o encontrei em lugar nenhum, em nenhuma locadora o.O'' E durante todos estes anos, de repente eu soltava a frase: Quero ver grandes esperanças ou quero ler grandes esperanças.
Depois de anos, sim, eu encontrei grandes esperanças (em português, pq só achava em inglês ¬¬) na biblioteca da faculdade, e só a alguns dias comecei a ler. Aí de repente, minha irmã vem e diz que baixou o filme! Imaginem a felicidade da criança!!! Mas o filme não rodava com a legenda, imaginem a frustração da criança TT_TT
E agora, que posso assisti-lo, essa dor de cabeça desgraçada me impede de fazê-lo, isso e mais o fato de que minha irmã quer ver comigo, e não quero que ela fique magoada por causa da minha falta de paciencia (como se eu não tivesse esperado anos, ANOS por esse dia).
Tenho certeza de que já registrei neste mesmo blog minha paixão por este filme e, pelo que já li do livro, este tende a vir ser eleito - finalmente - o livro preferido da cacau, antes mesmo de relações perigosas.
E o fato de ele ter me proporcionado um ataque de riso que durou - sem exagero - meia hora, ou mais, não tem quase nada a ver com isso. Ainda que toda vez que eu cogite a possibilidade de continuar lendo o livro eu acabe lembrando da cena, do ataque de riso, e chego à conclusão de que ainda não é seguro.
De qualquer maneira, fica a dica:
C.C.
Nora e Finn
- O que é isto?
- Seu peito.
- É meu coração, e está partido. Sente?
- Desculpe madame.
Primeiro beijo
Reencontro
Finn e Nora
- Sabe o que é isso? É meu coração. E está partido, sente?
- Sinto...
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